PAÍS TERÁ PLENITUDE INDUSTRIAL COM FABRICAÇÃO DE URÂNIO ENRIQUECIDO, DIZ DIRETOR DA INB

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Janeiro de 2009

10 de Janeiro de 2009 - Da Agência Brasil - Elza Fiuza/Abr - Brasília - Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) descobriram, em meio ao verde da Floresta Nacional de Carajás, um refúgio de araras-azuis, espécie ameaçada de extinção.

Brasília - Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto Arara-Azul foram surpreendidos com a descoberta de um refúgio com 28 ninhos de araras-azuis na Floresta Nacional dos Carajás, localizada no sudeste do estado do Pará.

A bióloga Sílvia Presti, que participou da expedição, falou sobre a descoberta em entrevista à Rádio da Amazônia, da EBC. Segundo ela, a descoberta do refúgio é importante, pois as novas informações são úteis para a criação de uma plano de conservação da espécie.

“É um estudo inicial, mas foi interessante, pois conseguimos identificar os hábitos alimentares das araras, as áreas de ocorrência de ninho e coletamos sangue para estudo genético, que é importante para plano de conservação”, afirmou.

Durante um mês, cinco pesquisadores passaram na Floresta dos Carajás investigando a espécie. “Sabíamos que o Pará é o local de ocorrência da espécie, mas a gente esperava encontrar um número menor de indivíduos do que foi encontrado” , disse a bióloga.

Diariamente, os pesquisadores percorriam as regiões do parque à procura da espécie. Sílvia conta que a busca foi difícil. “Demoramos uma semana para encontrar o primeiro casal”. O refúgio foi encontrado após duas semanas de trabalho com a ajuda da população local. “Nós conhecemos uma pessoa e ela disse que tinha um ninho de araras azuis em sua comunidade. O grupo foi até o local e identificou os ninhos”, contou a pesquisadora.

O estudo iniciado na USP tem o objetivo de pesquisar a genética da arara-azul, comparando as diferentes populações da espécie no Brasil. De acordo com a bióloga, o maior número de araras-azuis é encontrado no Pantanal. Na região localizada entre os estados da Bahia, do Piauí e de Tocantins também existe uma população da espécie, que é pouco pesquisada. “O estudo nessa área é dificultoso, pois os ninhos são instalados em paredões e não em árvores”, ressaltou a pesquisadora.

Outro ponto destacado por Sílvia é que as populações das três áreas são independentes. “Elas não trocam genes entre si. Isso tem uma implicação evolutiva. Talvez daqui a milhares de anos essas populações possam ser espécies diferentes”, disse a pesquisadora.

Uma das principais ameaças contra a espécie é o tráfico de animais. De acordo com Sílvia, existe um número razoável de araras-azuis na natureza, mas são necessárias ações de conservação e de conscientização da população para evitar a extinção. “Estamos lutando muito em prol dessa população. Cultivando a arara-azul a gente não preserva só a espécie, mas todo o ambiente em que a espécie está inserida”, afirma a bióloga.

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Preservação da Amazônia pode evitar eventos climáticos extremos no país, diz pesquisador

15 de Janeiro de 2009 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A preservação da Amazônia pode evitar eventos climáticos extremos no centro-sul do Brasil, por causa do papel da floresta na manutenção do equilíbrio do clima na América Latina. De acordo com o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Antonio Nobre, a floresta tem papel fundamental no equilíbrio do sistema hidrológico da região.

“No funcionamento do clima na América do Sul, a Amazônia tem um papel muito grande na exportação de umidade, por meio da atmosfera, dos ventos. As nuvens saem da Amazônia para irrigar as regiões no centro-sul da América Latina: Centro-Oeste e Sudeste do Brasil, norte da Argentina. Toda essa região depende das águas que vêm da Amazônia”, apontou Nobre em entrevista à Rádio Nacional da Amazônia.

De acordo com dados do pesquisador, por dia, a Amazônia chega a jogar na atmosfera 20 bilhões de toneladas de água em forma de vapor.

O bom funcionamento desse sistema de regulação do regime de chuvas depende da manutenção da floresta em pé, sem desmatamentos, segundo Nobre. “O que está em curso hoje ameaça gravemente o funcionamento dessa máquina gigantesca”, avaliou.

O cientista compara o desmate da Amazônia à retirada de partes do fígado de uma pessoa que ingere muito álcool e depende do bom funcionamento do órgão para se recuperar dos excessos. “A floresta amazônica é como um fígado gigantesco, uma bomba, um pulmão. As árvores têm um papel muito importante no funcionamento da atmosfera, do transporte de água, do clima. E o que estamos fazendo é como cortar um pedaço do fígado, que passa a ter muito menos capacidade de lidar com os abusos, que nesse caso são o aquecimento global e todas as agressões que são decorrentes da atividade humana na Terra”, explicou.

Segundo Nobre, apesar de não ser possível traçar precisamente uma relação direta entre o desmatamento da floresta e as recentes chuvas que atingiram Santa Catarina, por exemplo, a ocorrência de eventos climáticos extremos como esse está relacionada a um desequilíbrio ambiental, que pode ser evitado.

“O que a Amazônia provê não são apenas serviços [ambientais] para o cinturão agrícola, para as hidrelétricas, para a atividade industrial; o que a Amazônia provê é um sistema de estabilização climática que consegue manter a região toda em equilíbrio. Não se tem nem excesso de água nem falta. E também impede que ocorram secas prolongadas, que criariam os desertos”, acrescentou.

Nobre defende que, mesmo diante de incertezas científicas, há fatos suficientes para justificar a demanda urgente pela preservação. “O que a ciência já sabe é mais do que suficiente para comprar várias apólices de seguro. E o seguro se chama proteger a floresta. Estamos destruindo o sistema hidrológico e o clima da América do Sul”, alertou.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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