ACORDO ENTRE MMA E CAIXA ANTECIPA “SONHO DA ÁGUA” EM RIOS DO SUDESTE

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2008

03/09/2008 - Lucia Leão - A Caixa Econômica Federal antecipará os recursos da cobrança pelo uso da água para financiar grandes projetos de saneamento urbano e despoluição de águas nas bacias dos rios Paraíba do Sul e Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

A presidente da instituição, Maria Fernanda Coelho, o ministro Carlos Minc e o presidente da ANA José Machado assinaram nesta quarta-feira (3) acordo de cooperação técnica para formatar a nova carteira que, na definição do ministro, "antecipará o sonho" dos habitantes da região de terem novamente água limpa correndo naqueles rios.

"Estamos falando de vida, e vida não pode esperar". Minc explicou a essência da parceria com a Caixa, que já se integra no plano que está sendo elaborado pelos ministérios do Meio Ambiente e das Cidades para dobrar a coleta e tratamento dos esgotos no País em dez anos.

Primeiros rios de domínio da União (os que banham mais de um estado ou cruzam as fronteiras do País) a terem todos os instrumentos de gestão previstos no Código das Águas, os formadores das bacias hidrográficas do PCJ e do Paraíba do Sul são geridos por agências que arrecadam, cada uma, mais de R$ 41 milhões desde 2003, quando o pagamento foi instituído.

Esses recursos devem ser aplicados integralmente na recuperação e conservação das próprias bacias de acordo com as prioridades definidas pelos seus Comitês, formados por representantes dos usuários, do poder público e da sociedade civil. Em ambos os casos a prioridade absoluta é conter a poluição por esgotos.

"São bacias degradadas principalmente por esgotos domésticos que são lançados diretamente no rio. O saneamento ambiental é uma urgência que demandará investimentos robustos e de uma só vez. A Caixa fará esses investimentos antecipando a receita do pagamento pelo uso da água, que na prática será uma garantia de empréstimo".

Serão financiadas principalmente construção de redes de coleta e estações de tratamento. Nas pequenas comunidades que não comportem ETEs serão construídos biodigestores, onde o esgoto será transformado em gás de cozinha e adubo para abastecer as próprias comunidades.

A expectativa do secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano Vicente Andreu é de que esses investimentos nas duas bacias sirvam de "vitrine" e ajudem tanto a quebrar as resistências que ainda existem à cobrança pelo uso da água como a conter a tese de que os recursos provenientes dessa cobrança devam ser partilhados, destinando uma parte para aplicação em outras bacias.

"Todo o dinheiro da cobrança deve voltar para a bacia. O usuário que paga deve ter controle de sua aplicação e usufruir dos seus resultados, que é o rio sadio e as águas limpas."

A cobrança pelo uso da água é um instrumento de gestão da Política Nacional de Recursos Hídricos instituído para atribuir valor econômico à água, incentivar seu uso racional e arrecadar recursos para recuperar e conservar os mananciais da bacia.

Os valores são pactuados entre os usuários, pessoas jurídicas ou produtores que utilizam a água como insumo (usuário pagador) ou que lancem esgotos e rejeitos (poluidor pagador). No Paraíba do Sul eles são 226 e no PCJ 97. Os maiores contribuintes são as empresas de saneamento.

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Debate sobre macrozoneamento abre Semana da Amazônia

01/09/2008 - Suelene Gusmão - A proposta de continuidade do macrozoneamento da Amazônia Legal será debatida no dia 16 de setembro na Comissão Coordenadora do Território Nacional (CCZZE). O debate se dará, entre outros fatores, à luz da questão fundiária e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com a participação de 14 ministérios, coordenados pelo Ministério do Meio Ambiente. No dia 30 será apresentado à Comissão o 1º zoneamento municipal realizado no Brasil. Trata-se do zoneamento ecológico-econômico da cidade de Goiânia.

O macrozoneamento da Amazônia Legal é um instrumento na modalidade de planejamento e ordenamento territorial que tem entre seus objetivos coordenar o diálogo entre diversas áreas passando por questões como a economia, a demografia e a cultura por exemplo. É um instrumento transversal que pretende regular a gestão territorial da Amazônia Legal. Segundo Roberto Vizentin, diretor do Departamento de Zoneamento Territorial do MMA, o ministro Carlos Minc, do Meio Ambiente, determinou o ano de 2009 como prazo final para a conclusão do Macrozoneamento da Amazônia Legal.

"O ZEE da Amazônia Legal tem como grande desafio realizar o debate plural entre todos os entes políticos, culturais e sociais presentes no território da Amazônia Legal. Temos que reconhecer essa pluralidade na discussão do ordenamento territorial daquela região", disse Vizentin. As informações foram divulgadas na abertura da Semana da Amazônia, que teve início nesta segunda-feira (1º) e vai até o dia 5 (Veja programação), quando é comemorado o Dia da Amazônia. O evento está sendo realizado na 505 Norte no prédio Marie Prendi, em Brasília.

Durante esta semana, serão realizadas palestras, exibições de vídeo, cursos e exposições com o objetivo de divulgar as políticas implementadas pelo MMA na região amazônica e sensibilizar a população para a necessidade e o compromisso com a preservação do meio ambiente. Além do tema Zoneamento ecológico-econômico serão debatidos assuntos como áreas protegidas, reservas extrativistas, recursos hídricos e resíduos sólidos e políticas indígenas.

O Dia da Amazônia foi criado com o objetivo de despertar os brasileiros para a necessidade de se adotar uma política de desenvolvimento sustentável para a região levando-se em consideração a preservação da natureza e a proteção ambiental.

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Debate sobre mudanças climáticas dá continuidade à Semana da Amazônia

04/09/2008 - A programação da Semana da Amazônia continua nesta sexta-feira (5 ) com um debate sobre mudanças climáticas, a partir das 15h, no auditório do edifício Marie Prendi Cruz (505 Norte, bloco B, subsolo. Estão confirmadas as participações de Gerard Moss, do Projeto Brasil das Águas, que irá expor o tema os rios voadores , e Adriano Santhiago de Oliveira, do Departamento de Mudanças Climáticas do MMA.

A programação encerra no sábado (6), com a realização de um dia de atividades no Parque da Cidade, na área do Parque Ana Lídia. O objetivo é sensibilizar e conscientizar a população para a questão ambiental por meio de ações que incluem distribuição de brindes voltados à conscientização social para o uso racional de produtos descartáveis, a distribuição de material de divulgação institucional contendo informações sobre as políticas e os programas implementados pelo ministério na região, e ainda, a realização de oficinas de educação ambiental para o público infantil. A simulação de pousos e decolagens do balão demonstrativo da campanha Guardiões da Amazônia, do Ibama, será uma das atrações do dia sob o comando do bicampeão brasileiro de balonismo, Lupércio Lima.

A Semana da Amazônia é uma iniciativa do Departamento de Articulação de Ações da Amazônia (DAAM) da Secretaria Executiva (Secex) do MMA em conjunto com a coordenação do Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil e a Cooperação Técnica Alemã (GTZ). As atividades são alusivas ao Dia da Amazônia, instituído em 5 de setembro pelo Congresso Nacional, por meio Lei 68/2005, com o objetivo de sensibilizar e despertar os brasileiros para a necessidade de se adotar uma política de desenvolvimento sustentável para a região amazônica visando harmonizar e compatibilizar a conservação da natureza e a proteção ambiental com o desenvolvimento socioeconômico.
Historicamente, a data é uma homenagem à Província do Amazonas criada por Dom Pedro II em 1850.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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