IAP MULTA CENTRO DE ESTUDOS DO MAR EM PONTAL DO PARANÁ

Panorama Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Janeiro de 2009

O escritório regional do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) de Paranaguá autuou nesta terça-feira (27), em R$ 120 mil, o Centro de Estudos do Mar (CEM) da Universidade Federal do Paraná - localizado no balneário de Pontal do Sul.

Ao todo, foram lavrados quatro autos de infração: um pelo lançamento irregular de efluentes líquidos e esgoto no canal que deságua no rio Perequê e que fica nos fundos da Universidade; pelo descarte de substância nociva (formol) à saúde humana e ao meio ambiente direto no manguezal, considerado Área de Preservação Permanente (APP), pelo armazenamento de substância tóxica, sendo o mesmo lançado por evaporação e decantação em local impróprio e, por último, pela construção de uma marina sem orientação ou anuência do órgão ambiental. Além disso, o IAP detectou que todos os efluentes oriundos da limpeza dos barcos guardados na marina são eliminados sem qualquer proteção e impedindo a regeneração da vegetação e do manguezal.

VISTORIA NO ESGOTO - No último sábado (19), técnicos da Sanepar e do IAP estiveram vistoriando o CEM, após denúncia da comunidade local do forte cheiro de produtos químicos vindos do mangue. Durante a fiscalização os técnicos da Sanepar constaram que a fossa séptica do CEM possuía um canal extravasor, utilizado freqüentemente e irregularmente - para limpeza da fossa em caso de sobrecarga de resíduos.

Os técnicos da Sanepar lacraram os canais extravasores e o IAP notificou a direção do CEM a comparecer no escritório regional. Devido ao período de férias, não houve comparecimento dos responsáveis pela administração do Centro até o prazo estipulado pelo IAP, que venceu na última quinta-feira (26).

De acordo com o a chefe do escritório regional do IAP de Paranaguá, Noelle Costa Saborido, o CEM terá o prazo de 24 horas para promover a retirada do formol e demais materiais nocivos estocados e para fazer a readequação do local. Caso a medida não seja cumprida, a multa poderá ser diária e ter o seu valor triplicado devido à reincidência no crime ambiental.

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Surfistas começam ampliação do projeto para proteção da restinga

O trabalho voluntário para preservação da restinga e para reciclagem do lixo na Praia Brava de Guaratuba será ampliado. A ação é desenvolvida desde 2007, pela Associação de Surfe do município, com o apoio da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e Instituto Ambiental do Paraná (IAP). No sábado (24), cerca de 80 surfistas recolheram uma tonelada de lixo das areias de Guaratuba e isolaram mais 300 metros da área de restinga.

O projeto prevê o isolamento do trecho, desde o Morro do Cristo em Guaratuba até a Barra do Saí, divisa com a praia de Itapoá em Santa Catarina, evitando que os carros utilizem a Área de Preservação Permanente como estacionamento. O isolamento foi feito com postes de madeira e placas que explicam o que é restinga e qual a sua importância.

“Serão 9 quilômetros de postes instalados manualmente na orla - doados pela Copel e que não serão mais utilizados, depois de substituídos por postes de concreto. A idéia é proteger a vegetação contra os danos provocados por veículos e outras ações que levam à redução da restinga e ainda, criar um espaço de descanso”, conta Marcos Pavin, que integra a associação.

A iniciativa dos surfistas, iniciada em 2007, já garantiu o isolamento de 2,5 quilômetros da chamada “Praia dos Paraguaios”. Além da instalação dos postes, eles também colocaram lixeiras e placas alertando a população sobre a importância da manutenção do local.

EDUCAÇÃO - O secretário do Meio Ambiente, Rasca Rodrigues, conta que o IAP já solicitou à prefeitura de Guaratuba, que o projeto dos surfistas sirva como modelo para o isolamento da restinga na praia das Caieiras, onde os veranistas ainda insistem em estacionar seus veículos sobre a vegetação.

