ENCONTRO COMEMORA DEZ ANOS DA POLÍTICA
ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS

Panorama Ambiental
Belo Horizonte (MG) – Brasil
Janeiro de 2009

30 de janeiro de 2009 - O fortalecimento dos comitês de bacias hidrográficas, a implementação da Cobrança pelo Uso da Água e a integração das políticas setoriais, como agricultura e geração de energia, com a de recursos hídricos foram apontados nesta quinta-feira (29/01) como os atuais desafios da gestão das águas em Minas. As discussões fizeram parte do 1º Ciclo de Debates em comemoração aos 10 anos da Política Estadual de Recursos Hídricos e reuniu, em Belo Horizonte, o diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), José Machado, o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos Carvalho, a diretora-geral do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), Cleide Pedrosa, e representantes de diferentes segmentos da sociedade.

No evento, o José Carlos Carvalho avaliou essa trajetória e garantiu que, entre avanços e limitações, a gestão das águas em Minas certamente mudou de patamar, e que os avanços alcançados foram resultados de um grande esforço dos comitês de bacia. "São os comitês que geram demandas, produzem críticas, cobram do Estado, exigem das autoridades, articulam no âmbito regional, mobilizam prefeituras e reúnem usuários e sociedade civil. Assim, eles vão expandindo no interior da sociedade a percepção da importância da água e se tornam entes essenciais para colocar a Política e o Sistema de Recursos Hídricos em funcionamento", ressaltou.

Cleide Pedrosa destacou como avanço, nesses dez anos, a criação de 34 comitês de bacia no Estado, dos 36 previstos, a implantação do monitoramento da qualidade das águas em todo o território estadual, a conclusão de sete planos diretores de recursos hídricos, a execução de outros 14 planos, além do Plano Estadual de Recursos Hídricos, que estabelecerá diretrizes, metas e programas para o gerenciamento das águas de Minas. "A meta é elaborar até 2010 todos os planos diretores das 36 Unidades de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos do Estado", garantiu.

Outro destaque foi a criação do Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais (Fhidro). Criado em 1999, o Fundo foi regulamentado em 2006, e tem por objetivo dar suporte financeiro a projetos e programas que promovam a racionalização do uso da água e a melhoria dos cursos de água. "O Fhidro já beneficiou 42 projetos de recuperação de recursos hídricos em Minas Gerais e só este ano disponibilizará recursos da ordem de R$75,6 milhões", destacou Cleide Pedrosa.

Para o diretor-presidente da ANA, José Machado, o grande desafio para a gestão das águas em Minas e no Brasil é o fortalecimento do Sistema de Recursos Hídricos. "É fundamental que tenhamos órgãos gestores estruturados, comitês e conselhos representativos e fortes, integração das políticas públicas e implementação dos instrumentos de gestão de recursos hídricos, como planos diretores, cobrança e outorga", destacou. Ele ressaltou a importância de se trabalhar o tema água como estratégico para o desenvolvimento do País, que tem um grande potencial hídrico para geração de energia, irrigação, produção de alimentos e hidrovia.

Ciclo de Debates

Para discutir com a sociedade mineira o balanço da gestão das águas nesses 10 anos de implementação da Política Estadual de Recursos Hídricos', o Ciclo de Debates será realizado em diferentes regiões de Minas. O próximo encontro acontecerá em Uberlândia no dia 03 de fevereiro. O evento também será realizado em Paracatu (05/02), Três Corações (10/02), Juiz de Fora (12/02), Viçosa (13/02), Carbonita (17/02) e Teófilo Otoni (17/02). Em todas as regiões, o Ciclo reunirá representantes de diferentes segmentos da sociedade que irão avaliar a implementação da legislação de recursos hídricos ao longo desse período.

As contribuições serão consolidadas em um documento que será apresentado e discutido na Assembléia Legislativa de Minas Gerais, durante as comemorações do 8º Fórum das Águas, previsto para acontecer entre os dias 23 e 27 de março, em Belo Horizonte. "Esse debate permitirá uma análise mais profunda sobre a lei das águas, sua aplicação, avanços e limitações, dando subsídios para que a gestão de recursos hídricos no Estado avance para patamares significativos e que novas estratégias possam ser propostas neste sentido", destacou a diretora-geral do Igam, Cleide Pedrosa.
Fonte: Ascom/ Sisema

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Sisema disponibiliza Banco de Declarações Ambientais

23 de janeiro de 2009 - O Sistema Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais (Sisema), em ação pioneira e única no país, cria o Banco de Declarações Ambientais (BDA). A ferramenta permite o registro online do inventário de resíduos sólidos minerários, do cadastro de áreas suspeitas de contaminação ou contaminadas por substâncias químicas e do cadastro de barragens de rejeitos e resíduos no Estado. A disponibilização destes formulários online é uma das metas do Projeto Estruturador Resíduos Sólidos, sob a responsabilidade da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam) e já podem ser acessados no endereço eletrônico: http://sisema.meioambiente.mg.gov.br.

Devem se cadastrar todas as pessoas físicas e jurídicas responsáveis pelo gerenciamento de resíduos sólidos minerários, por áreas contaminadas e por barragens. “Os empreendedores terão acesso a todos os sistemas do BDA por meio de um cadastro único, podendo, por questões de segurança, realizar as declarações utilizando a certificação digital, evitando fraudes e falsificações”, garante a diretora de Tecnologia da Informação do Sisema, Carla Renata Lima Campos da Gama Cerqueira.

