MINISTRO DEFENDE ALTERNATIVAS ECONÔMICAS SUSTENTÁVEIS NA AMAZÔNIA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2008

10/09/2008 - Lucia Leão - O ministro Carlos Minc disse nesta quarta-feira (10) que está temeroso com uma possível aceleração no ritmo do desmatamento da Amazônia, especialmente em função do período de campanha eleitoral e da seca, que chega ao ápice na Região. Durante debate sobre "Políticas Públicas e o Futuro da Amazônia", promovido nesta quarta-feira (10) pela CNBB, Minc disse que está monitorando de perto a situação na floresta e ficou impressionado com a quantidade de focos de incêndio que viu durante sobrevôo que fez para uma fiscalização no Mato Grosso, na última terça-feira (9).

"Nós vimos muitos focos de incêndio e percebemos que o ritmo da fiscalização não é satisfatório. Atribuímos isso, em parte, ao período de campanha eleitoral. Ninguém quer multar, fiscalizar, apreender nessa época! Por outro lado, também precisamos acelerar os investimentos em atividades sustentáveis. Podemos fechar uma serraria em uma hora. Mas quanto tempo vamos precisar para criar cinqüenta empregos?", questionou Minc.

A falta de alternativas de atividades econômicas sustentáveis leva a população, mesmo de comunidades tradicionalmente extrativistas, a práticas criminosas como questão de sobrevivência. "Muitas vezes são os próprios habitantes das reservas extrativistas que desmatam para formar pastagens e cuidam do gado para ficar com um bezerro em cada três", constatou o ministro.

Durante debate, Minc defendeu o Fundo Amazônia, que ele acredita seja um mecanismo eficiente para promover os investimentos necessários para fortalecer a economia sustentável e informou que o Ministério da Justiça está finalizando o recadastramento das organizações não-governamentais que atuam na região para credenciar novos parceiros.

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Regularização de terras da Amazônia Legal será prioridade do governo

11/09/2008 - Daniela Mendes - A regularização fundiária da Amazônia Legal foi debatida nesta quinta-feira (11) em reunião da Comissão Gestora do Plano Amazônia Sustentável (PAS), no Palácio do Planalto. Entre os pontos acordados estão mudanças na legislação fundiária brasileira e a criação de um órgão executivo para agilizar o processo de regularização.

Segundo o ministro Minc, houve um consenso entre os presentes de que é fundamental agilizar a regularização fundiária na região e que mudanças na legislação são fundamentais para garantir celeridade ao processo.

"Sem a regularização seria inviável avançar com as políticas públicas e, para regularizar, é preciso mexer na legislação. São nove leis, quatro decretos. Um levantamento mostrou que precisaríamos de quarenta anos para regularizar com as leis atuais", afirmou Minc.

Foram definidos quatro pontos na reunião de hoje para viabilizar a regularização das terras: criação de um novo órgão para coordenar e monitorar o trabalho de regularização; definição de um instrumento jurídico para facilitar a colaboração com os estados; avançar na colaboração federativa; e simplificar as regras e procedimentos para regularização.

Participaram do encontro o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os ministros Carlos Minc, do Meio Ambiente; Mangabeira Unger, de Assuntos Estratégicos; Dilma Roussef, da Casa Civil; Guido Mantega, da Fazenda; Guilherme Cassel, do Desenvolvimento Agrário; além de governadores e vice-governadores dos nove estados da Amazônia Legal.

Resolução do CMN - questionado sobre possíveis mudanças na Resolução do Conselho Monetário Nacional de fevereiro de 2008, que restringe o crédito a produtores que estejam com irregularidades fundiárias e ambientais, o ministro Carlos Minc esclareceu que a única mudança negociada com os governadores foi a substituição, para produtores familiares, da exigência do Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR) pela Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP).

"Pelo lado ambiental, o que era exigido e continua sendo é a demarcação da Reserva Legal. Pelo lado agrário, em relação aos proprietários de menos de quatro módulos, o que está sendo solicitado é a substituição do CCIR pelo DAP que é mais ágil", esclareceu, Minc, afirmando que a resolução está mantida e se vier a ser alterada será especificamente nesse ponto.

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Governo fixa preço mínimo para quatro produtos extrativistas

12/09/2008 - O Conselho Monetário Nacional aprovou, na quarta-feira (10), o preço mínimo de quatro produtos extrativistas: borracha natural, açaí, pequi e castanha de babaçu. A fixação do preço mínimo é a primeira de uma série de ações que serão deflagradas ainda este ano pelo Ministério do Meio Ambiente com o objetivo de melhorar a capacidade produtiva e de auto-sustentação dos Povos e Comunidades Tradicionais e apoiar a comercialização de produtos extrativistas.

Na próxima semana, a diretoria de Extrativismo da Secretaria de Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) devem concluir os estudos para identificar os custos de produção de mais seis produtos: castanha do Brasil, andiroba, copaíba, buriti, seringa, piaçava e carnaúba.

Estimativas apontam que uma população estimada em 5,2 milhões de pessoas em todo o País fazem parte das comunidades que vivem do extrativismo.

Essa ação faz parte da Agenda Social das Comunidades Tradicionais do Governo Federal, coordenada pelo MMA, e que deve ser lançada pelo presidente Lula ainda este ano.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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