COPAÍBA E ANDIROBA DEVEM ENTRAR NA POLÍTICA DE PREÇOS MÍNIMOS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2009

Brasília (04/02/2009) – A copaíba e a andiroba poderão entrar na lista de produtos da sociobiodiversidade com garantia do preço mínimo pela Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), em março. Especialistas da Gerência de Extrativismo e Comunidades Tradicionais (GEX), da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável (SEDR) do Ministério do Meio Ambiente, vão avaliar os estudos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) sobre o potencial econômico desses produtos para encaminhá-los para votação no Conselho Monetário Nacional.

Em maio de 2008, o presidente Lula assinou Medida Provisória definindo 10 produtos que terão garantia de preço mínimo. Desde então, a castanha-do-Brasil, babaçu, andiroba, copaíba, buriti, seringa, piaçava, carnaúba, pequi e açaí vêm tendo seu preços submetidos ao CMN, com estudos da Conab para identificar os custos de produção de cada um deles.

Esses produtos na PGPM garante preços justos nos períodos de safra e entressafra. Essa ação garante aos extrativistas menos dependência de intermediários para venda do produto, além de reforçar o papel do estado como agente de apoio e de desenvolvimento econômico, social e ambiental. A GEX quer também ampliar o número de comunidades no Programa de Aquisição de Alimentos.

A inclusão desses produtos na PGPM é parte da estratégia do governo federal para promover o desenvolvimento sustentável e visa à valorização de produtos extrativistas, obtidos mediante a conservação e uso sustentável dos recursos naturais, principalmente nas reservas extrativistas federais administradas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

SOCIOBIODIVERSIDADE – A Gerência de Extrativismo e Comunidades Tradicionais da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural vai elaborar, ainda este ano, um plano de ação governamental para cadeias de valor do babaçu e da castanha-do-Brasil, com base na Estratégia Nacional de Promoção das Cadeias dos Produtos da Sociobiodiversidade.

A estratégia foi elaborada pelos ministérios do Meio Ambiente, do Desenvolvimento Agrário e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, com base nos resultados do Seminário Nacional Cadeias de Produtos da Sociobiodiversidade, que contou com a participação dos governos federal e estaduais, de povos e comunidades tradicionais e do setor empresarial.

A GEX está ajudando na estruturação de cadeias de produtos da sociobiodiversidade locais. Neste ano, 40 projetos estruturantes de povos e comunidades tradicionais agroextrativistas deverão ser executados, beneficiando mais de dez mil famílias, com recursos de R$ 3 milhões. No ano passado foram aprovados 21 projetos, totalizando R$ 700 mil em recursos.

As comunidades extrativistas terão acesso a informações sobre os estudos das cadeias de valor dos produtos da sociobiodiversidade, dentre outros assuntos, via rádio. A GEX vai instalar um sistema de informação rádio web, com informações sobre seis experiências de comunidades extrativistas, que serão veiculadas em parceria com televisões e rádios públicas e comunitárias.
Ascom/MMA

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Fiscais do ICMBio aplicam multa de R$ 1,8 milhão e embargam transatlântico em Fernando de Noronha

Márcia Néri - Brasília (02/02/2009) - O navio transatlântico de turismo Ocean Countness foi multado em R$ 1,8 milhão e teve a sua licença de operação na Ilha de Fernando de Noronha embargada no último sábado (31) por uma equipe de fiscais do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A embarcação, de responsabilidade da empresa BCR (Brazilian Cruises Representation), descumpriu normas de proteção ambiental da ilha. O navio foi autorizado a seguir viagem, para evitar transtornos para os passageiros, mas fica impedido de voltar a circular em águas do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha enquanto vigorar o embargo.

O transatlântico vinha sendo monitorado pelos analistas ambientais que atuam em Fernando de Noronha desde o final do ano passado, quando ancorou sem permissão na ilha na véspera da virada do ano. O Ocean Counteness foi visto navegando em horários não permitidos e trafegando em áreas não incluídas no Plano de Visitação da unidade de conservação marinha, afetando espécies como os golfinhos. O navio fez ainda o desembarque de turistas em praias cujo acesso é vetado às pessoas, pondo em risco a integridade do ecossistema do lugar, que é muito frágil.

Como ancorava nas proximidades da ilha uma vez por semana, com cerca de 650 passageiros a bordo, a embarcação era sempre motivo de preocupação para os analistas ambientais que trabalham no Parque. De acordo com a chefe da unidade, Fabiana Bicudo César, a operadora do transatlântico solicitou o licenciamento ambiental estadual à Agência de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Pernambuco (CPRH) no segundo semestre do ano passado para navegar na temporada de verão 2008/2009.

Em dezembro, por meio de um comunicado oficial, o órgão estadual informou aos analistas do parque que a licença seria emitida. “Atentos aos cuidados que deveriam ser tomados para preservar a unidade de conservação, solicitamos que o CPRH considerasse uma série de restrições ambientais necessárias para que a embarcação pudesse ancorar em Noronha sem ameaçar o meio ambiente. As considerações foram observadas pelo licenciador estadual. No entanto, a operadora não vinha cumprindo as condicionantes estabelecidas pelo ICMBio”, lamenta Fabiana.

Ela enfatiza que o Instituto Chico Mendes, como órgão ambiental federal responsável pelo patrimônio natural do arquipélago de Fernando de Noronha, tem por responsabilidade garantir a proteção dos ecossistemas não apenas em favor da comunidade local, mas também da coletividade. “O arquipélago é reconhecido pela Unesco como um bem da humanidade. A equipe de técnicos e analistas que aqui trabalha tem o dever de preservar esse tesouro natural. Por isso, junto a profissionais lotados na sede do ICMBio em Brasília, organizamos um grupo de trabalho para estudar o processo de licenciamento, o que resultou no documento que estabelece as restrições impostas ao tráfego do navio na ilha”, explica.

No dia 26 de janeiro, os agentes de fiscalização da CGPro, que estavam em Noronha para acompanhar as atividades da embarcação desde o dia 22, notificaram a empresa BCR a cumprir imediatamente as regras definidas pelo ICMBio. “Como a notificação foi ignorada, emitimos a multa para a empresa operadora, e o navio foi embargado. Autuamos a embarcação em um horário próximo a sua partida para não prejudicar os passageiros que nele estavam”, conta a chefe da unidade.

A cópia do embargo ao Ocean Countness foi enviada à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal. O transatlântico não poderá ancorar em Fernando de Noronha, mas a empresa poderá recorrer a instâncias administrativas para continuar a operar na ilha.
Ascom ICMBio

 
 

Instituto Chico Mendes
Ascom

 
 
 
 

 

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