ESPECIALISTAS DISCUTEM FINANCIAMENTO PARA GESTÃO FLORESTAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2008

10 Sep 2008 - O objetivo é identificar oportunidades de ampliação dos recursos disponíveis para ações de proteção a florestas

Mais de 100 especialistas em florestas estão reunidos em Paramaribo, capital do Suriname, de 8 a 12 de setembro, para discutir mecanismos de financiamento para gestão florestal, e o WWF-Brasil participa do encontro, com apresentação sobre pagamento por serviços ambientais. A reunião é uma iniciativa do governo do Suriname, com apoio dos governos da Holanda e dos Estados Unidos, como parte das ações de preparação para o oitavo encontro do Fórum das Nações Unidas para Florestas (UNFF, sigla em inglês). O evento conta, ainda, com o apoio do WWF-Guianas.

O objetivo do Diálogo de Paramaribo, como está sendo chamado o encontro, é identificar oportunidades para ampliar significativamente o financiamento de ações de gestão florestal sustentável. Para isso, os participantes vão compartilhar experiências de mobilização e geração de recursos e identificar possíveis fontes de recursos públicos e privados que vêm surgindo no cenário internacional.

Neste contexto, o superintendente de Conservação do WWF-Brasil, Cláudio Maretti, apresentou palestra sobre “Perspectivas brasileiras sobre a compensação de carbono para a proteção da Amazônia: um caso de pagamento por serviços ambientais”. O foco de sua apresentação foi a experiência do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA) e a contribuição das áreas protegidas para a redução das emissões de gases de efeito estufa por conseqüência do desmatamento.

Outro destaque da apresentação foi a discussão sobre o Pacto pela Valorização da Floresta e pelo Fim do Desmatamento na Amazônia Brasileira, proposto por um grupo de organizações da sociedade civil brasileira, entre elas o WWF-Brasil. O pacto propõe o emprego combinado de instrumentos de comando e controle, como leis, fiscalização e punições, e instrumentos econômicos, como pagamento por serviços ambientais, para zerar o desmatamento na Amazônia. “Apesar do crescimento do mercado de carbono, os recursos ainda são insuficientes para financiar a proteção e a recuperação de florestas. É preciso valorizar os serviços ambientais, para evitar os prejuízos das mudanças climáticas”, afirma Maretti.

A sétima reunião do UNFF ocorreu em 2007 e teve como principal resultado o consenso da comunidade internacional de que a ampliação do financiamento de ações de desenvolvimento sustentável implica a criação de uma ampla gama de fundos provenientes de fontes nacionais e internacionais, tanto privadas quanto públicas. A reunião UNFF-8 acontecerá de 20 de abril a 1º de maio de 2009, em Nova York, e um dos pontos principais será o desenvolvimento de propostas específicas para o desenvolvimento de um mecanismo voluntário global de financiamento de ações de proteção florestal com enfoques diversos. “Há uma grande diversidade de florestas e de atores, produtos, serviços e problemas que afetam essas florestas. Para dar conta dessa complexidade, é indispensável adotar enfoques diversos de trabalho”, explica Maretti.

Sobre o UNFF
O Fórum das Nações Unidas para Florestas é um fórum intergovernamental, no âmbito da Organização das Nações Unidas, que tem como objetivo principal promover a gestão, conservação e o desenvolvimento sustentável de todos os tipos de florestas, além de fortalecer o compromisso político de seus países-membro com a conservação de florestas. O UNFF foi criado em outubro de 2000 pelo Conselho Econômico e Social das Nações Unidas e é composto por todos os países-membro da ONU e suas agências especializadas.

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WWF-Brasil e Embrapa formalizam parceria com termo de cooperação nacional

12 Sep 2008 - O WWF-Brasil e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) fecharam um termo de cooperação para o desenvolvimento de ações conjuntas por meio do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária (SNPA). A parceria permite às duas instituições fecharem acordos regionais para a realização de pesquisas, estudos, diagnósticos e programas de aprofundamento do conhecimento científico.

O termo de cooperação, publicado no Diário Oficial da União no dia 18 de agosto, possibilita o planejamento, coordenação e execução de atividades e projetos de pesquisa em agricultura, pecuária, silvicultura e outras áreas afins. Também prevê ações conjuntas nas áreas de desenvolvimento institucional, monitoramento ambiental, informática, instrumentação agrícola, zoneamento ecológico e tecnologia de alimentos.

A secretária-geral do WWF-Brasil, Denise Hamú, ressalta a importância da parceria. “A experiência da Embrapa, instituição brasileira reconhecida pelo trabalho científico que desenvolve, será uma valiosa contribuição ao trabalho do WWF-Brasil. Vamos poder atuar juntos na realização de estudos e diagnósticos de impacto, instrumentos essenciais para as ações de conservação ambiental”, destaca.

O WWF-Brasil atua com a Embrapa desde 2002, por meio do programa Pantanal para Sempre, mas com projetos específicos e ações pontuais no Pantanal. Entre os trabalhos desenvolvidos está um estudo realizado em 2005 para mapeamento da cobertura de vegetação no bioma pantaneiro. A instituição de pesquisa também contribui com o projeto apoiado pelo WWF-Brasil na região de Corumbá (MS) e desenvolvido por associações de mulheres pantaneiras, que estão produzindo artesanato a partir do couro de peixe.

“Nos últimos anos, construímos uma relação de parceria com a Embrapa Pantanal. O termo de cooperação estabelece bases mais sólidas para essa relação, ampliando as possibilidades de projetos e ações no Pantanal e também em outras partes do país”, comemora o coordenador do Programa Pantanal para Sempre do WWF-Brasil, Michael Becker. Ele destaca, como um dos primeiros trabalhos que deverão ser desenvolvidos, a elaboração de novos critérios para uma pecuária sustentável no Pantanal.

De acordo com o diretor-presidente da Embrapa, Silvio Crestana, em um cenário de mudanças climáticas a questão ambiental é uma demanda que assume cada vez mais importância para a Embrapa. “Hoje não basta produzir, tem de produzir sem degradar o meio ambiente. Nosso trabalho é para que a agricultura possa ter sustentabilidade econômica, social e ambiental. Nesse sentido, parcerias como esta da Embrapa com o WWF- Brasil são muito importantes”, destaca.

Para a execução dos projetos e ações será necessário formalizar convênios de cooperação técnica e financeira – quando ocorre o repasse de recursos financeiros de uma instituição para a outra – ou contratos de cooperação técnica, nos casos em que a parceria se dá por meio de esforços técnicos e materiais conjuntos.

 
 

Fonte: WWF-Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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