RECUPERAR O MEIO AMBIENTE PODE RENDER DIVIDENDOS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2009

03/03/2009 - Suelene Gusmão - Conservar matas ciliares, proteger as nascentes dos rios, replantar encostas dos morros e outras providências de conservação ambiental, como a recuperação de carbono, está rendendo dividendos para quem as pratica. A iniciativa é chamada de Pagamento por Serviços Ambientais e é uma das alternativas para a recuperação ambiental de áreas públicas e privadas. Como forma de prover de informações técnicas, conceituais e de base de pesquisas e de cálculo para a nova modalidade de ferramenta para a conservação ambiental, foi lançado hoje o livro "Pagamento por Serviços Ambientais - Perspectivas para a Amazônia Legal", uma publicação feita em parceria com a GTZ (Cooperação Técnica Alemã) e o Ministério do Meio Ambiente.

Segundo o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, o livro dos pesquisadores Jan Börner e Sven Wunder, chega em um bom momento para o Brasil, que está mostrando ao mundo uma série de iniciativas positivas na defesa do meio ambiente, como a acentuada queda do desmatamento na Amazônia, o controle e fiscalização de outros biomas, que não só o amazônico, e o Plano Nacional sobre Mudanças do Clima. "Essa idéia de pagamento por serviços ambientais é generosa e prática", disse Minc, na cerimônia de lançamento da publicação ocorrida hoje (3). Para ele, as informações contidas no livro tiram do nível utópico e traz para a prática diária a idéia de que é possível procurar alternativas sustentáveis para a conservação do meio ambiente.

Aos participantes da cerimônia de lançamento do livro, o ministro lembrou da experiência que ele, como secretário do Meio Ambiente do Rio de Janeiro, desenvolveu no Rio Guandu. Minc contou que lá um grupo de pequenos agricultores, cerca de 200 famílias, vem recebendo recursos financeiros para restabelecer as matas ciliares do Guandu. "Já foram plantadas mais de um milhão de árvores", disse. O ministro do Meio Ambiente lembrou que uma das formas de remuneração dos serviços ambientais será por meio do Fundo Amazônia, que tem entre suas oito modalidades para liberação de recursos, o pagamento por serviços ambientais.

Uma outra alternativa para pagamento por serviços ambientais relacionada pelo ministro foi o Fundo Clima, que segundo ele, vai render cerca de R$ 900 milhões por ano e cuja criação está para ser votada no Congresso Nacional. Minc informou que este dinheiro, poderá, por exemplo, ser utilizado por agricultores do Nordeste no combate à desertificação e recuperação de solo e água.

O lançamento do livro sobre pagamento por serviços ambientais, ainda de acordo com Minc, chega num momento propício para dar materialidade às idéias que nascem da sociedade. Ele informou que tramita no Congresso Nacional seis projetos de lei em matérias correlatas e que o Executivo deve enviar à Casa Decreto reunindo todas elas com objetivo de regulamentar o assunto.

O lançamento da publicação que fornece conceitos, estratégias e subsídios para entendimento, discussão, criação e financiamento, foi prestigiada pelo coordenador do Programa Florestas Tropicais da GTZ, Helmut Eger; pelo gerente de projeto do Departamento de Economia e Meio Ambiente, Shigeo Shiki; pelo diretor do Departamento de Articulação de Ações da Amazônia do Ministério do Meio Ambiente, Mauro Pires, da Coordenadora do DAAM, Nazaré Soares e dos secretários, Egon Krakhecke, de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável; Maria Cecília de Brito, de Biodiversidade e Florestas e Vicente Andreu, de Recursos Hídricos e ambiente Urbano.

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Ministério propõe pacto municipal pela sustentabilidade para salvar Amazônia

05/03/2009 - Carlos Américo - O secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável, do Ministério do Meio ambiente, Egon Krackekhe, propôs nesta quinta-feira (5), a 50 representantes de prefeituras do estado do Pará e de vários órgãos ligados ao setor produtivo, reunidos na abertura da Operação Arco Verde, um "pacto pela sustentabilidade". A operação foi desencadeada a partir da lista dos 36 municípios responsáveis pelos maiores índices de desmatamento na Amazônia. O estado do Pará, onde ficam 12 dos municípios da relação, é o campeão do desmatamento.

O ministério pretende ampliar o diálogo com todos os setores envolvidos para mostrar a necessidade urgente de mudar o "modelo da invasão agrícola não sustentável", conforme classificou Egon. Ele destacou que o governo federal quer integrar as ações estaduais no combate ao desmatamento com as medidas que o Ministério do Meio Ambiente vem implementando na esfera federal. Segundo ele, antes que a Arco Verde entre efetivamente em operação, será necessário outro seminário para alinhavar as ações a serem implementadas.

A maior dificuldade na Amazônia tem sido substituir o atual modelo de desenvolvimento, responsável direto pela degradação da floresta, por um um modelo econômico, mas socioambiental. Por isso, segundo Egon, é necessário que todos, estados e municípios e setor produtivo, passem a integrar a Operação Arco Verde. A partir da avaliação das ações estaduais e municipais e das medidas na esfera federal, ele espera que seja possível planejar e executar ações que contribuam efetivamente para diminuir os impactos ambientais dos processos produtivos, buscando a sustentabilidade econômica.

A regularização fundiária e territorial e o zoneamento ecológico-econômico também foram tratados na reunião. Pelo menos nesse ponto há consenso em todos os setores, que consideram a questão como uma ferramenta fundamental para a proteção e reflorestamento da Amazônia.

Egon ressaltou que as metas de redução das emissões dependem diretamente da sociedade. Isso porque, sem o envolvimento dos agentes econômicos as metas de redução do desmatamento não serão atingidas e em conseqüência se tornará mais difícil para os municípios paraenses saírem da lista incômoda.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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