POR DESCASO COM A LEI E COM OS ANIMAIS, IBAMA FECHA CRIADOURO EM ATIBAIA/SP

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2008

São Paulo (10/12/08) - Fiscais e analistas de fauna do Ibama fecharam ontem (09/12) mais um criadouro de animais silvestres, desta vez no município de Atibaia, interior de SP. O criadouro, de caráter conservacionista, pertencia a Américo Coimbra Carregal Barbosa, que foi autuado em R$ 393 mil e teve 188 animais apreendidos. Foram abertos também procedimentos para cancelamento de registro do criadouro. O proprietário tem 20 dias para apresentar sua defesa.

Segundo os analistas que participaram da operação, o criador não apresentou documentação de origem dos animais, mesmo tendo sido notificado previamente. As condições de higiene eram precárias, a alimentação inadequada e alguns recintos muito pequenos, o que causava sofrimento aos bichos. Entre os animais apreendidos estavam araras-canindé, araras-vermelhas, papagaios-do-mangue e azulões – aves ameaçadas de extinção no estado de SP. Também havia bugios e macacos-prego, estes em gaiolas tão pequenas que sensibilizaram os fiscais.

Outra irregularidade identificada foi a falta de marcação dos animais. Mesmo recebendo com freqüência animais depositados pela PM Ambiental, o criadouro não anilhava ou marcava os espécimes. Além de descaso com a legislação, essa falha impede o rastreamento dos animais em caso de furto ou comércio ilegal.

A bióloga Jury Seino, da Divisão de Fauna do Ibama SP, explica que os criadouros no estado têm sido notificados e recebido prazos para apresentar documentação e adequar seus recintos. “Nem todos têm cumprido com as determinações e esse criadouro de Atibaia foi um deles”, diz. Segundo a bióloga, o Ibama continuará agindo com rigor nos casos de desrespeito às normas.

Natal sem animais silvestres

O Ibama alerta pais e consumidores em geral para que não comprem animais silvestres comercializados irregularmente pelas ruas ou mesmo em lojas sem credenciamento. Não existe autorização do Ibama para vender animais silvestres nas ruas, em barracas ou beira de estrada. Esses animais foram retirados das matas de maneira criminosa e comprá-los também é crime, cuja pena pode atingir um ano de detenção, além de multa.

Antes de comprar um animal numa loja certifique-se com o Ibama se o estabelecimento é legal. No estado de SP, o telefone do Ibama é (11) 3066-2633. Consultas também podem ser feitas pelo e-mail ascom.sp@ibama.gov.br

Denuncie o comércio ilegal de animais silvestres pela Linha Verde do Ibama: 0800 61 8080. Repasse estas informações para seu grupo de amigos ou contatos e ajude no combate ao tráfico de animais.
Airton De Grande
Ascom Ibama/SP
Fotos: Jury Seino

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Planejamento de ações na Mata Atlântica é discutido com organizações da sociedade civil

Brasília (09/12/2008) – Hoje e amanhã estão reunidos no Centro de Treinamento do Ibama em Brasília representantes da Diretoria de Proteção Ambiental do Ibama, Coordenação de Proteção do Instituto Chico Mendes e membros de organizações da sociedade civil ligados à conservação da Mata Atlântica para discutir as ações prioritárias de monitoramento e fiscalização no bioma, o mais ameaçado do País, que já perdeu mais de 80% da sua área de cobertura original, de cerca de 1.300.000 km².

A reunião acontece para apresentar e discutir as ações prioritárias para monitoramento e fiscalização na Mata Atlântica definidas em oficina realizada com servidores do Ibama e ICMBio nos estados abrangidos pelo bioma, MMA, e com a SOS Mata Atlântica, realizada em Teresópolis no mês de novembro, às organizações não-governamentais parceiras na conservação do bioma.

Em 2006, após 14 anos de discussão no Congresso e muita luta dos ambientalistas, foi assinada a Lei da Mata Atlântica (Lei nº 11.428), e nesse ano foi assinado o Decreto 6.660, regulamentando a Lei, para dar conta das especificidades e dificuldades na luta pela conservação do que resta da Mata Atlântica. Entre os avanços na legislação está a proibição do manejo florestal madeireiro no bioma.

Durante a reunião está sendo apresentada a metodologia utilizada para a definição das áreas prioritárias para o monitoramento e fiscalização, baseada nos dados do Atlas dos Remanescentes da Mata Atlântica produzido pela SOS Mata Atlântica em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - Inpe, que avalia a cobertura vegetal no bioma entre os anos de 2000 e 2005, e também o cronograma de ações para 2009, resultado da oficina de Teresópolis.

Desde 2005 o Ibama vem trabalhando com os dados, tendo em vista o planejamento e o fortalecimento das ações no bioma, e a integração no monitoramento e fiscalização com os outros integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente – Sisnama, e com as ONGs.

No bioma, os polígonos de desmatamentos são pequenos, a grande maioria deles com área inferior a 1 km², assim, a detecção dos desmatamentos na Mata Atlântica exige investimento na obtenção de imagens de sensoriamento remoto de alta resolução, e em lapsos temporais curtos, para que o monitoramento e a fiscalização possam ser eficientes.

O estudo da SOS Mata Atlântica/Inpe aponta que entre os anos de 2000 e 2005 foram desmatados 1704 Km² no bioma. Os estados de Santa Catarina, Minas Gerais e Bahia foram os que mais destruíram remanescentes da Mata Atlântica nesse período, sendo responsáveis pelo desmatamento de 428 km², 413 km² e 360 km², respectivamente. Do total de áreas de desmatadas no bioma nesses cinco anos, 16,86 km² localizam-se dentro de unidades de conservação, que concentram os remanescentes mais significativos de Mata Atlântica.

Entre as discussões encaminhadas pelos participantes durante a reunião, destacam-se a necessidade de ações integradas entre os componentes do Sisnama, a proteção a Reservas Particulares do Patrimônio Natural – RPPN, em remanescentes de Mata Atlântica, em áreas indígenas e quilombolas, e a recuperação de áreas degradadas.

Estão representadas no encontro a Rede de ONGs da Mata Atlântica - RMA, The Nature Conservancy – TNC, Rede Brasileira Agroflorestal - Rebraf, Mira-Serra-RS, Centro de Trabalho Indigenista - CTI, Instituto Sócio Ambiental da Baía da Ilha Grande - Isabi, Fundação para a Conservação da Natureza em Mato Grosso do Sul - Fuconams e Cooperação Técnica Alem㠖 GTZ.
Christian Dietrich
Ascom Ibama

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
Ascom

 
 
 
 

 

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