FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL INTEGRADA REALIZOU 17 OPERAÇÕES EM 2008

Panorama Ambiental
Belo Horizonte (MG) – Brasil
Janeiro de 2009

13 de janeiro de 2009 - Em 2008, o Comitê Gestor de Fiscalização Ambiental Integrada (CGFAI) realizou em todo o Estado 17 grandes operações, além das ações de rotina de fiscalização. As principais tipologias fiscalizadas foram a mineração, desmate e parcelamento de solo, atividades com grande ocorrência em Minas Gerais.

A região do Quadrilátero Ferrífero, a Zona da Mata e Campos das Vertentes tiveram verificações com foco principalmente nas barragens de resíduo de indústrias e mineração. Na região Central, Leste, Norte e Nordeste o foco foi a extração mineral, no Triângulo Mineiro as principais questões foram o uso da água para irrigação, setor sucroalcooleiro, mineração e desmatamento. No Sul a mineração de não-metálicos foi fator relevante nas ações de fiscalização.

Visando orientar o empreendedor quanto à regularização ambiental, são realizados pelo Comitê seminários e reuniões técnicas, além de balcões para esclarecimentos e início do processo de regularização. Em 2008 o CGFAI, em parceria com a Diretoria de Monitoramento e Fiscalização da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), promoveu dois grandes seminários, um em Papagaios, sobre a extração da ardósia, e outro em São Thomé das Letras, sobre a extração de quartzito.

Os objetivos dos seminários estavam relacionados a uma ação educativa do órgão fiscalizador do Estado, e visavam apresentar aos mineradores de ardósia e quartzito o projeto "Plano de Ação para a Sustentabilidade do Setor de Rochas Ornamentais - Ardósia", de responsabilidade da Feam.

"A fiscalização ambiental em Minas atua de forma integrada, fortalecendo as estruturas e otimizando as ações dos órgãos ambientais na atuação fiscal", declara o secretário executivo do CGFAI, Paulo Teodoro. Ele explica ainda que "a fiscalização é o coroamento do processo de regularização ambiental. Enxergamos que o empreendedor quer fazer a coisa certa, por isso o CGFAI atua também com ações educativas".

De 2006 a 2008 já foram realizadas 24 grandes operações, envolvendo diversas tipologias, e ainda fiscalizações setoriais e atendimentos as demandas de responsabilidade do CGFAI.

CGFAI

A função do Comitê é planejar de forma integrada a fiscalização ambiental em Minas. A execução das ações é coordenada pela Secretaria Executiva do CGFAI e pela Diretoria de Meio Ambiente e Transito (Dmat), da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). A Secretaria é parte do Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema), e engloba as diretorias de fiscalização da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), Instituto Estadual de Florestas (IEF), Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) e a Dmat.

Criado em 2006, como Grupo Gestor de Fiscalização Ambiental Integrada (GCFAI), por meio do Decreto 15.972/06, o CGFAI foi modificado pela Lei Delegada 125/07 e regulamentado na sua forma atual pelo Decreto 44.470/08. Em maio de 2008 os 24 membros do comitê foram empossados. A Secretaria Executiva fica a cargo de Paulo Teodoro de Carvalho. O presidente do comitê é o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos Carvalho, os demais membros são representantes do poder público, setor produtivo e Organizações Não Governamentais (ONGs).

Em suas ações o CGFAI conta com ainda com parcerias como o Ministério Público Estadual e Federal, o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Agencia Nacional de Águas (Ana) e demais instituições que tenham relação com a tipologia fiscalizada. A secretaria executiva atua desde 2006, com operações de fiscalização, fiscalizações setoriais, atendimentos a denuncias e atualmente inclui o atendimento a emergências ambientais.

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Governador Aécio Neves sanciona lei que altera o Fhidro

12 de janeiro de 2009 - O governador Aécio Neves sancionou nesta sexta-feira (9) projeto de lei que define novas regras para a aplicação dos recursos do Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais (Fhidro). A nova legislação, aprovada pela Assembléia Legislativa em dezembro do ano passado, define, com maior clareza, os projetos que serão financiados com recursos do Fhidro e altera os percentuais para a aplicação do financiamento. Em 2008, o Fundo disponibilizou R$ 77 milhões e para 2009, estão previstos recursos da ordem de R$ 75,5 milhões.

A partir da sanção do governador, os recursos não reembolsáveis do Fundo passam a ser aplicados prioritariamente nos projetos de proteção, conservação e recuperação de bacias hidrográficas, de áreas de recargas de aqüíferos (formação geológica que pode armazenar água subterrânea) e de mananciais estratégicos para a garantia do abastecimento público de água de populações urbanas e rurais.

A implantação dos instrumentos de gestão de recursos hídricos, como elaboração de planos diretores de bacias hidrográficas, enquadramento de cursos d’água, sistema de informação e cadastro de usuários de água, também passa a ser prioridade. O novo texto da lei autoriza ainda o financiamento de projetos que visem à destinação final de resíduos sólidos urbanos.

