CVRD E GOLDER ASSOCIATES MULTADAS POR COLETAREM
ANIMAIS SILVESTRES SEM CONSENTIMENTO DO ICMBio

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Janeiro de 2009

Carla Lisboa - Brasília (22/01/09) - A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) e a Golder Associates Brasil Consultoria e Projetos Ltda. foram multadas em R$ 3,3 milhões pelos fiscais do Instituto Chico Mendes de Conservação de Biodiversidade (ICMBio). A multa foi aplicada na sexta-feira (16), depois que a equipe gestora da Floresta Nacional de Carajás analisou o material entregue em resposta a duas notificações encaminhadas às duas empresas em outubro do ano passado, pedindo explicações sobre a coleta de animais silvestre no interior da unidade de conservação.

Foram capturados 3.303 animais, entre anfíbios, invertebrados, aves e mamíferos, tais como inhambu, falcão, papa-formiga, morcegos, mucura, tatu, borboletas, entre outros. Segundo o analista ambiental na Flona, Edilson Esteves, na resposta das duas empresas elas descrevem o objetivo da coleta, mas não apresentam a anuência do órgão gestor da unidade de conservação, conforme é exigido na autorização obtida.

De acordo com a resposta da CVDR, a empresa vem fazendo um estudo de impacto ambiental e, para isso, deve fazer o levantamento da fauna a fim de submetê-lo ao licenciamento para implantação de novo projeto de mineração. A Golder Associates Brasil Consultoria e Projetos Ltda. afirma, na resposta à notificação, que os animais coletados foram ou serão enviados para instituições de pesquisa para uma identificação precisa e tombamento.

No entendimento da equipe, as duas empresas infringiram o artigo 24 do Decreto nº 6.514, de 22 de julho de 2008, ao coletarem animais silvestres em desacordo com a autorização obtida. Além disso, o artigo 93 do decreto estabelece que, em unidades de conservação, o valor pode ser dobrado.

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ICMBio fecha acordo em Roma para proteção de espécies migratórias

Luciana Melo - Brasília (19/12/2008) – O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) apresentou ao Secretariado da Convenção sobre Conservação de Espécies Migratórias (CMS, sigla em inglês), vinculado ao Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), uma carta de intenções direcionada à facilitar ações para a conservação e manejo de animais migratórios e de seus habitats em toda sua área de ocorrência.

O coordenador-geral de Espécies Ameaçadas (CGESP), do ICMBio, Onildo João Marini Filho, participou da 9ª Reunião da Conferência das Partes (COP-9) da Convenção sobre Espécies Migratórias, em Roma (Itália), na qual propôs um acordo de cooperação entre o ICMBio e o secretariado, com o objetivo de colaborar com o governo e organizações parceiras para proteger as espécies migratórias, conservando ou restaurando os lugares onde eles vivem, mitigando obstáculos para sua migração e controlando outros fortes fatores que possam colocá-las em perigo.

“Já existe uma chance muito grande do Brasil vir a fazer parte da convenção. Mas ainda será feito uma consulta para verificar se não existe nenhuma intervenção de outros ministérios, antes de ir para o Legislativo. Porém, há uma grande possibilidade de que o Brasil faça parte das próximas reuniões do CMS”, afirmou o coordenador da CGESP.

Marini explicou que o intuito dessas ações conjuntas é preservar espécies que tem seu ciclo compartilhado com diversas nações. Espécies que iniciam seu ciclo reprodutivo em um país e migram para outro para passar o inverno, por exemplo. E que se sofrerem impacto em um país, podem ser extintas no outro.

“Aderir a convenção é importante para o Brasil, porque o nosso país é o quinto com maior número de espécies migratórias ameaçadas de extinção. Hoje há 32 espécies migratórias na Lista Oficial das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção (IN MMA nº 03 de 2003) e cerca de 213 espécies migratórias listadas pela CMS também ocorrem no Brasil”, garantiu.

Dentro do acordo de cooperação apresentado pelo ICMBio, estão dez ações que o governo brasileiro planeja desenvolver com a CMS para dar andamento às atividades conjuntas.

Entre elas estão: buscar oportunidades para desenvolver e implementar programas de cooperação incluidos, mas não limitados, ao desenvolvimento de acordos com a CMS para espécies migratórias; aumentar a comunicação e o conhecimento público, por meio do aumento da cooperação e entendimento mútuo entre CMS e agências brasileiras, partes interessadas e público em geral, e fazer com que outras partes da CMS estejam mais conscientes da legislação brasileira e outras ações do país relacionadas a espécies migratórias;

Outras ações: intercambiar informações científicas, aconselhamento e apoio; cooperar na pesquisa, treinamento, capacitação e atividades de conscientização pública e prover aconselhamento técnico e em políticas públicas e assistência para as atividades da CMS e do Instituto Chico Mendes, incluindo a implementação de iniciativas de conservação.

Marini comentou ainda que existem dez áreas potenciais de ações que o Brasil já desenvolve há algum tempo. “Algumas são idéias do governo brasileiro que vêm sendo desenvolvidas por outros países da América do Sul e que nós temos que dar a liderança para eles, pois não fazemos parte da Convenção e não podemos liderar essas iniciativas”.

A exemplo disso, Onildo Marini citou o acordo de cooperação para conservação de cetáceos no Atlântico Sul ou entorno da América do Sul. “Nós não pudemos tomar frente e foi preciso convencer outros países, como Uruguai, Argentina a liderar”, comentou.
A convenção acontece a cada três anos e é uma das maiores do mundo em termos de biodiversidade.

 
 

Instituto Chico Mendes
Ascom

 
 
 
 

 

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