OPERAÇÃO DO MMA DESTRÓI CARVOARIAS ILEGAIS EM PERNAMBUCO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2008

27/08/2008 - Fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com o apoio de 50 homens das polícias Federal, Rodoviária Federal e Militar, destruíram nesta quarta-feira (27) 79 carvoarias ilegais localizadas em fazendas de Pernambuco.

Na ação denominada Operação Vesúvio, comandada pessoalmente pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, foram apreendidos três caminhões com cerca de mil sacos de carvão em cada um, provenientes de desmatamento ilegal da caatinga.

Até amanhã, serão desativados os cerca de 200 fornos que existem nos municípios de Serra Talhada, Custódia, Ibimirim e Salgueiro, no agreste do estado, conhecido como Polígono do Carvão. Nesta primeira ação, foram destruídos os fornos existentes na Fazenda Carnaúbas, em Serra Talhada, de propriedade da família Pereira de Menezes. Um funcionário que estava no local foi detido pelos agentes federais e o proprietário multado em R$ 200 mil.

A estimativa dos fiscais do Ibama é de que, para cada fornada de carvão, aproximadamente 15 árvores da caatinga foram derrubadas. Com isso, os donos das carvoarias faturavam cerca de R$ 300 mil por mês.

Pelos cálculos do Ibama, em dois dias de trabalho esses fornos removem cerca de 4 mil árvores. Os proprietários das áreas irão responder por crime ambiental, serão multados e obrigados a recompor a mata nativa.

De acordo com o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, o carvão era vendido para siderúrgicas localizadas na Região Sudeste. Empresas de Minas Gerais e do Espírito Santo compravam esse carvão extraído ilegalmente da caatinga. "O desmonte é resultado de uma ação de inteligência entre o Ibama e a Polícia Federal", disse Minc.

Segundo o ministro, os proprietários usavam sacos de outro tipo de madeira (algaroba) para disfarçar o transporte ilegal de espécies nativas, como jurema preta e ingazeira. Das várias propriedades que foram investigadas, apenas uma tinha licença de operação.

Minc lembrou que cerca de 30% da caatinga já foram desmatados, sendo que 20% apenas nos últimos dez anos. "O Nordeste não pode virar deserto. A caatinga não pode virar carvão", disse o ministro, alertando para os riscos do desmatamento ilegal. Para contornar esse quadro, Minc defendeu o manejo sustentável da vegetação regional, com o cultivo, por exemplo, da algaroba, espécie que se adapta bem no Nordeste, se reproduz facilmente e é boa para produção de carvão.

O ministro citou, ainda, o exemplo do Pólo Gesseiro de Pernambuco, onde 100 empresas foram autuadas por usarem carvão ilegal, sendo que 60 delas conseguiram se adequar às regras ambientais. As outras 40 foram embargadas. As 60 que se enquadraram passaram a usar, em seu fornos, lenha proveniente de algarobas e de podas de árvores frutíferas, como cajueiros.

Minc lembrou que pelo menos 10 milhões de hectares do Nordeste já foram desmatados, especialmente nos estados do Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte. "Ações como a de hoje, e a realizada no Maranhão pelo Ibama, também esta semana, servem como preventivo para evitar que Pernambuco e Maranhão entrem na lista dos maiores desmatadores", acrescentou.

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Fórum A3P debate sustentabilidade em obras na administração pública

27/08/2008 - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, abre amanhã à 9h, no auditório do TST em Brasília, o III Fórum Governamental de Gestão Ambiental na Administração Pública. Com mais de 400 participantes dos três poderes, o encontro servirá para o governo saber se está praticando a sustentabilidade em suas obras. As melhores iniciativas, a partir de agora, serão premiadas pelo MMA. A idéia é buscar formas de tornar mais eficientes, do ponto de vista socioambiental, os gastos públicos na construção civil e na utilização de recursos energéticos.

Quem espera os tradicionais debates de assuntos técnicos pode se surpreender. O objetivo principal do III Fórum A3P, realizado pela Secretaria de Articulação Institucional do Ministério do Meio Ambiente, é a "troca de experiências" entre as várias esferas governamentais. O encontro é aberto ao público e participam aqueles setores que já encontraram soluções inovadoras para economizar recursos públicos, adotando práticas sustentáveis em suas obras, garantindo melhor uso da energia.

O programa governamental A3P do MMA começou há três anos e já conta com a adesão de 33 órgãos públicos federais, estaduais e municipais. Como o Setor Público é um dos grandes consumidores de energia e produtores de resíduos, o governo está preocupado em gastar menos e dar uma destinação social aos entulhos produzidos nas obras feitas com dinheiro público. E não é só o meio ambiente que ganha com isso, garante a coordenadora do A3P, Ana Carla Almeida, "as pessoas não têm a dimensão do impacto social desse tipo de medida", afirma. A idéia é levar para a agenda dos principais órgãos públicos, o investimento em práticas sustentáveis. Espera-se, além da economia de recursos públicos, que a sustentabilidade gere novos empregos e beneficie populações carentes.

Juntas - obras e energia - representam os maiores desafios do governo na implementação de políticas ambientais na estrutura da administração pública. Em outras áreas, como o consumo e reciclagem do papel, os programas têm apresentado êxito. Em setores que representam forte potencial de investimentos, geração de empregos e produção de resíduos reaproveitáveis o processo está no começo. Obras na Esplanada dos Ministérios, por exemplo, são freqüentes, mas ainda com pouca preocupação com o meio-ambiente.

Além da criação do "Prêmio Melhores Práticas de A3P", para dar reconhecimento às melhores iniciativas da Agenda Ambiental na Administração Pública, o MMA estuda novas medidas. Uma delas é a possibilidade de exigir que empresas participantes de licitações para o fornecimento de bens e serviços aos poderes federal, estadual e municipal demostrem capacidade de assegurar uma contrapartida socioambiental.
Fonte: Saic/MMA

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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