MINISTRO DA AGRICULTURA DEFENDE MUDANÇAS NA LEGISLAÇÃO FLORESTAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2009

1 de Abril de 2009 - Danilo Macedo* - Repórter da Agência Brasil - Rio Verde (GO) - O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, reforçou hoje (1º), em palestra na Feira de Tecnologias Agropecuárias Tecnoshow Comigo, a necessidade de reformular a legislação florestal brasileira para que um milhão de produtores não tenham que ser retirados de sua atividade.

Para ele, existem três pontos fundamentais a serem mudados. Em primeiro lugar, deve ser autorizado o plantio em várzea, encostas e topos de morros em áreas já consolidadas com produção. Stephanes também defende que as áreas de conservação às margens dos rios também devam ser computadas na porcentagem exigida de reserva legal. Em terceiro, segundo ele, é preciso permitir a compensação de área, ou seja, um produtor do Paraná, por exemplo, poderia pagar por uma área em outra região para que servisse como sua cota de mata preservada.

“Vamos preservar a floresta em pé, mas vamos deixar o que já está em uso e com plantio sustentável”, afirmou. No evento, Stephanes cobrou das lideranças do setor agropecuário a mobilização para cobrar dos parlamentares a mudança da legislação.

A Tecnoshow Comigo ocorre até o dia 4, em Rio Verde (GO), cidade distante 235 quilômetros de Goiânia. Ainda hoje, o ministro estará na Exposição Agropecuária e Industrial de Mato Grosso do Sul (Expogrande).

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Conseagri defende votação ponto a ponto de mudanças no Código Florestal

Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Estado de Agricultura (Conseagri), Gilman Viana, afirmou hoje (24) que considera “estratégica” a idéia de votar ponto a ponto as mudanças propostas pelo governo para o Código Florestal do país. Após participar de reunião do Conselho, em Brasíla, ele cobrou que os secretários “articulem” votos.

“Cada estado tem a sua bancada e cada secretário é responsável pela produção que interessa a sua economia”, afirmou.

Para Viana, há “muito receio” por parte dos parlamentares em assumir uma postura econômica que desagrade o discurso ambientalista. Segundo ele, é conciliar os dois temas pois sustentabilidade não diz respeito apenas à preservação ambiental, mas ao ato de produzir respeitando o meio ambiente.

Secretários de agricultura do Distrito Federal e de nove estados – São Paulo, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Goiás, Pará, Amazonas, Minas Gerais, Rondônia, Rio de Janeiro – participam do encontro. Sete estados enviaram representantes.

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Para Stephanes, é fundamental que mudanças no Código Florestal "se equacionem" este ano

Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, afirmou hoje (24) que é fundamental que as mudanças no Código Florestal brasileiro “se equacionem” ainda este ano. Após participar de reunião do Conselho Nacional de Secretários de Estado de Agricultura, ele avaliou que há preocupação por parte de todos os secretários em relação ao assunto e que eles estão de acordo com os pontos apresentados pelo governo até o momento.

Dentre eles, o ministro destacou a manutenção de áreas de preservação permanente (APP) como forma de compensação por desmatamento além da área permitida, a chamada reserva legal. Participam do encontro secretários de Agricultura de nove estados – São Paulo, Amazonas, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Goiás, Pará, Minas Gerais, Rondônia, Rio de Janeiro – e do Distrito Federal. Setes estados enviaram representantes.

As APPs são locais de floresta e vegetação ao longo de rios, nascentes, várzeas, encostas e topos de morro. Já a reserva legal é o percentual de floresta que deve permanecer intacto em propriedades rurais e que varia de acordo com os biomas: 80% na Amazônia, 35% no cerrado e 20% nos demais.

Stephanes destacou que, a partir de novembro, a legislação punitiva prevista no atual Código Florestal passa a vigorar “com toda força” e, caso as mudanças não aconteçam, “centenas de milhares de agricultores terão problemas muito sérios”.

Ao comentar o Plano Safra 2009, o ministro afirmou que a idéia do governo é fazer o lançamento do pacote “o mais cedo possível”. Ele lembrou que, em 2008, o plano foi lançado em junho, mas a previsão para este ano é maio. “Queremos dar mais tempo ao agricultor para que possa tomar suas decisões.”

Questionado sobre os recursos previstos no plano, Stephanes disse que o montante ainda está sendo elaborado mas que, “com certeza”, será maior do que o do ano passado.

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Minc diz que vai ao STF questionar lei ambiental catarinense

3 de Abril de 2009 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse hoje (3) que o governo vai questionar no Supremo Tribunal Federal (STF) o novo Código Ambiental de Santa Catarina, aprovado no último dia 31 e que, entre outras medidas polêmicas, reduziu a área de preservação permanente (APP) ao longo de rios e cursos d’água no estado.

Segundo Minc, a mudança contraria o Código Florestal, legislação de abrangência nacional. “Uma lei estadual não pode contrariar a lei federal para ser mais branda, isso é inconstitucional. O Ministério do Meio Ambiente vai arguir no Supremo a inconstitucionalidade dessa lei”, afirmou em entrevista à TV Brasil.

O texto aprovado pela Assembléia Legislativa catarinense diz que a APP será de cinco metros para os cursos de água inferiores a cinco metros de largura, de dez metros para os cursos de água que tenham entre cinco e dez metros de largura, de dez metros acrescidos de 50% da medida excedente para cursos de água que tenham largura superior a dez metros. No entanto, o Código Florestal determina faixa marginal de pelo menos 30 metros, em qualquer caso.

“Se para todo o Brasil se diz que tem que proteger 30 metros para o lado dos rios para evitar deslizamento, assoreamento, Santa Catarina não pode dizer que é dez metros”, afirmou Minc. O ministro disse que, apesar da lei estadual, as regras ambientais federais terão que ser respeitadas no estado. “Eu já dei uma ordem para o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) nacional e para o Ibama em Santa Catarina: vale a lei federal; quem construir qualquer coisa a cinco ou dez metros do rio será embargado, essas construções serão demolidas. E quem resistir será preso, a lei federal vale para todo o país”.

O presidente da Frente Parlamentar Ambientalista, deputado Sarney Filho (PV-MA), disse que seu partido também pretende entrar com uma ação no STF para questionar a constitucionalidade da lei catarinense. “Me deixa muito triste e preocupado que Santa Catarina, um estado que em 2008 teve consequências da crise ambiental, agora transforme em lei inconstitucional uma possibilidade de aumentar mais ainda a agressão ao meio ambiente”, afirmou ao lembrar as enchentes que deixaram mais de 130 mortos no estado, a maioria vítimas de desabamentos de morros e encostas.

“Santa Catarina deveria ser o primeiro estado a tomar medidas mais preventivas e mais defensivas e nunca mais permissivas com o desmatamento das margens dos rios e das encostas. O desastre ainda está na memória de todos nós”, acrescentou o ministro Minc.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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