GOVERNO PODERÁ BANIR DO MERCADO 13 AGROTÓXICOS JÁ PROIBIDOS EM VÁRIOS PAÍSES

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2009

05/03/2009 - Os ministérios do Meio Ambiente e da Saúde poderão retirar do mercado brasileiro 13 agrotóxicos, pelo menos na sua formulação química atual. Esses produtos já estão proibidos em vários países, mas ainda têm licença no Brasil. Os estudos para reavaliar a autorização de comercialização e uso vêm sendo elaborados pelo Ibama e Anvisa, em parceria com a Fiocruz, e devem ser concluídos até julho.

Laudos emitidos por pesquisadores estrangeiros já comprovaram que se tratam de produtos tóxicos, que, além de contaminarem o solo e a água, causam danos irreversíveis à biodiversidade. O resultado esperado é a reformulação de alguns produtos, a proibição de outros e recomendações de cuidados especiais com transporte, descarte de embalagens, usos e manuseio pelos trabalhadores.

A decisão foi tomada nesta quinta-feira (5) pelos ministros Carlos Minc, do Meio Ambiente, e José Gomes Temporão, em reunião de trabalho no Ministério da Saúde. Participaram do encontro técnicos da Anvisa, do Ibama e da Secretaria de Vigilância em Saúde. Os estudos estavam interrompidos por liminares na Justiça, impetradas por fabricantes e distribuidores, mas as últimas decisões contra a reavaliação caíram em fevereiro.

Foi discutida na reunião de trabalho pauta conjunta, até o final de 2009, no sentido de encontrar soluções para problemas de impactos ecológicos e na saúde pública, que apontam as emissões de gases tóxicos pelos automóveis prioridade conjunta. Por um lado, o Ministério do Meio Ambiente pretende adequar as emissões de carbono pelo escapamento dos carros ao programa de redução do efeito estufa. Por outro, o Ministério da Saúde quer reduzir o custo anual para o tratamento da população afetada pela poluição provocada pela frota que circula nas grandes cidades. Estimativas de organizações de saúde dão conta de que nada menos que R$ 10 bilhões são gastos pelo poder público no tratamento de enfermidades têm origem no bombardei diário da fumaça que sai dos escapamentos.

Um acerto entre os dois ministérios prevê, ainda, que até o final do ano serão anunciadas medidas conjuntas para a melhoria da qualidade do ar. A vistoria veicular anual, que vai detectar os níveis de emissão de gases pelos escapamentos dos automóveis em circulação e será obrigatória em todo o território nacional, está entre as primeiras providências previstas para entrar em vigor em 2010. A idéia é tirar de circulação carros poluidores, que só serão liberados após tomadas as providências para diminuir a quantidade de poluidores de seus escapamentos. Por enquanto, apenas o Rio de Janeiro faz as medições.

Uma outra agenda comum anunciada pelos dois ministérios foi a intensificação da vigilância contra o uso do amianto, atualmente proibido em 42 países. Ficou acertada
a implementação de várias medidas, como forma de inibir a utilização do produto. Entre elas, a participação de outros ministérios na iniciativa, a realização de vistorias conjuntas dos ministros Carlos Minc, do Meio Ambiente, e de José Gomes Temporão, da Saúde, em fábricas que utilizam o produto, para avaliar a saúde dos trabalhadores.

O ministro Carlos Minc lembrou a portaria assinada recentemente por ele, proibindo a compra de qualquer produto que utilize o amianto em sua composição nas licitações efetuadas pelo MMA . Ele sugeriu que a medida seja tomada por outros ministérios, como forma de
pressão para a eliminação do amianto. Será criado, também, um selo verde para empresas que não mais utilizem o amianto.

Outra medida, ainda sem data para acontecer, será a realização da Feira Nacional de Tecnologias Limpas, onde as empresas nacionais e estrangeiras poderão divulgar produtos com tecnologias limpas , que já substituíram com eficiência o amianto por produtos que não causam danos à saúde humana.

Minc falou que será instituído um grupo de trabalho interministerial para elaborar propostas para um Plano Nacional de Qualidade do Ar, do governo federal, que deverá encampar as propostas discutidas na reunião e formular várias outras.

