PROGRAMA MADEIRA É LEGAL É LANÇADO EM SÃO PAULO

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Março de 2009

19/03/2009 - Protocolo de cooperação entre o governo do Estado de São Paulo, a Prefeitura da Capital e mais 19 entidades prevê a o incentivo ao uso de madeira legal.

“Bem leve, leve, releve, quem pouse a pele em cima de madeira, beira, beira, quem dera, mera, mera, cadeira”. A letra da música dos compositores Marisa Monte e Arnaldo Antunes, cantada pelo Coral Paulistano, deu o tom da apresentação do Programa Madeira Legal no Centro Cultural São Paulo, em 18.03, que contou com o lançamento do guia “Seja legal: boas práticas para manter a madeira ilegal fora de seus negócios” e da segunda edição do manual “Madeira: uso sustentável na construção civil”.

O ponto chave do evento foi a assinatura, pelo secretário estadual de Meio Ambiente do Estado, Xico Graziano, pelo prefeito do município de São Paulo, Gilberto Kassab, e pelo secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente, Eduardo Jorge, do Protocolo de Cooperação que visa a viabilização e consolidação do Programa Madeira é Legal, que tem como objetivo incentivar e promover o uso de madeira legal e de madeira certificada.

De acordo com Graziano, as ações para combater o uso de madeira ilegal são efetivas, mas é preciso intensificar. “É uma medida radical, mas estamos analisando a possibilidade de proibir a entrada de algumas espécies de madeira no Estado de São Paulo”, declarou. Graziano apontou a necessidade de quebrar os tabus dessa questão. “Precisamos ser capazes de produzir madeira de florestas plantadas para substituir o uso de madeiras nativas”, afirmou.

Para o coordenador do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável do WWF Brasil, Mauro Armelin, a responsabilidade pela preservação ambiental é de todos. “Esse problema toca a todos nós consumidores. A sustentabilidade não será atingida se jogarmos a responsabilidade somente nos governos”, destacou. Para o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, a lição de casa está sendo feita. “São Paulo está fazendo um trabalho sério de preservar o nosso ambiente”, disse.

Leandro Guerra, presidente do grupo de Produtores Florestais Certificados na Amazônia – PFCA, destacou que o setor tem condições de suprir a demanda do mercado de madeira e que as ações precisam continuar. “Esse é o nosso papel, promover o desenvolvimento sustentável do nosso país e mostrar que somos capazes de cuidar do que é nosso”, enfatizou. Eduardo Jorge frisou, ainda,que a crise sócio-ambiental é ainda maior do que a crise econômica mundial. “A crise econômica será superada em aproximadamente 5 anos, mas o aquecimento global, que é a grande crise sócio-ambiental, será sentido daqui a 50 anos”, declarou.

Na segunda parte do evento, a coordenadora de biodiversidade e recursos naturais, Helena Carrascosa, apresentou o cadastro dos comerciantes de produtos e subprodutos da flora nativa brasileira – CAD Madeira, implementado pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente em 2008 por meio do decreto estadual 53.047. “O objetivo do CAD Madeira é tornar público as pessoas jurídicas que comercializam produtos e subprodutos florestais da flora nativa brasileira de forma responsável, especialmente a madeira destinada à construção civil”, destacou. A adesão ao CAD Madeira é voluntária, contudo, as empresas que aderem ao cadastro garantem participação nas compras públicas estaduais, podem ser distinguidas perante o consumidor e demonstram o comprometimento com a sustentabilidade ambiental.

O protocolo foi assinado por representantes do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Grandes Estruturas no Estado de São Paulo – SINDUSCON, da Associação Paulista de Empresários de Obras Públicas – APEOP, da Associação Brasileira de Escritórios de Arquitetura – ASBEA, da organização não governamental WWF Brasil, do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas – GVces, do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Ambiental, do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável – CBCS, da Associação de Produtores Florestais Certificados na Amazônia – PFCA, do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo – SECOVI, da Associação de Pequenas e Médias Empresas de Construção Civil do Estado de São Paulo – APEMEC, do Conselho Brasileiro de Manejo Florestal – FSC Brasil, do Sindicato do Comércio Atacadista de Madeiras do Estado de São Paulo, da Associação Nacional dos Produtores de Pisos de Madeira, do Sindicato da Indústria do Mobiliário de São Paulo – SINDIMOV, da Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento Urbano – AELO, da Sociedade Brasileira de Silvicultura – SBS, do Instituto de Engenharia, do Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial – INMETRO e dos Governos Locais Pela Sustentabilidade – ICLEI.
Texto: Valéria Duarte Fotografia: Pedro Calado

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Polícia Ambiental constata “congelamento” da ocupação irregular na região de Cubatão

13/03/2009 - A ação ostensiva da Polícia Militar Ambiental nos últimos dois anos, na Baixada Santista, com o objetivo de “congelar” as ocupações existentes na região, alcançou resultados extremamente positivos. Isso é o que constatou a Operação Serra do Mar - Cubatão/I, realizada em 12.03, pelo 3º Batalhão da Polícia Militar Ambiental, sediada no Guarujá.

A fiscalização, iniciada às 8 horas, não constatou nenhuma nova construção, nem mesmo ampliação de área das unidades já existentes. A operação se estendeu pelos bairros Cota 500, Cota 400, Cota 100/95, Grotão, Pinhal dos Mirandas, Fabril, Água Fria e Sítio dos Queirozes. A ação envolveu uma equipe de 67 policiais militares, em 14 viaturas, munidos de aparelhos de GPS e máquinas fotográficas.

A operação foi antecedida por um minucioso levantamento aerofotográfico, com o uso do helicóptero Águia, da Polícia Militar, cadastrando 82 pontos, dos quais 76 foram considerados suspeitos por apresentarem telhados novos e evidências de supressão de vegetação. Nenhuma dessas suspeitas se confirmou, mostrando tratarem-se de reformas de cobertura das unidades residenciais.

Apenas na Cota 200, uma equipe constatou a existência de obras de construção de um banheiro configurando ampliação do imóvel. Como o responsável pelo imóvel não foi localizado, a Polícia Ambiental deverá retornar ao local nos próximos dias para as providências cabíveis.

A ação da Polícia Ambiental para evitar o surgimento de novas ocupações faz parte do Programa de Recuperação Socioambiental da Serra do Mar, que o Governo do Estado está desenvolvendo desde abril de 2007, com a participação, entre outros órgãos, da Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Dentro desse programa, a Polícia Ambiental tem realizado o policiamento ostensivo permanente com um efetivo de 78 policiais, além de ações de educação ambiental e de assessoria jurídica, orientando os moradores sobre os direitos e os riscos na ocupação de áreas na região.

Nos dois anos de atividades, a Polícia Ambiental elaborou 4.014 boletins de ocorrência, sendo 15 autuações em flagrante, que resultaram em 27 prisões, por construção clandestina em área do Parque Estadual da Serra do Mar e 45 registros por construção em áreas tombadas e de preservação permanente. Além disso, 46 casos de suspeita de ampliação de área construída e outras irregularidades foram encaminhados para o distrito policial da região.
Texto: Newton Miura Fotografia: Pedro Calado

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente de São Paulo
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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