“Estamos reforçando as ações de educação ambiental, pois é necessário que as pessoas tenham consciência que a restinga é a única proteção contra a erosão e avanço do mar. O sal do mar queima qualquer outro tipo de vegetação, por isso a restinga é tão importante para o ecossistema”, detalhou o secretário, que participou do mutirão no sábado (24).

O presidente da Associação de Surfe de Guaratuba, Márcio Oderawagem, que e coordena a ação, contou que a restinga da Praia Brava vem sendo devastada a cada ano por veranistas que acampam ilegalmente sobre a vegetação e estacionam veículos no local.

“Há dez anos o cenário aqui era totalmente diferente. Sabemos a importância que as dunas têm para a preservação da orla e para evitar o avanço do mar”, declarou Márcio. Ele conta que, para garantir a proteção da área durante a temporada, os surfistas têm se reunindo frequentemente para fazer o trabalho braçal.

“Além disso, estamos orientando moradores e veranistas para que respeitem as placas de Área de Preservação e procurem não acampar em locais onde há restinga no litoral”, ressaltou Márcio.

Neste último mutirão, os integrantes cadastraram as pessoas que participaram do evento, para que possam contribuir em futuras ações. Os voluntários recebem No dia da coleta do lixo, os integrantes recebem camisetas, adesivos, bonés, e informações que são repassadas aos veranistas e moradores na orla.

A prefeita de Guaratuba, Evani Justus, disse que pretender apoiar o trabalho dos surfistas. “Nosso litoral é pequeno, mas possui grande área preservada. Assim que terminar a temporada, iniciaremos um trabalho para reforçar as ações e educar a nossa população que é de 35 mil habitantes, quanto à importância da restinga”, adiantou Evani.

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Projeto Caiçara leva oficinas e atividades culturais a Matinhos, Guaratuba e Pontal do Paraná

Oficinas de origami, produção de bonecas com escamas de peixe, teatro e visitas aos parques ambientais do Litoral são algumas das atrações que estão sendo realizadas nas praias de Matinhos, Guaratuba e Pontal do Paraná pelo projeto Caiçara. Coordenado pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e desenvolvido em parceria com Organizações Não-Governamentais (Ongs) litorâneas, o projeto visa resgatar a cultura e ajudar a manter os conhecimentos tradicionais do povo caiçara.

O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, explica que a intenção das atividades é oferecer uma opção de entretenimento para os veranistas e moradores das cidades, além das praias. Cerca de 60 jovens de 16 a 18 anos, alunos de escolas estaduais, foram selecionados para promover oficinas e ações de educação ambiental, aliando arte, turismo e história local.

“O projeto Caiçara tem como desafio promover a inserção da comunidade no seu ambiente sócio-cultural, criando uma perspectiva para seu crescimento financeiro, cultural e principalmente ambiental, num período em que os projetos de verão estão voltados para o turista e veranista”, declarou o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues.

GUARATUBA – Em Guaratuba as ações do projeto Caiçara são itinerantes e, a partir desta terça-feira (27) acontecem na praia de Prosdócimo. Na próxima semana, as ações acontecerão na praia Central. Entre as ações de maior repercussão nas praias do Cristo e de Caieiras está a oficina de “Bio-Jóias”, que voltará a ser realizada todas as sextas-feiras, às 15h30. A professora da oficina, Cissa Dallavecchia, utiliza sementes da região para fazer colares, pulseiras, brincos e braceletes. Além disso, o projeto oferece visitas a comunidades caiçaras que vivem nas proximidades do Salto Parati.

Outro destaque do projeto é o “Canto do Conto”, ministrado por alunos de quinta-feira a domingos, 15h às 20h. O teatro de bonecos traz aspectos históricos de Guaratuba, com apresentações aos sábados, a partir das 15h30.

PONTAL DO PARANÁ – Em Pontal do Paraná, as atividades começaram com a oficina Artesanato com Fibra de Bananeira. O encerramento será no dia 8 de fevereiro com mais três oficinas: máscara de gesso, bonecas de escamas de peixes e conchas e fazendo arte com embalagens tetra-pak.

