BACIA HIDROGRÁFICA DO LITORAL VAI SER A PRÓXIMA A CONTAR COM COMITÊ

Panorama Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Setembro de 2008

A bacia hidrográfica mais conservada do Estado – a Litorânea - será a próxima a contar com gestão feita por um comitê, formado por representantes do poder público, sociedade civil e usuários dos recursos hídricos. As primeiras discussões para criação do comitê começaram durante o III Seminário sobre Desenvolvimento Sustentável no Litoral do Paraná – Monitoramento Costeiro e Marinho, realizado até quinta-feira (11) no balneário Praia de Leste, em Pontal do Paraná.

Para o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, abrir espaço para discutir a criação do Comitê da Bacia Litorânea é imprescindível. “Estamos tratando de uma bacia com diversas sub-bacias, águas doces e estuarinas, além de ter zonas costeiras. Todos esses aspectos precisam ser muito bem estudados antes de qualquer atitude”, comentou.

A bacia abrange 5.576 quilômetros quadrados, o que representa quase 3% do território paranaense. “Apesar de ser uma bacia pequena, se comparada às demais, é a mais bem conservada”, explicou o coordenador de Recursos Hídricos da Secretaria do Meio Ambiente, Mauri Pereira Barbosa. “E assim como os outros comitês, o da bacia Litorânea será responsável por traçar as medidas para a conservação e para evitar a poluição de todas as nascentes dos afluentes da bacia”, acrescentou. Os principais rios que abrangem a bacia litorânea do Paraná são o Guaraqueçaba, Tagaçaba, Cachoeira, Nhundiaquara, Marumbi, Do Pinto, Cubatão e Guaraguaçu.

Segundo Elaine Boldrin, integrante da Associação de Defesa do Meio Ambiente e do Desenvolvimento de Antonina (Ademadan), a formação do comitê também irá colaborar com as questões portuárias. “Neste segmento é muito importante uma forma de classificar a água e o comitê será o responsável por isso”, observou.

PASSO A PASSO – No Paraná, o órgão responsável pela implantação dos comitês é o Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH), vinculado à Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa).

Durante o seminário, Marianne Roorda, secretária-executiva do Conselho detalhou aos participantes a implantação de um comitê. “O processo de criação começa com a solicitação de implantação, que deve ser feita ao Conselho por três usuários de recursos hídricos. Em seguida, esses usuários indicam uma mesa provisória”, explicou.

A mesa provisória – também formada por representes do poder público, sociedade civil e usuários – irá organizar a instalação definitiva, definindo o estatuto, a composição da entidade e formas de escolha dos representantes.

O próximo passo é a elaboração de um diagnóstico, retratando a situação da bacia hidrográfica. “Com ele em mãos, os membros do comitê irão analisar, propor e debater normas e deliberações que auxiliarão a definir quais os elementos irão compor o Plano de Bacia Hidrográfica”, disse.

Entre os assuntos que fazem parte de um plano de bacias estão os valores a serem cobrados pelo uso da água, o plano de aplicação dos recursos disponíveis, a divisão de custo das obras de uso múltiplo, de interesse comum ou coletivo, classificação dos cursos de água e os programas para reverter a poluição já existente.

BACIAS – O Paraná conta com 16 bacias hidrográficas subdivididas em 12 unidades hidrográficas e atualmente conta com cinco comitês já instalados - Alto Iguaçu; Jordão; Paraná III; Tibagi; Pirapó/Paranapanema III e IV – e um (que abrange as bacias Cinzas, Itararé e Paranapanema I e II) em processo de instalação.

“A meta é que até 2010 estejam formados todos os comitês de gestão das bacias, a fim de possibilitar a atuação conjunta entre o governo do Estado, prefeituras e demais organizações para o uso e conservação dos recursos naturais de cada uma”, concluiu Marianne.

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Seminário ambiental aponta avanços no monitoramento do litoral do Paraná

Mostrar os avanços na criação de um sistema de monitoramento das zonas costeira e marinha que servirá de exemplo a outros estados e até mesmo a outros países. Este é um dos principais objetivos do III Seminário sobre Desenvolvimento Sustentável no Litoral do Paraná – Monitoramento Costeiro e Marinhos, que acontece até quinta-feira (11) no balneário Praia de Leste, em Pontal do Paraná.

A atividade faz parte do trabalho de cooperação técnica desenvolvido pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) e Associação de Avanços Ambientais de Hyogo (HEAA) visando a implantação do sistema na costa paranaense com base na experiência japonesa.

Durante a abertura do evento, realizada segunda-feira (08), o gerente de projetos de Meio Ambiente da Jica, Kota Sakaguchi, voltou a reforçar a intenção de reproduzir o sistema de monitoramento em outros estados – fato que já havia sinalizado no seminário anterior, em junho deste ano.

“Nossa expectativa é divulgar o sistema a outros estados e, futuramente, até mesmo a outros países. Temos muitos lugares com o litoral em baías fechadas, assim como o Paraná, onde o sistema pode ser aplicado com bons resultados”, afirmou.

Para o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, o monitoramento irá colocar mais uma vez o Paraná na vanguarda ambiental e que esta não é a única vantagem. “Benefício muito maior será o conhecimento que teremos sobre a atual condição da vida marinha e quais atividades podem ser feitas para aumentar e preservar estes ecossistemas. Outra vantagem será de inserir a sociedade ribeirinha em atividades de pesca mais estruturadas”, detalhou.

“Com o monitoramento, avaliaremos constantemente os avanços ou retrocessos da qualidade ambiental destas regiões e conheceremos os elementos que compõem essa dinâmica, aumentando, assim, as chances de sustentabilidade da região”, acrescentou Rasca.

O sistema será composto por instituições que atuam na área ambiental na região litorânea e será baseado em três fatores básicos: qualidade da água, recursos pesqueiros e manutenção de ecossistemas ribeirinhos.

Além da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e suas vinculadas – Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa) e Instituto de Terras, Cartografia e Geociências (ITCG) -, também irão compor o sistema, junto com Sanepar, Copel, Emater e Secretaria de Ciência e Tecnologia por meio de instituições de ensino como a Universidade Federal do Litoral e Centro de Estudos do Mar, Organizações Não-Governamentais e prefeituras locais.

O técnico da Secretaria que organiza o seminário, Evandro Pinheiro, destacou que o sistema também irá contar com um manual explicando a metodologia utilizada na coleta de dados e amostras que, depois de analisadas, irão compor um banco de dados integrado. “O material já está sendo elaborado em parceria com especialistas águas, algas e pesca da província japonesa de Hyogo, que estão padronizando os procedimentos”, antecipou.

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Paraná
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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