PARANÁ BIODIVERSIDADE APRESENTA RESULTADOS E AVANÇOS NO CORREDOR ARAUCÁRIA

Panorama Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Dezembro de 2008

O programa Paraná Biodiversidade apresentou nesta segunda-feira (8), em Reserva do Iguaçu (Centro-Sul do Paraná), seus principais avanços nos 12 mil hectares do corredor Araucária. Os resultados foram expostos por gerentes do programa aos futuros prefeitos e gestores ambientais da região, para informá-los sobre as ações que visam conciliar conservação da biodiversidade com a produtividade e garantir a continuidade destas atividades. O programa será encerrado no próximo mês de janeiro.

Uma das principais conquistas do programa é a ampliação da diversidade genética da árvore que é símbolo do Paraná e dá nome ao corredor: a araucária. Recentemente técnicos da Secretaria do Meio Ambiente, Secretaria da Agricultura e da Secretaria do Planejamento – instituições que coordenam o programa - concluíram uma pesquisa genética sobre a espécie que predomina na região dos Campos Gerais.

O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, disse que o trabalho começou com a coleta de sementes das árvores remanescentes da espécie. “Estas sementes foram modificadas para aumentar a resistência a pragas e doenças, pois se todas possuíssem o mesmo gene, todas ficariam vulneráveis às mesmas doenças”, detalhou. Atualmente, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) tem cerca de 45 mil mudas de araucárias mais resistentes para serem plantadas na região.

A gerente técnica do Paraná Biodiversidade, Gracie Maximiano, explicou porque o programa optou pelo fortalecimento da diversidade genética. “O Corredor Araucária é uma região que apresenta pouco desmatamento por ser uma região montanhosa e de predomínio da espécie da araucária. Por este motivo nossa preocupação, desde o início, foi ampliar a diversidade genética da espécie”, informou.

OUTROS RESULTADOS - O gerente do Corredor Araucária, Celso Alves de Araújo, ainda destacou outros resultados positivos. “Criamos uma conexão com agricultores dos 11 municípios do Corredor, por meio dos módulos agroecológicos e da educação ambiental, que se mostrou fundamental para o andamento do programa”, declarou.

Atualmente existem cerca de 27 módulos agroecológicos no Corredor Araucária, em que produtores rurais recebem recursos para adotar práticas agrícolas menos impactantes. Como exemplo, Celso Araújo citou o trabalho de industrialização agroecológica de frutas e o beneficiamento de ervas medicinais no município de Inácio Martins.

Na região também foram desenvolvidas atividades de educação ambiental que mudaram a realidade do homem do campo. Através de palestras, oficinas e workshops os agricultores passaram a perceber que, além de manter suas propriedades e seus cultivos, também é fundamental manter a floresta, cuidar das matas ciliares e preservar a fauna e a flora.

Outra conquista do programa é o aumento em 63,3 mil hectares da cobertura florestal na região do Corredor. Grande parte deste ganho pode ser atribuída aos trabalhos de recuperação da vegetação desenvolvido em parceria com o programa Mata Ciliar, mas também são significativos os resultados obtidos com a regeneração natural das espécies, como araucária, canela, monjoleiro e cedro.

Com esse incremento na área de florestas, animais de pequeno porte, como paca, tatu e cotia, e outros maiores, como jaguatiricas, voltaram a ser vistos na região. “O retorno destas espécies da fauna demonstra que estamos recuperando o habitat destes animais e pássaros, que eles voltaram a ter condições de alimento e reprodução, enfim, que estamos conseguindo propiciar as características necessárias para sua perpetuação e, conseqüentemente, para a conservação da biodiversidade”, concluiu Celso.

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IAP marca reunião para melhorar destinação do lixo da Ceasa de Curitiba

O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) notificou, nesta quarta-feira (10), todas as entidades, permissionários, carregadores, sindicatos e associações que atuam na Ceasa (Centrais de Abastecimento do Paraná) de Curitiba, para comparecerem a uma reunião na próxima segunda-feira (15). O objetivo é discutir a destinação dos resíduos descartados na unidade, onde são comercializados quase 700 mil toneladas de produtos a cada ano.

Segundo presidente do IAP, Vitor Hugo Burko, será avaliado se as práticas adotadas na Ceasa estão em conformidade com o que determina o licenciamento ambiental. “Caso encontremos irregularidades, solicitaremos adequação”, adiantou Burko.

A Ceasa trabalha com produtos hortifrutigranjeiros, principalmente hortaliças e legumes, resíduos 100% orgânicos. Outro problema relacionado ao lixo são as caixas de madeira e a palha, usadas para o transporte destes produtos. Quando deixam de ter utilidade, estes materiais são abandonados - muitas vezes misturados aos resíduos orgânicos.

