DOIS FILHOTES DE PEIXE-BOI SÃO RESGATADOS NO PARÁ

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2009

Belém – Dois filhotes de peixe-boi foram resgatados por servidores do Ibama e do Instituto Chico Mendes em Aveiro, no oeste do Pará. Um deles chega na próxima semana em Belém, o macho que tem cerca de 1 mês e foi resgatado na segunda-feira (23) será tratado por veterinários do Centro de Mamíferos Aquáticos (CMA), no Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros do Litoral Norte (CEPNOR), na capital paraense.

De acordo com o médico e analista ambiental do ICMBio, Maurício Andrade, o filhote foi levado por um helicóptero do Ibama para um zoológico de Santarém, onde recebeu os primeiros cuidados para sua recuperação, visto que apresentava alguns ferimentos. “A previsão é de que ele venha para Belém na próxima semana, quando uma equipe do CMA irá trazê-lo para receber tratamentos de veterinários do Cepnor”, afirma Andrade.

Outro filhote resgatado em Aveiro

Ainda na semana passada, dia 22, uma equipe do ICMBio e do Ibama de Itaituba trouxe outro filhote de peixe-boi para o Cepnor. O animal com cerca de 3 meses, foi resgatado na última quinta-feira (19), no Distrito de Fordlândia, no município de Aveiro. Um pescador o encontrou e o entregou à Prefeitura de Aveiro, que contatou o Escritório do Ibama em Itaituba, que pediu o apoio do CMA para fazer o resgate do animal.
Luciana Almeida
Ascom/Ibama/PA
Foto: Maurício Andrade

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Filhote de peixe-boi livre é monitorado em Manaus

Manaus - Um acontecimento singular tem chamado a atenção dos manauenses desde o início de março: a presença de um filhote de peixe-boi no igarapé São Vicente, no Bairro Aparecida, área central da cidade de Manaus. O filhote foi batizado inicialmente como Tomás, mas mudou de nome depois que uma equipe do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – Inpa, em visita ao local, observou que era uma fêmea, que passou a ser chamada de Thami, nome dado pelo Sr. Carlos Alberto, morador do bairro.

Thami foi vista pela primeira vez no início de março. Mas é possível que ela esteja ali há mais tempo e talvez tenha até mesmo nascido no igarapé. É o que acredita o médico veterinário do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - Inpa, Anselmo da Fonseca. Segundo ele, o fato do filhote estar bem e na faixa de peso para sua idade, estimada entre três e quatro meses, corrobora essa hipótese e também a idéia de que a mãe esteja no local, escondida na vegetação.

O papel dos moradores e pescadores das embarcações ancoradas no igarapé tem sido fundamental na proteção desse filhote. Eles têm agido como guardiões, fazendo a vigília da área com o objetivo de impedir que cidadãos mal intencionados o capturem. De acordo com os moradores que têm monitorado continuamente o local, o filhote passa a maior parte do dia na área do igarapé que corre embaixo do assoalho da varanda de uma casa, onde parece se sentir seguro.

O Ibama, o Inpa e a Polícia Ambiental também têm auxiliado nesse processo de proteção, fazendo visitas, distribuindo material educativo (cartazes e folders) e advertindo a população para não adotar condutas que possam estressar ou causar qualquer dano ao animal ou ao ambiente que ele está utilizando provisoriamente como seu lar. Assim a população tem sido orientada a não jogar lixo no igarapé, não tocar ou se aproximar do filhote e também a não fazer barulho, o que poderia estressá-lo e também afugentar a mãe, que pode estar presente. Por isso, é essencial que restrições de acesso à área sejam mantidas.

O peixe-boi da Amazônia é a única espécie de peixe-boi que ocorre em ambiente de água doce. Há registros da sua ocorrência em toda a bacia Amazônica. No entanto, sua existência tem sido ameaçada pela caça ilegal. Se no passado essa prática era permitida, hoje ela é proibida por lei e caracterizada como crime ambiental, passível de multa e prisão. Outra ameaça à espécie é a degradação do ambiente e o uso indiscriminado de redes de pesca.

Em 2009, o Ibama do Amazonas recebeu cinco filhotes de peixe-boi. Três deles estão sendo mantidos em cativeiro e dois vieram a óbito. A história desse filhote do igarapé São Vicente pode ter um desfecho diferente.

A presença do filhote de peixe-boi por tantos dias no igarapé do São Vicente tem demonstrado como a parceira entre instituições públicas e população pode ser efetiva na proteção às espécies da nossa fauna. No entanto, sua sobrevivência depende da manutenção das condições para que ele possa crescer e em algum momento procurar outros locais onde possa se tornar uma fêmea adulta, encontrar seu par e ter seus próprios filhotes.
Natália Lima
Nufas/Ibama/AM

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
Ascom

 
 
 
 

 

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