SÃO PAULO REELEITO VICE-PRESIDENTE NA REDE DE GOVERNOS REGIONAIS PARA A AMÉRICA LATINA

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Novembro de 2008

05/11/2008 - Primeiras testemunhas do aquecimento global, 99 governos regionais de diversas partes do planeta participaram na última semana de outubro, em Saint Malo, na região francesa da Bretanha, de uma cimeira sobre alterações climáticas globais organizada pela Rede de Governos Regionais para o Desenvolvimento Sustentável (nrg4SD), em parceria com a CRPM – Conferência das Regiões Marítimas Periféricas. O primeiro dia de trabalho concentrou a realização da Assembléia Geral da Rede, que teve como pauta, entre outros assuntos, a eleição dos novos membros do Comitê Diretivo, finda a qual o Estado de São Paulo manteve sua posição de vice-presidente para a América Latina e Caribe, além de ter sido eleito como um dos dois co-presidentes mundiais junto com a Região da Bretanha, essa pelo hemisfério norte e São Paulo pelo sul.

Esta cimeira reuniu governos regionais dos cinco continentes, juntamente com representantes do IPCC – Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, agências da União Européia e um grande número de organizações e fundações de trabalho sobre a questão do aquecimento global. Seu objetivo principal foi o de demonstrar a pertinência das autoridades regionais, apresentando as melhores práticas de mitigação ou adaptação sobre as alterações do clima; compartilhar experiências e competências e empreender uma parceria entre as regiões e a Organização das Nações Unidas sobre a questão.

O governo de São Paulo, representado pelo presidente da CETESB, Fernando Rei e pelo assessor técnico da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Oswaldo Lucon, conseguiu aprovar, por unanimidade, um documento político (policy paper) sobre as alterações climáticas, defendendo, entre outras posições, que as regiões integrantes da Rede de Governos devem incentivar os países signatários do Protocolo de Kyoto a entrar em fecundas negociações, a fim de que um forte regime multilateral em matéria de alterações do clima venha a ser aprovado na próxima Conferência das Partes da ONU sobre Mudanças Climáticas, em dezembro próximo, em Poznan, na Polônia.

“Agora é o momento para os governos, em todos os níveis, encontrarem vontade política para concluir com sucesso um novo processo de negociação com ações concretas de atenuação, adaptação e aplicação rigorosa. É necessária uma urgente ação global”, defende o documento, destacando, em outro trecho, as potencialidades e as vantagens da criação de sinergias entre as alterações climáticas e outras políticas públicas, tais como o desenvolvimento sustentável, eficiência energética, energias renováveis, florestais e de gestão de terras, transporte, conservação dos habitats naturais, da indústria e da agricultura, para enfrentamento do problema.

Para o presidente da CETESB, Fernando Rei, os complexos problemas que marcam a sociedade internacional, com destaque para a questão das alterações do clima, exigem novas estratégias de governança planetária, novas formas de gerenciar problemas comuns, respeitadas as especificidades de cada região. Segundo ele, “a governança regional é compreendida não somente como uma contribuição de governos não centrais, mas como um atributo desses governos na sua capacidade de enfrentar desafios, exigir soluções, combinar ações e equacionar problemas que afetam a sociedade internacional”.

Durante o painel sobre energias renováveis, o assessor da SMA apresentou o Programa Etanol Verde e o Zoneamento Econômico-Ecológico da Cana-de-Açúcar. No painel Pós-Kyoto, quando foi divulgado o Relatório da Rede sobre Mudanças Climáticas, feito com a participação de São Paulo, também foi apresentada a Política Estadual Paulista sobre Mudanças Climáticas. Ao final da cimeira foi assinado um Protocolo de Cooperação entre a Rede e o PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, no sentido de implantar 50 projetos pilotos de redução de gases de efeito estufa em regiões em desenvolvimento, além da Declaração de Saint Malo por todas as delegações, que reclama uma participação das Regiões como membro na Conferência das Partes nas negociações internacionais sobre pós-Kyoto.
Texto: Renato Alonso
Foto: Internet

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Técnicos da SMA realizam treinamento na Agência Unificada de Campinas

03/11/2008 - Esse foi o terceiro grupo de cidades que estão capacitando seus agentes municipais. As orientações técnicas são ministradas por especialistas da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – CETESB e do Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais – DEPRN e são voltadas para procedimentos administrativos e técnicos adotados nas análises dos licenciamentos.

Os municípios de Piracicaba, Rio Claro, Itu, Tatuí e Botucatu , já treinaram o seu corpo técnico e estão previstos para novembro cursos práticos e visitas a campo em Ribeirão Preto, Colina e Tabapuã.