O cadastramento do inventário de resíduos sólidos minerários deve ser feito anualmente até o dia 31 de março, conforme a Deliberação Normativa (DN) do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) nº 90/2005. Os responsáveis por áreas suspeitas de contaminação e contaminadas por substâncias químicas devem preencher o formulário quando ocorrer a identificação dessas áreas, como determina a DN Copam nº 116/2008. No caso do cadastro de barragens, o BDA será alimentado com os dados das estruturas já cadastradas junto à Feam e os responsáveis terão um prazo para validar as informações. Também poderão ser cadastradas novas estruturas e atualizados os dados referentes às auditorias periódicas de segurança.

De acordo com Carla Renata, os cadastros no BDA deverão ser realizados por meio do preenchimento de formulários online disponibilizados de acordo com o assunto de interesse do usuário, permitindo a atualização e a complementação periódica dos dados.

Carla Renata destaca, ainda, que os sistemas que integram o BDA visam proporcionar, a partir das informações obtidas pelas declarações dos empreendedores, o acompanhamento e o monitoramento permanente dos indicadores ambientais, possibilitando a elaboração de políticas e metas governamentais, visando à minimização da degradação ambiental no âmbito estadual. “Além de integrar o processo de modernização tecnológica pelo qual passa o Sisema, o Banco de Declarações Ambientais representa um grande avanço para a gestão dos indicadores ambientais do Estado e permitirá à Feam realizar um controle mais efetivo dessas atividades”, explica.

Novos sistemas

O Inventário de Resíduos Sólidos Minerários de Minas Gerais começou a ser elaborado pela Feam a partir de 2008, em cumprimento a DN/Copam 117. A ferramenta será estratégica no processo de gestão ambiental e permite acompanhar não só a movimentação dos resíduos, mas também a sua geração e o seu manejo.

De acordo a diretora de Qualidade e Gestão Ambiental da Feam, Zuleika Torquetti, o cadastro de barragens, também disponibilizado por meio do BDA, corresponde a mais um avanço do Programa de Gestão de Barragens desenvolvido pela Feam desde 2006. “Por meio dele, os usuários terão acesso às informações atualizadas sobre a classificação das estruturas quanto ao potencial de dano ambiental, os resultados das auditorias de segurança e o acompanhamento das medidas preventivas e corretivas adotadas em cada barragem”, explica.

Já o Programa de Gerenciamento de Áreas Contaminadas no Estado prevê a divulgação de listas para priorização de ações de investigação e remediação, em função de risco à saúde e ao meio ambiente. “O formulário de cadastro dessas áreas permitirá a identificação mais precisa das ações necessárias e a definição de procedimentos para minimização dos impactos ambientais”, complementa Zuleika Torquetti.

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Norte de Minas instala novo comitê para a gestão das águas

21 de janeiro de 2009 - As organizações públicas e privadas do Norte de Minas se preparam para a primeira eleição do Comitê da Bacia Hidrográfica (CBH) dos Afluentes Mineiros do Médio São Francisco. Criado no dia 20 de novembro de 2008, o CBH discutirá e aprovará o edital de convocação do processo eleitoral no dia 04 de fevereiro, durante a reunião do Comitê, no município de Itacarambi, a 663 quilômetros de Belo Horizonte. A eleição está prevista para se iniciar em março e irá eleger 24 membros titulares e 24 suplentes.

Depois de eleitos, os membros do Comitê estarão habilitados legalmente para discutir a situação dos recursos hídricos na bacia que abriga 24 municípios. O Comitê também irá avaliar os problemas ambientais locais, discutir as prioridades na aplicação de recursos, mediar conflitos pelo uso da água, aprovar e acompanhar a execução do Plano de Recursos Hídricos da Bacia, além estabelecer mecanismos de cobrança pelo uso da água, entre outras competências.

Para o presidente provisório do Comitê, João Naves de Melo, os membros do novo CBH terão grandes desafios, pois a bacia está situada em uma região semi-árida, que sofre com escassez de recursos hídricos. "Temos que discutir ações que promovam o aumento da oferta de água e sensibilizar a sociedade para o seu uso sustentável", prioriza João Naves.

Participação

Para ampliar a participação da sociedade mineira na gestão dos recursos hídricos, o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) criou só em 2008 quatro novos Comitês: CBH Mucuri, CBH dos Afluentes Mineiros do Rio Verde Grande, dos Afluentes Mineiros do Médio e Baixo Jequitinhonha e dos Afluentes Mineiros do Médio São Francisco.

Responsáveis pela gestão local das águas, os Comitês são órgãos colegiados que têm caráter consultivo e deliberativo, formados por representantes dos poderes públicos municipais e estaduais, usuários de água e sociedade civil. “A formação de Comitês permite que o monitoramento das águas e dos conflitos pelos seus usos respeite as peculiaridades de cada região com suas diferenças culturais, sociais, econômicas e políticas”, explica a gerente do Núcleo de Apoio aos Comitês de Bacias Hidrografias do Igam, Valdete Mattos.

De acordo Valdete, a criação e a estruturação dos Comitês são prioridades para o Instituto e uma das metas do Projeto Estruturador do governo de Minas ‘Consolidação da Gestão de Recursos Hídricos em Bacias Hidrográficas'. "A meta é criar todos os Comitês até 2010, totalizando 36", ressalta. Atualmente existem no Estado 34 Comitês instituídos e duas Comissões Pró-Comitê.

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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