MINC DIZ QUE PLANO DE MANGABEIRA PARA AMAZÔNIA NÃO AVANÇOU

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2008

18 de Dezembro de 2008 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O Plano Amazônia Sustentável (PAS), lançado em abril pelo governo, sob a gestão do ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, “está travado”, na avaliação do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.

Para Minc, a integração entre ministérios para ações conjuntas de proteção da Amazônia não avançou de forma satisfatória.

“Um ministério vai lá e abre uma estrada, outro vai lá e constrói uma hidrelétrica, outro expande a fronteira agrícola. Depois aumenta o desmatamento e sou eu que tenho que explicar”, disse hoje (18), após a abertura do 6° Seminário Técnico-Científico de análise dos dados do desmatamento.

O ministro apontou o programa gerenciado por Mangabeira como um dos itens que menos avançaram na agenda de políticas ambientais em 2008.

“Também aumentou desmatamento em áreas menores, houve pulverização. E ainda tem a questão da regularização fundiária: 80% das terras você não sabe de quem é, como pode multar se não sabe quem é dono?”, apontou.

Ao citar os pontos positivos da área ambiental neste ano, Minc listou o Plano Nacional sobre Mudança do Clima – que prevê metas de redução do desmatamento na Amazônia –, a queda do desmate nos meses mais críticos do ano, o programa de incentivo ao turismo nos parques e o Fundo Amazônia.

Em relação ao corte no orçamento de sua pasta, que, segundo ele, perdeu R$400 milhões, Minc afirmou que a redução pode afetar os processos de licenciamento ambiental e o combate ao desmatamento.

“Tem compromissos que o Brasil assumiu. Vai ser um mico internacional”, comentou.

O ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, que também participou da abertura do seminário, fez coro à reclamação de Minc sobre corte de recursos.

“Se os recursos para ciência e tecnologia forem cortados em R$ 1 bilhão, nossos programas serão inviabilizados”, avaliou. No entanto, Rezende acredita que os remanejamentos sinalizados pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, poderão amenizar as perdas da área. “Estou ansioso”, acrescentou.

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Manaus quer aumentar número de corredores ecológicos urbanos

14 de Dezembro de 2008 - Amanda Mota - Repórter da Agência Brasil - Manaus - A Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Manaus (Semma) quer ampliar o número de corredores ecológicos na cidade e, com isso, garantir a preservação de espécies da fauna e flora amazônicas presentes na área urbana. A intenção é garantir a conservação do meio ambiente, sem alterar o ritmo de vida de milhares de pessoas que vivem em áreas às margens dos centenas de igarapés existentes na capital amazonense.

Em 2007, com a criação do Corredor Ecológico do Igarapé do Mindu, Manaus foi a primeira cidade do país a ter essa iniciativa. Com sete quilômetros de extensão, o Mindu ocupa quase um quarto do território da capital do Amazonas e é o mais expressivo curso d'água na área urbana de Manaus. Quase 30% da população manauara vive no entorno desse igarapé.

A criação do Corredor Ecológico do Mindu resultou de parceria entre a Semma e o Ministério do Meio Ambiente (MMA). De acordo com a coordenadora de Áreas Protegidas da secretaria, a bióloga Rosana Subirá, a idéia surgiu a partir do Projeto Corredores Ecológicos, um componente do Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais Brasileiras do ministério.

Segundo ela, o corredor ecológico urbano tem como principal objetivo a proteção das áreas verdes da cidade e o bem-estar das espécies que foram prejudicadas durante o crescimento desordenado. A ambientalista destacou que os corredores ecológicos viabilizam a reprodução ordenada das espécies animais e vegetais, mantendo a riqueza natural por mais tempo. Em função disso, a Semma está procurando outras áreas para implantação de mais corredores urbanos.

"O corredor nos permite manter plantas e animais que acabam desaparecendo dos centros urbanos com o crescimento da cidade. Estamos procurando formas legais para manter parte das florestas em pé, sem prejuízo aos proprietários de terra", disse.

Ainda este mês, a Semma vai encaminhar ao MMA o projeto com as propostas de criação dos dois novos corredores. Além disso, irá propor a implementação de novas atividades que permitam geração de renda para as comunidades tradicionais da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Tupé. A reserva faz parte do Corredor Central da Amazônia, e sua localização é estratégica como ponto de apoio para as atividades em todas as unidades de conservação do Baixo Rio Negro.

"Muitos igarapés não mantêm mais as características naturais em áreas urbanas. Contudo, estamos procurando os igarapés com matas ciliares [de borda] para constituirmos novos corredores ecológicos, porque a função principal do corredor é manter a riqueza biológica de flora e fauna do ponto de vista mais básico e puro", ressaltou a coordenadora.

Os corredores em estudo são dos igarapés do Tabatinga e Cachoeira Alta, no Tarumã. Em 2008, a Semma realizou os estudos para a ampliação do Corredor Ecológico do Igarapé do Mindu. A proposta é incluir as extensões de dois afluentes – os igarapés do Goiabinha e do Geladinho – em seu traçado. Para definição da área do corredor, é preciso verificar a existência de vegetação e de moradores, se é preciso fazer alguma desapropriação e a existência de áreas contíguas que possam ser incorporadas ao corredor.

"Existe um trabalho de pesquisa que precisa ser feito previamente. E o ministério ajuda a financiar essa pesquisa", acrescentou Rosana.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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