O resultado dessa estratégia de municipalização da gestão ambiental já se faz sentir. As cidades de Ribeirão Preto, Botucatu, Valinhos e Tabapuã já solicitaram, oficialmente, convênio com a SMA, visando municipalizar o licenciamento ambiental. A prefeitura de Valinhos realizou, inclusive, em 2008, concurso público com a finalidade de aumentar sua equipe ambiental, tendo como objetivo a melhor atuação no licenciamento. A expectativa é de que até o final do ano esses convênios sejam assinados.

O treinamento é dividido em três módulos: o primeiro, em sala de aula, com a apresentação teórica das atividades da CETESB e do DEPRN. O segundo módulo ocorre na agência ambiental unificada, com os técnicos das prefeituras acompanhando a rotina de atendimento aos usuários. O terceiro módulo consiste em vistorias de campo.
Texto: Renato Alonso

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Seminário internacional debate novos padrões de qualidade do ar

04/11/2008 - O primeiro dia do seminário internacional “Políticas Públicas e Padrões de Qualidade do Ar na Macrometrópole Paulista”, ocorrido em 04.11, na sede da Secretaria Estadual de Meio de Ambiente – SMA, reuniu cerca de 250 pessoas, entre profissionais, estudantes e representantes da sociedade civil, com o objetivo de colocar em pauta a medição da qualidade do ar e os efeitos na qualidade de vida da população. A abertura do seminário, que terá seqüência amanhã, 05.11, contou com a participação dos secretários estaduais de meio ambiente, Xico Graziano, e da saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, assim como do diretor-presidente da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – CETESB, Fernando Rei, e da diretora de engenharia, tecnologia e qualidade ambiental, Ana Cristina Pasini da Costa.

Para Graziano, é necessário integrar as políticas públicas de meio ambiente e saúde. “Precisamos unir as nossas agendas para cumprirmos a nossa responsabilidade pública”, declarou. Para Luiz Roberto, as experiências internacionais são positivas. “Na troca de idéias nós vamos encontrar um caminho que nos permita avançar na busca da melhoria da qualidade ambiental e de saúde”, afirmou. De acordo com Fernando Rei, não adianta estabelecer padrões que estejam fora da realidade do Estado. “A melhora na saúde pública e na qualidade ambiental precisam ser viáveis e exeqüíveis”, apontou. Ana Cristina acredita que o momento é ideal. “É uma oportunidade rara, que pode resultar em uma proposta de política pública”, destacou.

A palestra de abertura, ministrada pelo médico Carlos Dora, que coordena a unidade de saúde pública e meio ambiente da Organização Mundial de Saúde - OMS abordou a qualidade do ar nas megametrópoles e medidas para reduzir a poluição do ar. “Existe um grande descompasso entre o que se mede e onde se quer chegar com o dado obtido”, pontuou. Para o especialista, a grande questão é como as cidades resolverão os problemas causados pela poluição. “As grandes cidades do mundo têm esse mesmo problema, mas são cidades com mais capacidade técnica, com universidades e as agências como a CETESB, que é muito forte, para solucionar o problema”, destacou.

O patologista Paulo Saldiva, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – USP, acredita que é necessário definir o quanto vale a saúde das pessoas. “O única forma de se discutir em pé de igualdade é valorar o custo da saúde no ambiente urbano”, revelou. Para a gerente da divisão de tecnologia de avaliação da qualidade do ar da CETESB, Maria Helena Martins, o primeiro dia do seminário deu início ao debate. “Foi um dia de abertura para a questão entrar na discussão e as experiências internacionais foram positivas para ampliar a visão do debate”, definiu. De acordo com o gerente do departamento de tecnologia do ar da CETESB, Carlos Komatsu, o público em geral não conhece com profundidade os padrões internacionais de medição da qualidade do ar. “A proposta do seminário é trazer ao público esse conhecimento, para que a sociedade possa participar da elaboração das políticas públicas, pois a responsabilidade sobre essa questão não é só do órgão ambiental, mas de todos nós”, declarou.

O seminário contou, ainda, com a participação de Nelson Gouveia, da Faculdade de Medicina da USP, Clarice Freitas e Luiz Sérgio Ozório Valentim, da secretaria estadual de saúde, Nacy Mayer, da United States Environmental Protection Agency – USEPA e Emile De Saeger, da Joint Research Centre – JRC, ligado à União Européia.
Texto: Valéria Duarte
Foto: José Jorge

 
 

Fonte: Cetesb – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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