PRODUTORES AGRÍCOLAS BRASILEIROS SÃO REFÉNS DE TRANSGÊNICOS, DIZ MINISTRO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2008

11 de Novembro de 2008 - Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, disse hoje (11) que o pacote tecnológico de transgênicos mantém o produtor brasileiro refém das indústrias e que o custo desse tipo de produção tem crescido mais do que o das lavouras convencionais.

“Os preços de custo dos [produtos agrícolas] transgênicos certamente aumentarão com a alta do dólar e isso acabará estourando no produtor. Por isso, temos defendido cada vez mais o uso de lavouras convencionais, com fertilizantes e adubos convencionais, que hoje estão muto mais baratos”, disse Cassel.

O ministro avalia que a crise não está repercutindo nas atividades dos pequenos e médios produtores, especialmente na obtenção de créditos.

“Essas fontes ainda não foram atingidas e têm sido preservadas. Faz parte da estratégia do governo garantir a produção de alimentos para atravessar o período de crise, e a população mais pobre do campo produz 70% dos alimentos consumidos no país", explicou Cassel.

Segundo o ministro, apesar da crise, a falta de crédito não atingiu a agricultura familiar. “A oferta e a tomada de crédito cresceram em relação ao mesmo período do ano passado. No primeiro trimestre, esse crescimento foi próximo de 11%. Há números muito positivos que confirmam isso”.

“Enquanto a venda de automóveis caía em todo país, durante o mês de outubro, a venda de tratores crescia. Nesse mesmo período, que coincide com o primeiro mês de funcionamento do Mais Alimento [programa que visa a ampliar a oferta de alimentos do país por meio do aumento da produção e da produtividade da agricultura familiar], foram vendidos 6.227 tratores”, informou.

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Adequações na legislação ambiental devem tratar regiões distintamente, apontam ministros

11 de Novembro de 2008 - Danilo Macedo - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Em reunião realizada hoje (11), os ministros da Agricultura, Reinhold Stephanes, do Meio Ambiente, Carlos Minc, e do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, disseram que a legislação ambiental brasileira deverá ser adequada considerando as diferenças entre as regiões. Segundo eles, é preciso considerar as peculiaridades do lugar para que se alcance o “desmatamento zero”.

Após três horas de reunião, o ministro do Meio Ambiente disse que “não se pode tratar com a mesma fórmula realidades regionais completamente diferentes”, e explicou que algumas leis são importantes, mas têm que se “modernizar”.

Stephanes disse que alguns pontos de acordo nesse sentido são em relação ao tratamento diferenciado que será dado às áreas consolidadas de plantio do Centro-Sul do país e aquelas de topos de morros e encostas, como é o caso de grande parte das plantações de café de Minas Gerais, que garantem ao estado a condição de maior produtor nacional do grão. Segundo especialistas, a legislação ambiental em vigor torna a atividade agrícola nessas áreas ilegal.

Na avaliação de Guilherme Cassel, o encontro de hoje, que também reuniu representantes do setor rural, deixou claro que há muitas divergências entre as áreas ambiental e a produtiva e que elas devem ser analisadas com cautela.

Cassel acredita, no entanto, que é importante garantir ainda mais o controle do desmatamento e a legislação ambiental. Para isso, ele aponta que é preciso “estabelecer diferenças entre pequenos e grandes, [acelerar a] regularização fundiária na Amazônia e garantir renda às populações ribeirinhas, quilombolas”, entre outras populações dependentes da floresta.

Um dos pontos de divergência entre os setores ambiental e produtivo que voltou a ser abordado durante o encontro foi o Decreto Presidencial 6.514/08, publicado no final de julho, que regulamenta o processo administrativo para apuração de infrações contra o meio ambiente.

Para os produtores a medida desconsidera as diversidades geopolíticas e econômicas do território nacional e, principalmente, o setor agropecuário. Alguns deles chegaram a afirmar que o decreto inibia a atividade rural. Uma das instisfações era o prazo de quatro meses estabelecido para que os produtores rurais se adaptassem a legislação ambiental, sob pena de ficar sem acesso ao crédito rural.

Carlos Minc informou que a atualização do decreto deve sair ainda esta semana, estendendo o prazo para um ano o período fixado para a adequação ambiental. Na avaliação do ministro, o prazo inicialmente previsto pelo decreto criou uma certa preocupação para fazendeiros porque os obrigava a cumprir em meses o que, segundo ele, não era vinha sendo atendido em 30 anos.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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