VITÓRIA DO MEIO AMBIENTE: BOI PIRATA NO PARÁ É ARREMATADO COM LANCE MÍNIMO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2008

28/08/2008 - Apreendidas pelo Ibama em 7 de junho, após decisão da Justiça Federal, 3.046 cabeças de gado criadas ilegalmente dentro da Estação Ecológica da Terra do Meio, no município de Altamira no Pará, foram arrematadas hoje (28/8), em leilão eletrônico, pelo valor inicial de R$ 1,3 milhão.

Houve apenas um lance pelos chamados bois piratas que estavam divididos em sete lotes, intermediado pela Bolsa Brasileira de Mercadorias de São Paulo. Onze bolsas de mercadorias participaram do leilão do boi pirata. Não foi divulgado o nome do comprador.

O governo se comprometeu a transportar o gado vendido até o município mais próximo da Fazenda Laurilândia, área onde o rebanho está sendo guardado. O local de entrega será combinado com o arrematante.

Ao comentar o resultado do leilão, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, lembrou que pecuaristas da região estavam fazendo "uma queda de braço" com o governo, promovendo um boicote que levou ao insucesso das primeiras tentativas de se leiloar o gado, mas acabou prevalecendo o interesse ambiental, mesmo com a venda pelo preço mínimo:

"Nosso objetivo não é vender boi nem ganhar dinheiro, mas proteger as unidades de conservação. Após a apreensão desses bois piratas, 36 mil outras cabeças de gado já foram retiradas, pelos donos, da estação ecológica e outras 20 mil de outra unidade de conservação, também na Terra do Meio." Além disso, outras quatro mil reses também foram retiradas pelo proprietário do Parque Nacional de Jamanxim depois da operação comandada pelo próprio ministro.

Minc lembrou que agora, após assinatura de decreto regulamentando a Lei de Crimes Ambientais, pelo presidente Lula, o Ibama passou a ter direito ao chamado perdimento. Ou seja, ao se esgotar o processo administrativo, com direito de defesa dos acusados, o gado apreendido em qualquer unidade de conservação poderá ser vendido sem demora, com o dinheiro sendo aplicado em outras ações de combate a crimes ambientais.

"O nosso ganho com essas operações não é financeiro, mas de combate à impunidade e de preservação do meio ambiente. Acabou a moleza, acabou a impunidade. Os proprietários que estejam criando gado em unidades de conservação terão que retirá-lo.", disse o ministro.

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Agricultores familiares recebem assistência técnica

28/08/2008 - Suelene Gusmão - Com o objetivo de fornecer assistência técnica e extensão rural e florestal para os agricultores familiares, o projeto Corredores Ecológicos, em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário do Amazonas (Idam), está promovendo nos meses de agosto e setembro o curso de implantação e manejo de sistemas agroflorestais para agricultores familiares. O curso será ministrado nos municípios amazonenses de Tefé, Uarini, Itapiranga e Caapiranga.

Corredores Ecológicos são áreas que contêm ecossistemas terrestres e marinhos biologicamente prioritários e viáveis para a conservação da biodiversidade na Amazônia e na Mata Atlântica. Eles incentivam o uso de técnicas de baixo impacto, como manejo florestal, sistemas agroflorestais em zonas críticas dentro de áreas protegidas, desencorajando os usos de alto impacto como o desmatamento em larga escala. Além de sinalizar uma perspectiva alternativa para as formas convencionais de conservação da biodiversidade, a qual é mais abrangente, descentralizada e participativa.

Os cursos anunciados totalizam oito eventos coordenados pelo Idam com apoio do programa Corredores Ecológicos na área de agricultura familiar. Eles fazem parte da Meta 1 do convênio MMA/Idam. O convênio tem como objetivo prestar assistência técnica, extensão rural e florestal para agricultores familiares, visando o fortalecimento das ações e atividades que incentivem e viabilizem o desenvolvimento rural sustentável, nos municípios do Corredor Central da Amazônia (CCA), destacadamente quanto à capacitação de agricultores e técnicos, produção de materiais de divulgação e análise de amostras de óleos vegetais.

O programa já realizou três eventos na área de capacitação para produtores nos municípios de Caapiranga, Uarini e Novo Airão, na área de Organização comunitária para agricultores familiares extrativistas.

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Governo precisa dar o exemplo de práticas ambientais sustentáveis, diz Minc

28/08/2008 - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse nesta quinta-feira (28), na abertura do III Fórum Governamental de Gestão Ambiental A3P, no auditório do Tribunal Superior do Trabalho, que a Administração Pública tem que dar o exemplo no que diz respeito às práticas ambientais sustentáveis. "Não basta falar, tem que fazer", alertou.

Para ele, o governo não pode apenas ficar pedindo para a iniciativa privada adotar um comportamento ecologicamente correto sem fazer a sua parte para a preservação do meio ambiente.

Ele quer que as obras públicas utilizem apenas madeira certificada, sejam planejadas para assegurar um aproveitamento melhor da energia e da luz solares e contribuam direta e indiretamente para a redução das emissões de gases que agravam o efeito estufa. "É fácil o estado cobrar, mas fazer o contrário", salientou.

O Fórum, que reúne mais de 400 participantes, é uma iniciativa da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do MMA para que os gestores públicos troquem experiências sobre práticas sustentáveis nas obras públicas. A utilização de materiais reciclados, a redução do consumo de descartáveis poluidores do meio ambiente e a participação dos servidores na adoção de práticas sustentáveis foram destacados pelo ministro como medidas a serem incentivadas nos estados, municípios e na administração federal. Segundo ele, o serviço público tem que atuar como indutor, irradiando as boas práticas ambientais.

Para Minc, cada órgão público deveria ter um servidor por andar, responsável pelas práticas ambientais em seus locais de trabalho.

"Temos que 'Ecologizar' a Administração Pública", destacou Minc. Os órgãos públicos, segundo disse, não podem "deseducar" ambientalmente. "Quando se dá o exemplo, estamos contaminando outros setores", disse a respeito das boas práticas ambientais. Uma mudança de atitude da Administração nesse sentido poderia estimular os fornecedores a mudar seus hábitos também.

Ele citou exemplos, como adoção de papel reciclado em órgãos públicos do Rio. "Não queriam porque alegavam que ia ficar muito caro, mas depois do pregão eletrônico se viu que ia sair quase o mesmo preço", disse. Para o ministro, o que falta é a Administração criar demanda para produtos ecologicamente corretos. "Havendo produção em larga escala os preços despencam", avalia.

O Programa A3P já conta com a adesão de 33 instituições federais e comprometimento de mais de 300 entidades estaduais e municipais e recebeu a adesão do TST durante o Fórum. Participam vários órgãos da administração pública, dos três poderes, além de representantes de governos estaduais e municipais.

Minc voltou a destacar o papel da educação ambiental, do consumo consciente e das práticas simples que aliadas ao exemplo da administração pública contribuem para a preservação de um meio ambiente saudável. "Menos consumo de energia significa menos hidrelétricas, menos problemas ambientais e menos termoelétricas que contribuem muito para a emissão de gases nocivos ao meio ambiente", lembrou.
Fonte: Saic/MMA

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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