MANGABEIRA DIZ QUE É PRECISO MUDAR
MENTALIDADE E LEIS SOBRE MEIO AMBIENTE

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2009

10 de Fevereiro de 2009 - Lourenço Canuto - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Os problemas ambientais vividos hoje pelo país envolvem a necessidade tanto de uma mudança de mentalidades quanto de alterações na legislação que trata da questão. A afirmação é do ministro chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Roberto Mangabeira Unger.

Ele defende a qualificação do direito ambiental. O ministro afirma que a legislação "dá poderes ilimitados a um pequeno elenco de potentados administrativos e a discussão ambiental vira um jogo de pressão com influências, sem critério, sem doutrina e sem paradigma".

O ministro atribui o problema ambiental na Amazônia às concessões de terra que eram feitas até a década de 70, "quando o Estado brasileiro chamava gente do Sudeste e do Sul para desbravar a região e exigia o desmatamento como condição para acesso ao crédito e à terra".

A partir dos anos 70, o Brasil começou a construir leis ambientais que, segundo Mangabeira, "são as mais exigentes do mundo". A população da Amazônia então, segundo ele, "ficou presa na porta rotativa de dois modelos que impedem o estabelecimento de um equilíbrio".

A primeira medida para a solução do problema ambiental no país, de acordo com o ministro, é resolver a questão fundiária. Depois, é preciso executar uma política racional de extrativismo e de conservação, além da recuperação das áreas degradadas. O quarto pilar de maior interesse para a Amazônia, segundo o ministro, é superar o isolamento da região, que vai envolver ainda neste ano a assinatura de medidas provisórias, decretos, ações e apresentação de projetos de leis.

A pavimentação da BR-163 e a conclusão da Transamazônica (BR-230), além da recuperação e construção de estradas vicinais, são iniciativas que o governo vê como mais importantes para o desenvolvimento e a inclusão social e econômica da população da região.

Mangabeira afirmou que a Amazônia precisa de estradas vicinais que se diferenciem das clandestinas e pregou a criação de uma rede de aviação regional para acabar com o isolamento.

O ministro se reuniu hoje (10) em seu gabinete com prefeitos da região Amazônica para discutir a importância da pavimentação da BR-163, que liga Mato Grosso ao estado do Pará.

O diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, disse que nenhum projeto dará certo na Amazônia se não houver a conclusão da BR-163 e da BR-230 (a Transamazônica), incluindo a construção de estradas vicinais. As obras dessas BRs estão orçadas em R$ 2,2 bilhões.

Ele informou ainda que as obras da BR-163 devem ser concluídas até 2011. As obras para seis subtrechos devem ser contratadas no próximo mês e o cronograma deverá ser cumprido até o final de 2010. Segundo Pagot, ficará para 2011 um trecho de 300 quilômetros que passará por uma reserva indígena.

A BR-163 deverá contar com 45 estradas vicinais de aproximadamente 100 quilômetros cada uma. Na BR-230 levantamento inicial indica a necessidade de pavimentação de 30 trechos vicinais, de cerca de 150 quilômetros cada um.

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Brasil tem 12% das lavouras transgênicas de todo o mundo, diz estudo

11 de Fevereiro de 2009 - Roberta Lopes - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Estudo divulgado hoje (11) pela organização não-governamental (ONG) Conselho de Informações sobre Biotecnologia diz que o Brasil foi o responsável por 12% das lavouras geneticamente modificadas no mundo em 2007. Isso significa 15,8 milhões de hectares de lavouras desse tipo no país e a terceira posição no ranking dos maiores produtores de transgênicos.

De acordo com o estudo, o Brasil só fica atrás dos Estados Unidos e da Argentina. Grande parte dos transgênicos produzidos no país são soja, responsável por 14 milhões de hectares; seguida do milho, com 1,4 milhão. O restante é de lavouras de algodão.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, informou que os terrenos onde são plantadas sementes transgênicas vão ser estudados para verificar se há algum tipo de contaminação do solo.

“Vamos vistoriar se, nas áreas do entorno daquelas onde são plantadas as sementes geneticamente modificadas, está havendo contaminação. Às vezes, há um mercado de produtos orgânicos e, se esse produto é contaminado com um transgênico, daqui a pouco ele perde o seu mercado”, afirmou Minc.

O estudo da ONG informou que a área de plantações transgênicas cresceu 10,7 milhões de hectares no ano passado em todo o mundo, 9,4% em comparação com o ano anterior. No total, as lavouras transgênicas representam 125 milhões de hectares.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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