PLANO NACIONAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA TEM CONSULTA PRORROGADA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Outubro de 2008

28/10/2008 - Daniela Mendes - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou, nesta segunda-feira (27), que o prazo da consulta pública do Plano Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) - previsto para encerrar no dia 31 de outubro - será prorrogado para até o dia 10 de novembro.

Ele participou no Rio de Janeiro, juntamente com a secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do MMA, Suzana Kahn, da secretária de Meio Ambiente do Rio de Janeiro, Marilene Ramos, do conselheiro da Federação das Indústrias do Rio, Mauro Viegas, além de representantes do meio acadêmico, do setor privado e da academia, de audiência pública na sede da Firjan para debater o plano.
Segundo Minc, as contribuições que estão sendo colhidas desde quando o PNMC entrou em consulta pública, no final de setembro, são muito relevantes e devem ser agregadas ao documento. A extensão do prazo atende a solicitações de diversos segmentos da sociedade que pretendem encaminhar propostas ao documento.

Suzana Kahn acredita que a prorrogação do prazo é importante para atender às demandas da sociedade e afirmou que mesmo com o novo prazo a proposta deverá estar consolidada até o início de dezembro, quando da Conferência do Clima das Nações Unidas, na Polônia, onde mais de 100 países discutirão as ações pós-Kyoto.

Minc disse ainda que uma das metas da equipe que está concluindo o plano é acelerar a realização de um novo inventário de emissões para dar subsídios às ações do governo federal. "Hoje nós usamos informações de 94. O novo inventário terá data-base de 2005, portanto vamos estar com algo mais próximo da realidade para podermos acertar nossas estratégias", acredita.

Para ele, a consolidação de uma primeira versão do PNMC até o final do ano é fundamental para inserir o país nas discussões mundiais sobre as mudanças do clima. "A gente vai ter um plano, só que esse plano vai ser atualizado no ano que vem, inclusive com os dados do novo inventário que vai mostrar o que o Brasil mudou em 14 anos. É importante termos alguma coisa para mostrar na Polônia e termos uma voz mais pró-ativa. O Brasil está muito na defesa em matéria internacional relacionada ao clima", avaliou.

O PNMC é fruto do trabalho do Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (formado por sete ministérios e pelo Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas) e também recebeu contribuições da Conferência Nacional do Meio Ambiente, que este ano teve as mudanças do clima como tema.

Entre os objetivos do plano estão a previsão de o País chegar a 2015 plantando mais árvores do que cortando, o aumento de 1% para 20% na co-geração de energia e o crescimento de 11% ao ano na participação do etanol na matriz energética brasileira.
O texto do PNMC está em consulta pública pela internet no site www.mma.gv.br

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Minc destaca compromisso de países com o Fundo Amazônia

24/10/2008 - Carlos Américo - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse, nesta sexta-feira (24), que apesar da crise na economia mundial, continua o interesse de países e empresas privadas em fazer doação ao Fundo Amazônia. "As empresas interessadas em fazer doação para o Fundo têm um compromisso com a sustentabilidade que vai além da crise", ressaltou o ministro, na primeira reunião do Fundo Amazônia, na sede do BNDES, no Rio de Janeiro, que instalou o Comitê Orientador do Fundo Amazônia.

A expectativa é que até 2021 o Brasil consiga captar cerca de US$ 21 bilhões de recursos, nacionais e estrangeiros, para projetos que visem acabar com o desmatamento na Amazônia.

Minc falou sobre a possibilidade de anúncio de dois ou três doadores privados durante a Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas, que será realizada em dezembro, na Polônia. E acrescentou ser muito bom para o Brasil captar recurso para o Fundo neste período pós-Protocolo de Kyoto. "O Fundo Amazônia é a melhor alternativa para os países que não atingiram as metas do Protocolo", disse.

O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, destacou que o banco criou uma nova área voltada ao meio ambiente, o que mostra a importância que o banco tem dado à sustentabilidade ambiental. Segundo Coutinho, hoje o BNDES está direcionado à questão de sustentabilidade ambiental. "A questão da sustentabilidade ganhou muita força no Banco, que se coloca a serviço das políticas de governo, sempre aberto ao diálogo com a sociedade em geral. Este é o espírito do banco com relação ao meio ambiente e a este comitê".

Na reunião, foram apresentadas as diretrizes e prioridades do fundo, com as recomendações sobre a aplicação do dinheiro. Os projetos que atenderem a mais de um dos objetivos terão prioridade. O comitê é composto por nove representantes do governo federal, dos governos dos estados da Amazônia Legal que possuam Planos Estaduais de Prevenção e Combate ao Desmatamento e seis membros da sociedade civil, a serem nomeados pelo BNDES. Os doadores do Fundo Amazônia não têm direito a assento no comitê, a fim de garantir a soberania do Brasil sobre a Amazônia.

Os projetos a serem apoiados com o recurso do Fundo Amazônia precisam contemplar os temas: Gestão de florestas públicas e áreas protegidas; controle, monitoramento e fiscalização ambiental; manejo florestal sustentável; atividades econômicas desenvolvidas a partir do uso sustentável da floresta; zoneamento ecológico-econômico, ordenamento territorial e regularização fundiária; conservação e uso sustentável da biodiversidade; recuperação de áreas desmatadas; e pagamentos por serviços ambientais. Esses projetos precisam se articular com as estratégias do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal e com os objetivos do Plano Amazônia Sustentável.

O ministro vê com bons olhos o pagamento por serviços ambientais como alternativa de desenvolvimento sustentável. "Tem coisa que não se resolve com a polícia ou com o Ibama, por isso é preciso ter alternativas de desenvolvimento sustentável. O Fundo Amazônia permite financiar atividades sustentáveis, que permitem coibir o ilegal e ter uma alternativa legal de sobrevivência", enfatizou o ministro.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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