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Governo inicia trabalho nos municípios que desmatam na Amazônia

04/03/2009 - Suelene Gusmão - Nos dias 5 e 6 (quinta e sexta-feira) começam a ser colocadas em prática as primeiras ações da Operação Arco Verde, coordenada pela Casa Civil, com a participação de 13 ministérios, entre eles, o Ministério do Meio Ambiente. O Pará será o primeiro a receber a visita dos integrantes da operação. No estado, 13 municípios fazem parte da lista dos maiores desmatadores da floresta amazônica. Nos dias 9 e 10, a equipe irá a Cuiabá (MT); 11 e 12, Porto Velho (RO); e no dia 13, Manaus (AM).

As primeiras ações estarão focadas nos 36 municípios da Amazônia, relacionados entre os maiores desmatadores, responsáveis por 50% de toda a destruição da floresta amazônica. O objetivo da Operação Arco Verde nestes municípios é oferecer alternativas sustentáveis aos gestores municipais para que consigam fazer a transição das atividades predatórias para a legalidade e sustentabilidade e deixar de fazer parte da lista.

Os primeiros passos da Operação Arco Verde coincide com a demanda apresentada pelos prefeitos da região amazônica, em recente reunião em Brasília, que demonstraram ao ministro Carlos Minc, do Meio Ambiente, uma ansiedade em estabelecer parceria com o governo federal para que suas economias deixem de ter por base as atividades ilegais. De acordo com o secretário Egon Krakhecke, de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável, do MMA, a operação, articulada pela Casa Civil, está ancorada em dois conjuntos de ações, as emergenciais e as estruturantes.

De acordo com o secretário, entre as emergenciais destacam-se as ações conjuntas entre o Ministério do Trabalho (MT) e o Ibama. Representantes do MT acompanham as ações de fiscalização realizadas pelo Ibama para assegurar que os direitos trabalhistas dos empregados afetados pelo eventual fechamento de uma atividade ilegal sejam respeitados e que eles possam, por exemplo, utilizar o seguro-desemprego, até que se estabeleçam em outra atividade. "São ações de rápida execução para que se possa reverter as reações negativas para a população local", explicou Krakhecke.

O outro grupo de ações está sendo chamado de estruturante. Entre elas, a oferta de tecnologias sustentáveis, com a participação direta da Embrapa e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); a oferta de assistência técnica para incentivar e embasar a transição do modelo predatório para a utilização de tecnologias sustentáveis, com a participação do Incra e do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA); regularização fundiária; regularização do passivo ambiental e a capacitação de força de trabalho para sua inserção em atividades sustentáveis.

Programas do MMA - Durante os dois dias de visita da equipe do governo federal ao Pará serão realizados seminários com a participação de representantes dos governos do estado e dos municípios. Na pauta apresentação e discussão das ações governamentais de combate ao desmatamento ilegal e compartilhamento de responsabilidades entre as três esferas de governo. Fundo Amazônia, Agenda 21, Gestar, Desenvolvimento Florestal são programas do MMA divulgados no seminário.

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Governo estuda ampliar crédito para tratamento do lixo

02/03/2009 - Suelene Gusmão - Os ministérios do Meio Ambiente e das Cidades, a Caixa Econômica Federal e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) estão estudando a abertura de novas linhas de crédito para a gestão de resíduos sólidos pelos consórciios intermunicipais. O anúncio foi feito na última sexta-feira (27) pelo secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, Vicente Andreu, do Ministério do Meio Ambiente, durante reunião com seis prefeitos da região metropolitana de Campinas (SP). Vicente Andreu propôs a implantação pelos municípios do Plano de Gestão Integrada de Manejo de Resíduos Sólidos. "Com o plano, podemos definir melhor as soluções a serem utilizadas", destacou.

Os seis municípios, Nova Odessa, Americana, Santa Bárbara d'Oeste, Sumaré, Hortolândia e Monte Mor, são integrantes do Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos Sólidos da Região Metropolitana de Campinas. Vicente Andreu informou que o MMA já está investindo entre R$ 350 mil e R$ 400 mil na realização de arranjos regionais para indicar soluções para o meio ambiente, como o consórcio regional do lixo. Ele ressaltou que a construção de aterros sanitários controlados ainda é a melhor solução para a redução dos impactos ambientais na realidade brasileira. Além disso, a gestão em parceria diminui consideravelmente os custos, que são rateados entre os participantes do consórcio, cabendo ao governo entrar com parte dos recursos pela suas linhas de crédito.

Uma das estratégias que tem merecido especial atenção do governo federal na gestão dos resíduos sólidos é o incentivo às cooperativas de catadores e recicladores. Eles são fundamentais no processo de diminuição da quantidade de resíduos sólidos efetivamente destinados a aterros ou usinas.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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