PROJEÇÕES DO IBAMA ESTIMAM DESMATAMENTO ZERO PARA O AMAZONAS EM CINCO ANOS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2008

16 de Dezembro de 2008 - Amanda Mota - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O índice de desmatamento no Amazonas pode ser nulo ou estar muito próximo disso em 2013. A projeção foi feita hoje (16), em Manaus, pelo superintendente do Instituto Brasileiro Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no estado, Henrique Pereira, durante a divulgação do relatório anual de atividades do órgão.

"É uma projeção com base nos dados de redução de novas áreas de desmatamento. Em comparação com os anos anteriores, desde 2003, utilizando uma ferramenta estatística, projetamos os dados com a mesma tendência até chegar à taxa zero. Se a situação que temos hoje for mantida nos próximos anos, muito em breve a nossa taxa de desmatamento em floresta primária atingirá um valor próximo de zero", disse Pereira.

De acordo com as informações apresentadas pela direção do Ibama no Amazonas, em 2008, durante a operação de fiscalização Guardiões da Amazônia, a redução do desmatamento no Amazonas foi a mais significativa para os estados da região. Em toda Amazônia, contudo, a taxa de desmatamento de 2008 foi maior que 2007. Este ano, a região teve 11.968 quilômetros quadrados de novas áreas desmatadas contra 11.532 em 2007.

Do ponto de vista da queda do desmatamento, conforme o relatório, 2008, em comparação com o ano anterior, foi melhor para os estados do Amazonas e de Rodônia, que registram queda de 315 e 550 quilômetros, respectivamente. Na outra ponta estão os estados do Mato Grosso, Roraima e Maranhão, com alta total superior a 1,3 mil quilômetros quadrados.

Segundo a direção do Ibama, apesar do Amazonas apresentar uma redução contínua dos níveis de desmatamento, o estado ainda precisa concentrar esforços para reverter o quadro do município de Novo Aripuanã. Segundo o Ibama, o acesso facilitado aos estoques florestais, aliado a uma situação de grilagem de terras no município, têm contribuído para o dado negativo no local. Em 2008, o município registrou 40,3 quilômetros quadrados de desmatamento. A maior redução foi verificada em Lábrea - no sul do estado -, que caiu de 110,74 em 2007 para 43,33 em 2008.

"Novo Aripuanã é o município que tem se revelado como o mais problemático nessa questão ambiental", disse Pereira. "Essa é, sem dúvida, uma área que precisa de um trabalho mais intenso dos órgãos de fiscalização", assinalou Pereira.

O oficial de planejamento do Comando Ambiental da Polícia Militar, major Denis Sena, afirmou à Agência Brasil que, nos últimos meses, durante a operação Guardiões da Amazônia, o trabalho conjunto de fiscalização do Ibama, PM e outros órgãos públicos consolidou técnica, logística e inteligência.

"A principal conquista da operação é a redução do desmatamento no Amazonas. Essa redução vem sido percebida desde 2003, quando a PM também passou a trabalhar em conjunto com o Ibama nas operações de fiscalização. Isso mostra que a harmonia entre as instituições nos leva a um resultado positivo".

Ainda como resultado da operação Guardiões da Amazônia, o Ibama aplicou este ano R$ 382,1 milhões em multas; embargou mais de 19,4 mil hectares de terras a aplicou 132 autos de infração. O custo total da operação foi de R$ 1.078.463, 69.

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Apenas 5% das unidades de conservação do país têm gestão adequada

18 de Dezembro de 2008 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Das 299 unidades de conservação (UCs) espalhadas pelo país, apenas 16 têm gestão considerada satisfatória pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pela administração dessas áreas, que somam quase 80 milhões de hectares de território.

“Somente 5% das unidades estão no patamar da gestão consolidada, desejada”, reconheceu hoje (18) o presidente do Instituto, Rômulo Mello. Das unidades com “gestão consolidada”, apenas uma está situada na Amazônia: a Floresta Nacional de Tapajós (PA).

Mais de 74% das UCs federais têm “processo insuficiente de gestão” ou “gestão mínima”, segundo dados do próprio instituto. Na prática, isso se reflete em casos como o do Parque Nacional Mapinguari, no Amazonas, em que apenas uma pessoa é responsável pela gestão dos mais de 1,6 milhão de hectares de floresta.

Cálculos do ICMBio revelam a necessidade de R$ 3 milhões, em média, para consolidação de cada unidade de conservação. “Isso sem contar os custos da regularização fundiária”, comentou Mello ao detalhar o plano de reestruturação do Instituto, apresentado hoje pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.

A estimativa inicial é que sejam necessários mais de R$ 700 milhões para consolidar todas as unidades. A meta é consolidar 60 UCs em seis anos e chegar a “condições dignas de gestão” em mais 110 até 2012.

A ação mais imediata do plano será a instalação de 11 coordenações regionais do ICMBio, para aproximar as unidades da sede e reduzir a burocracia na administração das áreas. As instalações e pessoal para essas unidades “já estão sendo encaminhados”, informou Mello.

As unidades regionais do ICMBio serão instaladas em Porto Velho (RO), Manaus (AM), Itautuba (PA), Belém (PA), Parnaíba (PI), Cabedelo (PB), Porto Seguro (BA), Rio de Janeiro (RJ), Florianópolis (SC), Chapada dos Guimarães (MT) e Lagoa Santa (MG).

Minc aproveitou a apresentação das medidas e anunciou para o início de 2009 a criação da unidade de conservação número 300: a Área de Proteção Ambiental da Serra da Meruoca (CE). O ministro também prometeu tirar do papel a Reserva Extrativista de Cassurubá (BA), que há anos é motivo de imbróglio entre grandes empresários de carcinicultura (criação de camarões) e pescadores artesanais da região do Arquipélago de Abrolhos.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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