MINC DIZ QUE INVESTIMENTOS PODEM SE RECONSTRUIR, MAS GELEIRAS NÃO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Outubro de 2008

29 de Outubro de 2008 - Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Ao comentar as preocupações com o meio ambiente e com a sustentabilidade dos países em meio à crise econômica mundial, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse hoje (29) que os investimentos financeiros estão “derretendo”, mas podem se recuperar, enquanto as geleiras do planeta passam pelo mesmo processo de derretimento mas não vão se reconstituir “na bolsa do dia seguinte”.

“Países como a Noruega, que se comprometeram com US$ 1 bilhão para o Fundo Amazônia, são países que vivem debaixo da geleira. Se o gelo derreter mais, vão ser os primeiros a submergir. Entre o sobre-e-desce da bolsa e o país submergir, acho que é um seguro de vida que nós todos temos que pagar", comentou Minc ao chegar ao lançamento do Mapa das Unidades de Conservação e Terras Indígenas da Caatinga e a publicação Caatinga: Conhecimentos, Descobertas e Sugestões para um Bioma Brasileiro, no próprio ministério.

Minc avaliou ainda que diversas alterações climáticas sentidas na atualidade são conseqüências da emissão de gases poluentes nos últimos 50 anos. Segundo ele, o mundo está pagando pelos erros do modelo predatório cometidos no passado.

“O que a gente está sofrendo agora é por causa das lambanças que se fizeram. Estamos correndo atrás do prejuízo e, mesmo com tudo que fizermos, ainda assim, o nível do mar vai aumentar. Além de diminuir as emissões, nós temos que trabalhar com adaptações, prevenir.”

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Desmatamento na Amazônia em setembro é 22% menor do que em agosto

29 de Outubro de 2008 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O desmatamento na Amazônia em setembro caiu 22% em relação a agosto, de acordo com os números do Sistema de Detecção em Tempo Real (Deter) divulgados hoje (29) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em setembro, os alertas registraram 587 quilômetros quadrados de novas áreas desmatadas, contra os 756 quilômetros quadrados identificados no mês anterior.

Em comparação com o mesmo período de 2007, quando o Inpe registrou 603 quilômetros quadrados de novos desmates, a queda foi de 2,7%. Se comparado à média dos últimos 12 meses, 722 quilômetros quadrados, o índice caiu 18%.

No entanto, de acordo com o Inpe, a cobertura de nuvens sobre a região pode ter encoberto a visualização de mais desmatamentos. Por causa das nuvens, em setembro, os satélites deixaram de verificar 33% da Amazônia Legal. “Estados como o Amapá, Pará e parte do Amazonas, por exemplo, não puderam ser monitorados adequadamente, pois apresentaram um alto índice de cobertura de nuvens no período”, indica o Inpe.

Mato Grosso, Pará e Rondônia mantiveram a liderança entre os estados que mais desmataram. Depois de três meses consecutivos na dianteira da lista, o Pará desmatou menos que Mato Grosso. O estado, governado por Blairo Maggi, foi responsável por 216,3 quilômetros quadrados de desmatamento. O Pará aparece em seguida, com 126,8 quilômetros quadrados e, em terceiro, Rondônia, com 91,5 quilômetros quadrados.

O cálculo do Deter considera as áreas que sofreram corte raso (desmate completo) e as que estão em degradação progressiva.

A taxa anual de desmatamento, definida pelo Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia (Prodes) deve ser divulgada até o fim do semestre. O número é calculado com base no acumulado de novos desmatamentos entre agosto de 2007 e julho de 2008. Pelos dados do Deter, o desmate no período chegou a 8,1 mil quilômetros quadrados, aumento de 64% em relação ao ano anterior.

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Desmatamento e questão fundiária na Amazônia são debatidos no Senado

28 de Outubro de 2008 - Lisiane Wandscheer - Repórter da Agência Brasil - Brasília - As Comissões de Agricultura e Reforma Agrária, Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado Federal discutiram, hoje (28), em reunião conjunta, o combate ao desmatamento e a regularização fundiária na Amazônia Legal.
Os senadores apontaram a necessidade de uma ação urgente de regularização fundiária na Amazônia, com o intuito de identificar e punir os culpados pelo desmatamento ilegal na região.

Essa posição foi reforçada pelo diretor técnico da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Anaximandro Almeida. “O problema do desmatamento começa com o problema fundiário”, salientou.

O diretor do Departamento de Políticas para o Combate ao Desmatamento do Ministério da Meio Ambiente, Mauro Pires, afirmou que houve uma grande redução do desmatamento na Amazônia. “Em 1995, havia mais de 30 mil hectares desmatados, passando para 27 mil em 2004, chegando, no ano passado, a 11.532 hectares. Verificamos que o número voltou a crescer. Aguardamos o dado oficial do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais [Inpe] sobre o período entre agosto de 2007 e julho de 2008 ”.

De acordo com Pires, o desmatamento na região atinge diversos municípios, mas ações estratégicas estão focadas nos 36 municípios responsáveis por 50% da área desmatada. Entre as ações estão o recadastramento fundiário, limitações para novos desmatamentos, embargo das áreas ilegalmente desmatadas.

Sobre a preocupação quanto ao excessivo valor das multas referentes a crimes ambientais o diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Fábio Montiel da Rocha, informou que o Decreto 6.514, de 22 de julho de 2008, dispondo sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente, foi revisto e está para análise na Casa Civil. Desde que entrou em vigor, o decreto está sendo muito criticado pelos agricultores, em função do valor da multa e do tempo exíguo exigido para a regularização dos problemas.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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