CRITÉRIOS - Para obtenção do licenciamento ambiental, é exigido que o responsável por um empreendimento potencialmente poluidor apresente o plano de gerenciamento de resíduos sólidos. Neste plano, deve ser informado o volume de resíduos gerado, como eles são coletados e armazenados e qual a sua destinação final, além de informar o tratamento de efluentes praticado no local.

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Prefeituras já receberam R$ 487 milhões com o repasse do ICMS Ecológico

Cerca de R$ 487 milhões foram repassados a 133 municípios paranaenses que mantêm mananciais de abastecimento público e Unidades de Conservação preservados desde 2003 através da Lei do ICMS Ecológico. Apenas neste, as prefeituras receberão R$ 120 milhões graças à Lei - criada em 1991 durante a primeira administração do governador Roberto Requião, e que prevê o repasse de 5% do total arrecadado com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) à conservação ambiental. Desde a a criação da LEI os repasses chegam a R$ 80 bilhões.

O ICMS Ecológico foi um dos assuntos apresentados no último dia do Encontro dos Secretários Municipais e Gestores do Meio Ambiente - que terminou nesta sexta-feira (05) em Foz do Iguaçu. O Encontro foi promovido pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e suas autarquias - Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa) e Instituto de Terras, Cartografia e Geociências (ITCG) - paralelamente ao II Encontro de Prefeitas e Prefeitos eleitos.

CAPACITAÇÃO - Técnicos do IAP priorizaram em sua explanação aos prefeitos e gestores ambientais municipais a missão do Instituto, os serviços e os convênios que podem ser viabilizados pelas prefeituras - em parceria com os órgãos ambientais como, por exemplo, o Programa Mata Ciliar, o repovoamento de rios e mares com espécies nativas e o próprio ICMS Ecológico - que hoje é uma das principais ferramentas de arrecadação municipal.

O chefe do escritório regional do IAP de Toledo, José Volnei Bisognin, também detalhou a Lei de Crimes Ambientais. “Queremos com isso evitar que os municípios sejam autuados”, enfatizou Volnei. Segundo ele, as infrações mais comuns são pela exploração mineral ilegal, disposição irregular de resíduos sólidos e a utilização de Áreas de Preservação Permanente (APP).

Outra área estratégica do IAP apresentada durante o Encontro foi o licenciamento ambiental de indústrias, loteamentos e outros empreendimentos. A proposta da Reserva Legal sustentável, que a partir de agora está permitindo o plantio de espécies exóticas, aliado ao plantio de espécies nativas para que os agricultores possam aumentar o rendimento econômico das propriedades.

“Fizemos questão ainda de reforçar a medida do Ministério Público Estadual que está exigindo dos municípios um plano de arborização urbana”, disse Volnei.

APROVAÇÃO - O prefeito eleito de Matinhos - Litoral do Paraná, Eduardo Dalmoura, acredita que o evento renderá bons frutos a administração municipal.

“Os órgãos ambientais do Paraná sempre andaram em sintonia com as administrações municipais para garantir a preservação do nosso litoral. Vale lembrar ainda que se não fossem as ações da Suderhsa, do IAP e da Secretaria do Meio Ambiente, os danos causados pelas fortes chuvas poderiam ter sido muito maiores, ou seja, o trabalho integrado que está sendo proposto neste Encontro é muito importante”, resumiu Dalmoura.

Para o secretário do Meio Ambiente de Toledo, Gilberto Augusto Chmulek, todos os encontros onde há troca de informação ajudam a melhorar a eficiência municipal.

“Recebemos muitas informações sobre água, resíduos, mata ciliar e outros Programas de Governo que podem ser executados em parceria, garantindo mais segurança na administração de ações ambientais”, mencionou Gilberto. Segundo ele, Toledo é um bom exemplo de parceria que dá certo entre os poderes estadual e municipal.

“Cada município tem a sua característica e em Toledo, por exemplo, temos uma grande parceria com o governo no Centro de Piscicultura do IAP, que contribui com o repovoamento de rios e incentiva o aumenta da renda dos produtores os mantendo no campo”, citou Gilberto.

O gestor de Meio Ambiente do município de Pinhão - região centro-sul do Paraná, disse que o Encontro de Secretários do Meio Ambiente foi fundamental para dar continuidade as ações de preservação da vegetação nativa e recomposição da cobertura vegetal.

“Está sendo muito importante porque podemos nos atualizar sobre as mudanças da Lei e garantir informações técnicas para colocar novas ações em prática”, mencionou. Ele lembrou ainda, que o Pinhão é um município de dois mil quilômetros quadrados e que mantém 70% de florestas nativas.

“A orientação e a parceria que mantemos com a SEMA, por meio de suas autarquias, tem sido fundamental para garantirmos a preservação das áreas existentes e a recuperação das áreas degradadas“, finalizou.

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Paraná
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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