A nova legislação também prevê que podem se beneficiar dos financiamentos do Fhidro os consórcios e associações intermunicipais de bacias hidrográficas, associações de usuários de recursos hídricos, organizações técnicas de ensino e pesquisa e organizações não-governamentais. A lei já permitia que tivessem acesso ao financiamento pessoas jurídicas, concessionárias de serviços públicos municipais, consórcios intermunicipais que prestem serviços de saneamento, agências de bacias hidrográficas e entidades privadas dedicadas ao meio ambiente.

Percentuais

Os recursos do Fhidro passam a ser, a partir de agora, aplicados na proporção de 30% para a forma reembolsável e 70% não reembolsável. Antes da mudança, esses percentuais eram de 45% e 55% respectivamente. Outra mudança é relativa ao prazo para a concessão de financiamentos com recursos do Fhidro que passam a ser de doze anos, e não mais de oito anos.

O Fhidro foi criado em 1999 e tem o objetivo de financiar ações que promovam a racionalização do uso da água e a sua melhoria quantitativa e qualitativa.

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Governo de Minas adota medidas preventivas para aumentar segurança nas barragens em Cataguases
09 de janeiro de 2009

Representantes do Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema), Defesa Civil Estadual e Municipal, Prefeitura Municipal de Cataguases, Comitê da Bacia Hidrográfica dos Afluentes Mineiros dos Rios Pomba e Muriaé (Compé), Polícia Militar de Minas Gerais, Corpo de Bombeiros e Agência Nacional das Águas (ANA) avaliaram, nesta quinta-feira (8), durante reunião realizada em Cataguases, os impactos das fortes chuvas que caíram nos últimos dias na Zona da Mata mineira. O encontro validou medidas preventivas para afastar ameaças de transbordamento de duas barragens de rejeito da Iberpar Empreendimentos e Participações.

As chuvas que caíram em dezembro na cidade alcançaram cerca de 675 mm, o maior volume dos últimos 30 anos. Além de enchentes em diversas áreas na região, elas provocaram também a elevação acentuada do nível das duas barragens, localizadas em Cataguases. A primeira providência já em execução é o bombeamento dos rejeitos da barragem A para a barragem B de forma que atinjam a cota de 40 cm e 1 metro, respectivamente, abaixo do nível do vertedouro. Também ficou acertada a continuidade do monitoramento das duas estruturas por 24 horas durante todo o período chuvoso.

"Estamos adotando medidas preventivas para assegurar a tranqüilidade da população da região em relação a ocorrência de incidentes com reservatórios localizados em Cataguases. O plano é de execução imediata e será acompanhado por técnicos experientes no monitoramento de barragens", declarou o secretário-adjunto de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Shelley Carneiro de Souza

As medidas preventivas foram acordadas entre a empresa Florestal de Cataguases, de propriedade da Iberpar Empreendimentos e Participações, e o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos Carvalho, na quarta-feira (7), durante visita técnica à região. Na ocasião, o secretário José Carlos Carvalho anunciou que a empresa terá até 2009 para promover o fechamento da barragem A e até 2010 para o fechamento da barragem B.

"As medidas são as cabíveis no momento. Existe uma situação de possível emergência, na qual percebemos a junção de forças do governo e empreendedores para achar o melhor caminho e o menos impactante para a solução definitiva do problema que se agravou em função das fortes chuvas", avalia a presidente do Comitê das Bacias dos Rios Pomba e Muriaé, Maria Aparecida Vargas. "As medidas que serão adotadas trazem segurança e tranqüilidade à população da cidade", declarou o prefeito de Cataguases, Wilian Lobo de Almeida.

Monitoramento

De acordo com os dados do Programa de Monitoramento de Barragens, executado pela Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam), órgão integrante do Sisema, não há qualquer ameaça às estruturas. "O auditor técnico responsável pela avaliação das condições de segurança da barragem atestou em laudo que a estrutura da barragem está estável", reforça a diretora de Qualidade Ambiental da Feam e coordenadora do Programa de gestão de Barragens, Zuleika Torquieti.

"As condições de segurança das barragens estão normais, estamos monitorando o nível das barragens em função da intensidade das chuvas e da contribuição subterrânea que provocaram a elevação do nível das barragens", informa o advogado da empresa, Serafim Couto Spindola.

A diretora da Feam esclarece ainda que a responsabilidade pela operação e manutenção adequada das barragens é do empreendedor, cabendo ao órgão ambiental determinar que as empresas realizem as auditorias de segurança e que cumpram as recomendações de adequação feitas pelo auditor. A realização das melhorias é checada periodicamente pela Feam por meio de relatórios técnicos e fotográficos enviados pela empresa à Fundação e por operações de fiscalização realizadas pelo Comitê Gestor de Fiscalização Ambiental Integrada (CGFAI).

De acordo com os dados da gestão de Barragens, estão cadastradas no Estado 605 estruturas, sendo que 83% desse total é considerado estável e o restante ou carece de adequações ou não possuem dados para conclusão sobre a estabilidade. O Programa de Gestão de Barragens é uma iniciativa pioneira de Minas Gerais e é reconhecida internacionalmente por sua efetividade.
Fonte: Ascom/ Sisema
Superintendência de Imprensa/Subsecom

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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