MINC QUER DOBRAR VISITAÇÃO NOS PARQUES NACIONAIS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2008

14/09/2008 - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, quer dobrar a visitação nos Parques Nacionais do Brasil, hoje estimada em 3,5 milhões de pessoas por ano e praticamente restrita a duas unidades: Iguaçu e Tijuca. "Cerca de 192 milhões de pessoas visitam os parques americanos por ano", comparou Minc, durante o lançamento do Programa Turismo nos Parques, no último sábado, em Petrópolis (RJ).

O ministro acredita que o número de visitantes possa dobrar em dois anos, principalmente com os investimentos anunciados, no valor de R$ 28 milhões, em seis unidades de conservação consideradas de alto potencial turístico: Parque Nacional de Aparados da Serra (SC/RS), da Chapada dos Veadeiros (GO), dos Lençóis Maranhenses (MA), da Serra dos Órgãos (RJ), do Jaú (AM), e da Serra da Capivara (PI). Do total a ser investido, R$ 18 milhões são do MMA e R$ 10 milhões são do Ministério do Turismo. Outros 25 - dos 64 parques nacionais - receberão investimentos nas próximas etapas do programa.

Minc pediu que todos busquem informações sobre os parques nacionais no país e tentem visitá-los. "Os nossos parques e reservas, em geral, são menos defendidos, menos usufruídos e dão prejuízo. Eles têm que ser mais usufruídos, por mais cientistas, mais turistas e mais montanhistas, e gerar recursos", afirmou. Para o ministro, os parques são guardiões de um potencial ainda não explorado totalmente pelo turismo. "Parque bem defendido é aquele que tem uso", observou Minc.

No evento, realizado na Sala Manuel Bandeira do Museu Imperial de Petrópolis (RJ), o presidente Luíz Inácio Lula da Silva assinou o decreto que amplia os limites do Parque Nacional da Serra dos Órgãos (RJ). O instrumento determina a incorporação de 9,45 mil hectares, o que representa um aumento de 88,9% na área do Parque, passando de 10,6 mil hectares para 20 mil hectares. Lula aprovou o plano selado entre MTur e MMA para a preservação dos Parques Nacionais e fortalecimento do turismo nessas áreas: "Eu acho um grande começo quando constatamos um entendimento conjunto do governo para promoção e conservação dessas áreas, com isso é o povo que ganha", destacou o presidente. Estavam presentes também no evento os ministros do Turismo, Luiz Barretto, da Cultura, Juca Ferreira, e o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.

A solenidade que formalizou o acordo de cooperação técnica e financeira entre os ministérios incluiu a assinatura de duas portarias interministeriais.

A primeira criou o Grupo de Trabalho Interministerial de Fomento ao Turismo com Sustentabilidade Ambiental, com o objetivo de planejar estratégias de desenvolvimento da atividade turística com base nos princípios de sustentabilidade ambiental. O GT deve apresentar, no prazo de três meses, proposta para avaliação de impacto ambiental dos projetos e empreendimentos do setor turístico e propor mecanismos normativos e institucionais para aperfeiçoar procedimentos de licenciamento ambiental em projetos de investimentos do setor. "A idéia de sustentabilidade norteia o conceito e a prática do Turismo", enfatizou o ministro Luiz Barretto.

A segunda portaria determinou a construção e estabeleceu parâmetros para a regulamentação das estradas-parques, vias que ampliam o acesso e as áreas de recepção do visitante nas unidades de conservação. O objetivo é permitir ao turista a contemplação da natureza preservada pelos parques nacionais. "São estradas de curtição, de contemplação. Não é para correr", destacou Minc.

Dois investimentos-piloto terão R$ 40,3 milhões, por meio do Prodetur Nacional (MTur), para a implantação de estradas-parques ligando Penedo a Visconde de Mauá e Parati a Cunha. As estradas passarão pelas serras da Mantiqueira e Bocaina.

Durante a cerimônia os ministros Luiz Barretto (MTur) e Carlos Minc (MMA) também anunciaram uma nova política de concessão em quatro Parques Nacionais. Num primeiro momento, empresas privadas disputarão licitações para prestar serviços turísticos nos parques de Abrolhos (BA), Tijuca (RJ) e Fernando de Noronha (PE), juntamente do parque de Foz do Iguaçu (PR), que desde 1997 funciona sob contratos de serviços nas áreas de transporte, estacionamento, elevadores panorâmicos, restaurantes, passeios e centro de visitantes.

Também é parte do programa a assinatura da Instrução Normativa que dispõe sobre a Condução de Visitantes em Unidades de Conservação. O documento estabelece estratégias de manejo da visitação, além de normas e procedimentos visando a qualificação da atividade de condução de visitantes em Unidades de Conservação de Proteção Integral.

Representando proprietários de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN), Severino e Angela Riguetti receberam certificado em alusão às sete novas áreas privadas criadas pelo Programa.
A RPPN é estabelecida por iniciativa do proprietário para conservar a diversidade biológica da área, ficando gravada com perpetuidade na matrícula do imóvel. A primeira reserva particular foi criada em 11000 e hoje, com a incorporação de novas sete, o país terá 480 delas, passando de 448,2 mil hectares para 455,22 mil hectares de áreas protegidas.

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Grupo avança na revisão do decreto de crimes ambientais

11/09/2008 - Gisele Teixeira - Ministérios do Meio Ambiente, Agricultura, Desenvolvimento Agrário e Casa Civil avançaram na revisão do texto do decreto que tornou mais rígida a Lei de Crimes Ambientais. Estão sendo analisados cerca de 10 dos 162 artigos do documento. Na quarta-feira (10), uma reunião coordenada pelo ministro Carlos Minc contou com a presença do ministro Reinhold Stephanes e também de representantes de ongs ambientalistas, do agronegócio, além de parlamentares. Participaram, ainda, representantes da Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (Anamma) e da Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Aema).

Um dos pontos de consenso foi a legalidade do decreto. "Uma das alegações era que ele estava extrapolando a regulamentação e criando novas figuras. Na reunião, todos foram unânimes em admitir que o decreto tem legalidade, embora contenha imperfeições que precisam ser corrigidas", disse Minc. Uma dessas imperfeições diz respeito ao embargo de áreas. "O decreto dá margem para que seja embargada uma propriedade inteira e não apenas a área objeto de crime ambiental. Isso pode ser alterado sem prejuízo e está em estudo", acrescentou o ministro.

O prazo para averbação de reserva legal também será revisto. Outros pontos em discussão são a definição sobre biodiversidade, embargo de áreas, coleta de material de pesquisa em reserva, ampliação do conceito de fauna, espécies nativas plantadas e prazos. "Estamos buscando harmonizar conceitos", disse Stephanes.

Ainda não há definição sobre as alterações no decreto. Um grupo de trabalho, formado por assessores jurídicos e técnicos das partes envolvidas, irá avaliar as possíveis alterações que serão sugeridas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Foi a primeira vez que se chamou parlamento, ongs, estados e municípios e quatro ministérios para discutir algo dessa natureza. Isso será uma prática permanente do nosso ministério", acrescentou Minc.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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