CAMPANHA NACIONAL FORTALECE COMBATE AO TRÁFICO DE ANIMAIS SILVESTRES

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Outubro de 2008

Brasília (20/10/2008) - O combate ao tráfico de animais silvestres com foco no consumidor final é o objetivo da Campanha Nacional de Proteção à Fauna Silvestre lançada, na semana passada, pelo Ministério do Meio Ambiente e Ibama. A campanha terá como suporte cartazes, adesivos, vídeos e quadrinhos que serão distribuídos em escolas, bibliotecas, aeroportos, feiras e outros locais públicos de grande visibilidade.

As imagens utilizadas são de forte impacto e seguem a linha das campanhas de trânsito e anti-tabagismo desenvolvidas pelo governo federal e têm o objetivo de sensibilizar a população com o slogan: Isto acontece porque você compra. "É uma campanha muito agressiva porque esse tráfico é quase tão poderoso quanto o tráfico de armas e de drogas", esclareceu o ministro Carlos Minc ao afirmar que a sociedade precisa entender que comprar animais silvestres do comércio ilegal é crime e estimula o crime.
A campanha vai contar ainda com o reforço das operações de fiscalização realizadas pelo Ibama com apoio das polícias Federal e Rodoviária, somando-se a esses esforços o auxílio da Interpol e de ONGs ambientalistas internacionais para atingir traficantes com atuação no exterior. Os fiscais do Instituto Chico Mendes estão orientados a agir contra esse tipo de crime nas unidades de conservação.


"Para cada animal bonitinho que um pai dá para um filho é preciso esclarecer que outros dez ou mais ficaram pelo caminho. É preciso informar à população sobre isso", disse Minc que espera como resultado da campanha a difusão do conceito de posse responsável incorporando informações sobre alimentação, cuidados e soltura dos animais segundo critérios ambientalmente corretos.

A cada ano, cerca de 50 mil animais silvestres são apreendidos em todo o país em operações de fiscalização, mas estimativas feitas pelo Ibama indicam que o comércio ilegal dentro do Brasil chega a 10 milhões de animais.

Recife, São Paulo e Rio de Janeiro são as principais praças para a venda ilegal desses animais, sendo que papagaios, passarinhos, micos e sagüis estão entre as espécies mais exploradas por esse comércio.

"Nós já estamos fazendo uma varredura nos 250 mil criadouros de pássaros legalizados pelo Ibama. Infelizmente vários deles acabam sendo fachada para tráfico. Recentemente mais de 4 mil pássaros foram apreendidos em criadouros autorizados", informou o ministro.

Educação ambiental - Outra frente da campanha de proteção à fauna é a disseminação de informações em escolas públicas e privadas de todo o país para a educação ambiental das crianças. Essa ação, denominada "A Escola é o Bicho", vai capacitar, em parceria com o Ministério da Educação (MEC), agentes sociais para funcionar como multiplicadores nos estados.

O projeto piloto para padronizar os procedimentos será realizado a partir de 20 de outubro em escolas privadas de Brasília e será estendido para 90 escolas públicas do Distrito Federal em um acordo com a Secretaria de Educação. A expectativa é que a partir do ano que vem todos os estados estejam capacitando multiplicadores.

Cetas - O ministro disse que está ampliando o número de Centros de Triagem de Animais Silvestres do Ibama (Cetas), local para onde são encaminhados os animais apreendidos nas operações. O projeto Cetas Brasil, que já conta com 27 unidades, tem por objetivo construir, restaurar e equipar os centros de triagem em todo o país. Em fevereiro, um outro centro será inaugurado em Porto Seguro (BA).
Ascom/MMA

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Pescadores entram ilegalmente na Ilha do Bananal

Brasília (21/10/2008) - A Procuradoria da República no Tocantins foi informada da entrada ilegal de caravanas de pescadores na Ilha do Bananal, usando com acesso a aldeia indígena Boto Velho. Essa ação fere cláusula do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, por intermédio da Superintendência do Instituto Nacional do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Tocantins, a Fundação Nacional do Índio (Funai) e as comunidades indígenas do Território Indígena Inãwébohona, no Parque Nacional do Araguaia (PNA) e que abrange as aldeias de Boto Velho, Waotynã e Txuodé.

O TAC estabelece obrigações para o uso sustentável dos recursos pesqueiros da ilha pelos índios, enquanto não se conclui o Acordo de Pesca que está sendo formatado para que as comunidades indígenas possam exercer a pesca como atividade comercial e, assim, ter uma alternativa de renda, principalmente agora, que foi retirado o gado dos fazendeiros da ilha, o qual garantia recursos aos índios através do aluguel das pastagens.

A Procuradoria também está investigando a ação de um comerciante do município de Lagoa da Confusão, situado 220 quilômetros a Sudoeste do Estado. A informação é que ele estaria pescando Piraruco nos lagos da ilha, o que é proibido no Tocantins. A saída que o indivíduo estaria usando para burlar a legislação ambiental seria o uso de guias de fiscalização falsificadas do Pará, onde é permitida a pesca da espécie. Ele alega trazer o pescado de barco, pelo Rio Javaé. Acontece que o Javaé está seco nesse período.

Karajá
O problema da pesca na região é sério e antigo. Há poucos dias, uma aldeia Karajá da ilha capturou o equipamento de pesca de uma caravana e foi difícil convencer os índios a liberá-lo. A Procuradoria tem conhecimento que alguns índios aceitam dinheiro para permitir a entrada das caravanas de pescadores e isso pode comprometer o acordo. Com a possibilidade de comercializar o pescado, as comunidades indígenas poderão obter melhor preço, já que se livrarão da figura do atravessador. Em outras palavras, vão ganhar mais dinheiro com menos peixe.

A expectativa de todas as entidades envolvidas na costura do acordo é que os índios assumam efetivamente o compromisso da preservação. O manejo do pirarucu pede um descanso da pesca de pelo menos três anos nos lagos da Ilha do Bananal, fazendo um minucioso trabalho de contagem da espécie e o rodízio dos lagos. É um processo que demanda tempor e cuidado.

Pesca
Entre as obrigações que o TAC estabelece para as comunidades indígenas está o controle nominal de todos os seus membros que desenvolvem atividade pesqueira. Eles devem apresentar planilhas mensais de controle da quantidade de espécies extraídas por cada pescador, informando os locais de exploração e a destinação do produto.
Os índios pescadores também precisam cumprir rigorosamente a legislação vigente, inclusive quanto às espécies proibidas de pesca, períodos de proibição para garantir a reprodução, tamanhos mínimos para captura, apetrechos de pesca e comercialização. E mais: limitar a captura, comércio e transporte de pescado a 100 quilos por mês a cada indígena cadastrado e autorizado a explorar o recurso.

 
 

Instituto Chico Mendes
Ascom

 
 
 
 

 

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