ONU RETOMA NA POLÔNIA DISCUSSÃO SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2008

1 de Dezembro de 2008 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Cerca de 190 países participam até o dia 13 de mais uma jornada de negociação para definir o substituto do Protocolo de Quioto, que atualmente regula as emissões de gases de efeito estufa e vence em 2012. A 14° Conferência das Partes sobre o Clima (COP-14) deve reunir mais de 9 mil pessoas em Póznan, na Polônia.

O encontro é o meio do caminho entre a COP-13, em Bali, quando os países definiram um roteiro de negociação – o chamado Mapa do Caminho – e a próxima reunião, já marcada para 2009 em Copenhagen (Dinamarca), prazo final para se chegar a um novo acordo global sobre o clima.

Criado em 1997, o acordo de Quioto determina que as nações industrializadas devem reduzir, até 2012, as emissões de gases de efeito estufa em aproximadamente 5% abaixo dos níveis registrados em 11000. Para o próximo período de compromisso, a expectativa é de que as metas sejam mais ambiciosas.

Na abertura do debate na manhã de hoje (1º), o secretário executivo da Convenção-Quadro da Organização das Nações Unidas sobre Mudança Climática, Yvo de Boer, lembrou o alerta do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) sobre a necessidade de medidas urgentes para evitar o aquecimento do planeta.

“Estamos em um cenário histórico, em um momento importante na negociação sobre mudança climática: na metade do caminho para Copenhagen. Precisamos tomar decisões importantes que irão estabelecer uma base sólida para um resultado ambicioso a ser acordado em 2009, para redirecionar o desenvolvimento futuro da humanidade."

Na agenda das delegações, temas como a Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD), transferência de tecnologia entre países, financiamento de ações de mitigação e adaptação e metas quantitativas de redução de emissões de gases de efeito estufa.

A crise financeira mundial – que poderá encarecer as alternativas ambientalmente sustentáveis – deverá nortear as negociações. A eleição do democrata Barack Obama para a presidência norte-americana também estará na pauta da COP-14. Os Estados Unidos são o único país desenvolvido que não ratificaram o Protocolo de Quioto.

Os ministérios das Relações Exteriores (Itamaraty), do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia integram a delegação brasileira em Póznan. O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, desembarcará na Polônia na segunda semana da COP, na fase de decisões da reunião.

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Reunião da ONU inicia negociação do substituto do Protocolo de Quioto, avalia embaixador

1 de Dezembro de 2008 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A 14ª Conferência da Organização das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, a COP-14, que começou hoje (1°) em Póznan, na Polônia, será a transição entre a fase de debates e a efetiva negociação de textos para o substituto do Protocolo de Quioto. A avaliação é do negociador-chefe da delegação brasileira na COP-14, embaixador Luiz Alberto Figueiredo.

Ao longo de 2008, Figueiredo comandou a negociação do chamado Mapa do Caminho, roteiro definido na última COP, em Bali, para guiar a elaboração de um novo acordo climático global.

“Os países atenderam ao chamado com idéias e propostas, discutidas intensamente em preparação para a negociação de textos. Póznan marca a mudança de marcha no carro: passamos de um momento de debate para a negociação”, disse em entrevista à Agência Brasil.

Um dos temas que mais avançaram, segundo Figueiredo, foi a discussão de estratégias de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD). O assunto interessa particularmente ao Brasil, onde o desmatamento é responsável por quase 75% das emissões nacionais de gases de efeito estufa.

“Há um consenso muito claro de que ações de redução de emissões por desmatamento devem ser apoiadas internacionalmente. A discussão agora será sobre quais meios irão financiar essas ações”, explicou. Na avaliação do embaixador, nesse contexto, o Fundo Amazônia, lançado em agosto pelo governo, deverá ganhar força em Póznan, mesmo diante da crise financeira internacional.

A expectativa do negociador-chefe da delegação brasileira é de que a crise não afete os esforços internacionais de enfrentamento às mudanças climáticas acordados até agora. “As medidas de combate à crise [econômica]podem se transformar numa grande oportunidade para também ajudar no combate à crise do clima. A crise é preocupante, mas há essa esperança de que ela possa ser uma oportunidade."

Sobre o estabelecimento de metas obrigatórias de redução de emissões de gases de efeito estufa para os países em desenvolvimento, entre eles o Brasil, o embaixador disse que o assunto “não está em negociação”.

“O que está sendo negociado para os países em desenvolvimento são ações de redução de emissões no âmbito de políticas de desenvolvimento sustentável, ações que sejam nacionalmente adequadas e que sejam apoiadas por financiamento e tecnologia dos países industrializados. Isso tudo feito de maneira mensurável”, afirmou.

A inclusão desse tipo de compromisso para os países pobres é uma das principais bandeiras das organizações não- governamentais e de ambientalistas.

A posição brasileira é baseada no chamado princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas. Ou seja, os países desenvolvidos, que historicamente contribuíram mais para as emissões de gases do efeito estufa, devem ter mais responsabilidade no enfrentamento das mudanças do clima. “Não é um princípio meramente político, é comprovado pela ciência. É a tradução jurídica de um conceito científico”, argumentou.

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Evento no Parque Estadual da Serra da Tiririca lembra passagem do naturalista Charles Darwin

29 de Novembro de 2008 - Douglas Corrêa - Repórter da Agência Brasil - de Janeiro - O Parque Estadual da Serra da Tiririca, em Itaipu, na região oceânica de Niterói, está completando hoje (29) 17 anos de criação, e para marcar a data melhorias estão sendo inauguradas para incentivar a visitação, a proteção à biodiversidade e a participação da comunidade local.

A data serve também para marcar o ingresso oficial do parque da Serra da Tiririca na campanha mundial Darwin 200, que comemora os 200 anos de nascimento do naturalista inglês Charles Darwin e os 150 anos do livro A origem das Espécies.

De acordo com o presidente do Instituto Estadual de Florestas (IEF-RJ), André Ilha, a data marca a passagem de Darwin por trechos da serra da Tiririca, onde fez registros de como ficou extasiado com a beleza das matas que viu há cerca de 150 anos.

“Então para celebrar essa passagem histórica, o IEF encomendou a Escola de Urbanismo da Universidade Federal Fluminense (UFF), um concurso interno que será aplicado na Estrada do Vai-Vem, que foi percorrida pelo Darwin, e a passagem do naturalista inglês é um marco nesse sentido”, disse.

André Ilha afirmou, ainda, que a da Serra da Tiririca é um dos parques que mantém a sua biodiversidade preservada.“As pessoas que acompanham o parque há muito tempo são unânimes em reconhecer que o parque vem sendo preservado em sua biodiversidade e a cada ano aumenta o número de visitantes”.

O Instituto Estadual de Florestas assinou também um convênio com a concessionária de energia Ampla para reflorestamento de uma área de 2 hectares no parque, além de outro termo de cooperação com o Colégio Paulo Freire, de Niterói, para a adoção da trilha do Córrego dos Colibris.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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