RAPOSA SERRA DO SOL ABRIRÁ SÉRIE DE JULGAMENTOS
IMPORTANTES NO STF EM 2009

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Janeiro de 2009

3 de Janeiro de 2009 - Marco Antonio Soalheiro - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A pauta de julgamentos prevista para 2009 no Supremo Tribunal Federal (STF) indica que a Corte continuará sob os holofotes ao ter que analisar questões de grande repercussão social.

Em fevereiro, na volta do recesso judiciário, será retomado o julgamento da constitucionalidade da demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, iniciado e interrompido duas vezes em 2008.

A tendência é que seja confirmada uma decisão pela saída de todos os produtores de arroz e famílias de agricultores brancos que se recusam deixar a área de 1,7 milhão de hectares, por dicordarem da indenização oferecida pela Fundação Nacional do Índio (Funai).

Já foram oito votos a favor da demarcação contínua até o novo pedido de vista, do ministro Marco Aurélio Mello. Apesar de improvável, tecnicamente, entretanto, ainda é possível um decisão favorável à permanência dos não-índios dentro da reserva, pois os votos dados até agora podem ser mudados em função da posição daqueles ministros que ainda não se manifestaram.

Também deve ser concluída este ano a discussão sobre a demarcação da reserva indígena Caramuru Paraguaçu, na Bahia, que envolve a etnia Pataxó Hã-hã-hãe. O julgamento foi interrompido em setembro de 2008 por um pedido de vista do ministro Menezes Direito.
Outro debate polêmico a ser retomado no tribunal diz respeito ao poder de investigação do Ministério Público. A principal ação sobre o tema é um habeas corpus ajuizado em favor de Sérgio Gomes da Silva. Conhecido como Sombra, ele é acusado de ser o mandante do assassinato do ex-prefeito de Santo André (SP) Celso Daniel (PT). Dois ministros já se manifestaram sobre o caso e o julgamento recomeçará com o voto do ministro Cezar Peluso.

Os ministros do STF ainda devem discutir no plenário, em 2009, a possibilidade de interrupção da gravidez de fetos anencéfalos, a constitucionalidade das cotas raciais para estudantes negros incluídas no Programa Universidade Para Todos (ProUni) , o reconhecimento da união civil homoafetiva, o monopólio dos Correios nos serviços postais do país, a possibilidade de importação de pneus usados e a legalidade da inclusão do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na base de cálculo da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).

Também será objeto de trabalho na Corte a análise da ação referente ao recebimento de denúncia contra o deputado federal e ex-ministro da Fazenda Antônio Palloci Filho, o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso e o jornalista Marcelo Netto pela suposta quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa e pela divulgação indevida desses dados, em 2006.

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Mais trinta e sete comunidades quilombolas são reconhecidas no Brasil

7 de Janeiro de 2009 - Leandro Martins - Repórter da Rádio Nacional da Amazônia - Brasília - Mais 37 comunidades quilombolas foram certificadas no Brasil. O reconhecimento foi oficializado por uma portaria da Fundação Cultural Palmares (FCP) publicada ontem (6) no Diário Oficial da União. Com a medida, o país passa a ter 1289 comunidades com população remanescente de quilombos, onde vivem pessoas descendentes de negros e escravos.

De acordo com a FCP, das 37 novas comunidades reconhecidas, 14 são no Maranhão e nove na Bahia. Os estados da Paraíba e do Rio Grande do Sul tiveram três comunidades certificadas cada um e os de Minas Gerais e de Pernambuco, duas. Goiás, Ceará, Rio de Janeiro e Tocantins tiveram uma comunidade reconhecida em cada estado.

Segundo a FCP, para uma comunidade ser considerada quilombola, é necessário que seus representantes enviem uma declaração de auto-reconhecimento para a fundação. O órgão analisa o pedido e caso seja aceito, faz a certificação. Reconhecidas, as comunidades quilombolas podem fazer parte de programas governamentais, como o Fome Zero e o Luz para Todos.

Para o diretor de proteção do patrimônio afro-brasileiro da FCP, Maurício Reis, o reconhecimento das comunidades quilombolas favorece a execução de políticas públicas.

“A partir do momento que essas comunidades são certificadas, elas tem o direito não apenas à visibilidade como comunidade tradicional, mas à implementação de políticas públicas”, disse.

Outro órgão que trata da questão quilombola é o Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp). Segundo o assistente especial de quilombos do Itesp, Carlos Henrique Gomes, o reconhecimento das comunidades é o resgate de um direito das comunidades quilombolas.

“Daquela relação da escravidão daqueles territórios de resistência. Aquele território, que por direito é deles, será rotulado. Nesses dez anos, conseguimos fazer 23 reconhecimentos. Em média, leva três meses, mas alguns reconhecimentos levaram quatro anos, por conta da complexidade em levantar os territórios”, afirmou Gomes.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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