Trilhas ecológicas estarão disponíveis todos os dias. Serão quatro roteiros diferentes, com o destaque para as trilhas da Coruja e do Micuim, ambas no Parque Natural Municipal do Perequê. As trilhas são guiadas por instrutores capacitados do projeto Caiçara, que durante os trajetos explicarão a importância da restinga e dos manguezais na região. A Trilha da Coruja, com 2 quilômetros de extensão, mantém a maior área de restinga preservada do Litoral. Na Trilha do Micuim é possível contemplar os manguezais. As pessoas interessadas em participar deverão agendar em um dos pontos de inscrição do projeto, na Barraca Verde (na praia de Pontal do Sul) ou na sede do Parque do Perequê.

MATINHOS – No município de Matinhos, de terça a sexta-feira, a partir das 9h, acontecem oficinas de origami (dobradura de papel), reciclagem de papel, teatro e pintura. Aos sábados e domingos, às 9h, é a vez do teatro de bonecos, que conta a história do Parque Rio da Onça. As atividades em Matinhos também são itinerantes. Do dia 26 ao dia 30 de janeiro, o projeto estará no bairro Mangue Seco, e entre os dias 2 a 6 de fevereiro, no bairro Tabuleiro, em Matinhos receber o projeto. Uma van estará à disposição de veranistas e visitantes que queiram participar das oficinas. Para fazer a inscrição basta procurar a Barraca Verde instalada na orla de Matinhos ou os monitores do projeto que percorrem os principais balneários diariamente.

PARCERIA - Em Guaratuba, o Projeto Caiçara é desenvolvido pelo Instituto Guaju; em Matinhos, pela Associação dos Amigos Parque Rio da Onça e, em Pontal do Paraná pela ONG MarBrasil. Também contribuem com as ações o Centro de Estudos do Mar da Universidade Federal do Paraná e a Faculdade de Guaratuba.

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Boto raro na costa paranaense é resgatado por policiais ambientais

Uma espécie de boto nunca vista antes no Litoral do Paraná foi resgatada, na segunda-feira (26) por policiais da Policia Ambiental - Força Verde e por biólogos do Centro de Estudos do Mar (CEM). O animal foi encontrado encalhado e desidratado no balneário Eliane, município de Guaratuba. Veranistas avisaram a Força Verde e aos biólogos que garantiram o transporte do animal até a Sede do CEM, em Pontal do Paraná, para receber os cuidados necessários.

O capitão César Lestechen, responsável pelo Batalhão da Polícia Ambiental do litoral, conta que o trabalho de resgate da fauna é realizado durante todo ano no litoral paranaense. “A freqüência das denúncias aumentam durante a temporada devido ao trabalho de divulgação e conscientização ambiental que realizamos com os veranistas e moradores. Temos um 0800 e policiais preparados pra auxiliar neste tipo de ação o ano todo”, disse o capitão.


O animal foi tratado e avaliado por especialistas. Na Ponta do Poço foi instalada uma espécie de cativeiro natural, aonde o boto deverá ficar até que se recupere e possa voltar ao mar.

Para a bióloga e coordenadora do laboratório de mamíferos marinhos do CEM, Camila Domit, o boto deve ter se perdido do bando e acabou encalhado. “O animal chegou debilitado e desidratado, após realizarmos o diagnóstico ele recebeu algumas doses de polivitamínicos e antibióticos, desde então está sendo alimentado para que possa se restabelecer e tenha condições de soltura”, explicou a bióloga.

Sabe-se até o momento que o boto encontrado é um jovem, do Gênero Stenela, mas ainda não foi possível detectar precisamente sua espécie, pois segundo os biólogos ele apresenta coloração diferenciada e comportamento alterado. Caso não apresente melhora, será encaminhado à coordenação de espécies marinhas do Ibama.

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Paraná
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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