AMAZÔNIA PERDEU 541 QUILÔMETROS QUADRADOS DE FLORESTA EM OUTUBRO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2008

5 de Dezembro de 2008 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O desmatamento na Amazônia em outubro atingiu 541 quilômetros quadrados de floresta, área equivalente à metade do município do Rio de Janeiro. O número é 8% menor que o registrado em setembro, quando os satélites identificaram 587 quilômetros quadrados de novas áreas desmatadas. Os dados são do Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), divulgados hoje (5) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Mato Grosso, Pará e Rondônia foram responsáveis por 90% do desmatamento da floresta no período. Pelo segundo mês consecutivo, Mato Grosso lidera a lista de maiores desmatadores, com 233 quilômetros quadrados, 43% do total. As motosserras do Pará foram responsáveis por outros 218 quilômetros quadrados de desmate, o que garantiu ao estado o segundo lugar em devastação em outubro. Rondônia aparece em seguida, com 36 quilômetros quadrados de novas áreas desmatadas.

De acordo com o relatório do Inpe, a cobertura de nuvens sobre a região pode ter encoberto a visualização de mais desmatamentos. Por causa das condições de visibilidade, os satélites deixaram de verificar 33% da Amazônia Legal em outubro. “Estados como o Amapá, e parte do Amazonas e Pará, por exemplo, não puderam ser monitorados adequadamente, pois apresentaram um alto índice de cobertura de nuvens no período”, indicou o Inpe.

Por causa do aumento da intensidade de nuvens na Amazônia, previsto para os próximos meses, o Inpe vai interromper a divulgação dos dados do Deter. “Todos os dados apurados pelo Deter neste período serão publicados até o final de fevereiro [de 2009], assim como o respectivo relatório de avaliação”, informou o instituto.

A medição do Deter considera as áreas que sofreram corte raso (desmate completo) e as que estão em degradação progressiva. O sistema serve de alerta para as ações de fiscalização e controle dos órgãos ambientais.

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Minc cobra mais responsabilidade de países ricos para reduzir emissões de gases de efeito estufa

11 de Dezembro de 2008 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, defendeu hoje (11) que os países ricos reduzam as emissões de gases de efeito estufa em pelo menos 40% para que o planeta avance no enfrentamento das mudanças climáticas. Minc discursou na 14ª Conferência das Partes sobre o Clima (COP-14), reunião da Organização das Nações Unidas (ONU), em Póznan (Polônia).

O patamar de reduções citado por Minc é ambicioso se comparado ao Protocolo de Quioto, que atualmente regula o regime global de emissões. Pelo acordo, os países industrializados devem reduzir, até 2012, as emissões de gases de efeito estufa em aproximadamente 5% abaixo dos níveis registrados em 11000.

Ao cobrar mais comprometimento dos países ricos, Minc ainda se referiu diretamente aos Estados Unidos, único país que ainda não ratificou o Protocolo.

“Os países mais desenvolvidos, que mais emitem e têm maior capacidade tecnológica, devem avançar mais, começando pelos Estados Unidos, na era Obama, que felizmente anunciou nova posição, mas que no entanto ainda é mais tímida que as metas de Quioto”, afirmou Minc, de acordo com a BBC Brasil.

Chefe da delegação brasileira na reunião, o ministro propôs aos delegados de mais de 190 países a criação de um mecanismo de financiamento para estimular o desenvolvimento de tecnologias não-poluentes nos países menos industrializados, com patentes livres.

Segundo Minc, a criação da aliança tecnológica de inovações antiaquecimento seria um “um esforço inédito e contínuo, de caráter interativo e adequado às realidades locais para descarbonizar as economias emergentes”.

O ministro apresentou o Plano Nacional sobre Mudança do Clima, lançado no último dia 1º, que inclui metas de redução do desmatamento da Amazônia e defendeu maiores compromissos ambientais também para os países em desenvolvimento.

“A responsabilidade histórica e de maior magnitude dos países desenvolvidos não pode servir para que os que agora se desenvolvem não assumirem responsabilidades inadiáveis”, disse Minc, de acordo com a BBC Brasil.

A COP-14 termina amanhã (12). A reunião marca a transição entre a fase de debates e a efetiva negociação de textos para o substituto do Protocolo de Quioto, que vence em 2012. Um novo acordo para limitar de emissões de gases de efeito estufa deverá ser definido em Copenhagen (Dinamarca), em dezembro de 2009.

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Brasil se apresenta como país de competência para diminuir desmatamento, diz Lula

8 de Dezembro de 2008 - Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Ao comentar o Plano Nacional de Mudanças Climáticas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje (8) que o Brasil se apresenta ao mundo como um país “com competência” para diminuir o desmatamento.

“Nosso plano tem como objetivo fazer com que haja uma redução progressiva do desmatamento da Amazônia nos próximos dez anos. Já que o desmatamento é a principal fonte de emissão de gases de efeito estufa no Brasil, queremos reduzir”, disse.

Em seu programa semanal Café com o Presidente, ele garantiu que o compromisso de reduzir o desmatamento em 40% é “sério” e lembrou que os países desenvolvidos – maiores poluentes – assinaram o Protocolo de Kyoto e, até o momento, não cumpriram as metas estabelecidas.

“Vamos ter policiais para tomar conta da Amazônia. Vamos chamar os prefeitos e os governadores dos estados, junto com o governo federal, porque não é possível a gente controlar tudo a partir de Brasília. Queremos fazer esse debate sobre a questão climática com o mundo dando exemplo daquilo que o Brasil sabe, pode e está fazendo”.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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