NASCE O “BICHO LEGAL”, SEGUNDO ESPAÇO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DO PROGRAMA CRIANÇA ECOLÓGICA

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Abril de 2009

Cléo é o nome da cachorrinha de Marcela, o mesmo nome da gatinha do Iago. Murilo tem um Pitibull, chamado Rulegan e Cauã adora o seu vira lata Max. Entre coincidências e diferenças, entre os bichos de estimação dessa garotada, hoje elas aprenderam a importância de se cuidar dos animais e o papel de cada um deles na natureza, na sociedade e no meio ambiente. Marcela, Iago, Murilo e Cauã são alunos do quarto ano da Escola Estadual Amorim Lima, e participaram, em 31.03, no Zôo Safári, da inauguração do “Bicho Legal”, o segundo espaço de educação ambiental do programa Criança Ecológica.

Fred Fauno, mascote do programa no Zôo, também estava lá e acompanhou as crianças no trajeto do Bicho Legal, que começa no espaço “Biomas”, passa por dentro do Zôo Safári, local onde as crianças interagem com os animais que transitam livremente pelo parque, e termina dentro do Parque Zoológico, onde atividades lúdicas ajudam “ os pequenos heróis do planeta” a assimilar tudo o que viram na visita.

O espaço, que aborda a Agenda Verde, da fauna, coloca a meninada no mundo dos biomas brasileiros – Mata Atlântica, Cerrado, Pantanal e Floresta Amazônica -, ilustrando as riquezas da fauna e flora de cada lugar. Além da cenografia impressionante, nestes espaços as crianças podem sentir os cheiros, os sons e as temperaturas de cada recanto Brasileiro. “Aqui está muito mais quente”, comentou Iago ao sair da Mata Atlântica e adentrar no espaço que simula o Cerrado.

“Eu achava que a onça morava na Amazônia e não no Pantanal”, comentou Larissa Spina após a visita. Para a aluna de 10 anos, a visita ao “Bicho Legal” ensinou que o Brasil tem habitats distintos e que abrigam diversos animais. “Habitat é o lugar onde os animais moram, até as pessoas”, resumiu Larissa, mostrando que prestou bastante atenção nos comentários dos monitores.

Criança Ecológica

“Há muitos anos a secretaria Estadual do Meio Ambiente e os órgãos a ela vinculados já fazem educação ambiental. Uns mais, outros menos, mas sempre tivemos espaços que recebem milhares de crianças mensalmente. Senti que faltava uma integração maior, uma linguagem unificada. Por isso, criamos o Criança Ecológica, a marca do governo do Estado de São Paulo para as ações de educação ambiental”. Assim o secretário do Meio Ambiente, Xico Graziano, resumiu o Programa de educação ambiental da pasta, lançado no dia 19 de março, no Parque Villa Lobos, na Zona Oeste da Capital.

Com uma proposta inovadora, o Criança Ecológica surgiu com projetos pedagógicos divididos em quatro agendas ambientais – azul, para água; verde, para fauna e flora; cinza, para poluição; e amarela, para o aquecimento global e educação para a vida. Ao todo, 35 espaços em todo o Estado foram selecionados para sediar atividades do Programa, entre parques e Unidades de Conservação. “Não se trata de ensinar ecologia, mas estimular as crianças a terem atitudes diferentes, serem militantes ambientais, agentes de mudanças que nós adultos não fomos capazes de fazer”, falou Graziano.

Para a coordenadora de Educação Ambiental da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, Malu Rocha Freire, o Programa Criança Ecológica é o início da construção de uma política pública de educação ambiental. “O nosso desafio, agora, é dotar o Estado de São Paulo com uma infra-estrutura capaz de implementar essa ousada proposta de educação ambiental”, destacou Malu, que acredita nos recursos humanos como o grande diferencial do Programa. “O ingrediente fundamental para se fazer educação ambiental é gente”.

No final da visita, cada criança presente ganhou o livro “Criança Ecológica: Sou dessa turma”, onde Fred Fauno e seus amigos lutam contra os vilões do meio ambiente. A professora Therezinha Maria da Silva, que acompanhou os 30 alunos da Escola Amorim Lima, garantiu que de agora em diante, meio ambiente estará presente em suas aulas. “Parece um sonho, é como poder fazer parte de cada pedacinho das riquezas do Brasil”, declarou encantada a professora. No que depender de Therezinha, 30 “crianças ecológicas” nasceram hoje junto com o “Bicho Legal”.
Texto: Evelyn Araripe Fotografia: José Jorge

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Colheita mecanizada da cana de açúcar é realidade em aproximadamente 50% do Estado.

01/04/2009 - 11:36 - Balanço mostra que em São Paulo houve um acréscimo de 157 mil hectares na área colhida com máquinas.

O fim da queima da palha da cana de açúcar no Estado está próximo. Na safra 2008/2009, dos 3,9 milhões de hectares colhidos, 49,1% foi feito com máquinas, evitando, assim, a queima e a emissão de poluentes na atmosfera. Esse número coloca o Estado de São Paulo na frente de outros estados que são grandes produtores de cana, como Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás, que queimam entre 60% e 80% da palha da cana que produzem.

O avanço da cana crua é resultado do projeto estratégico Etanol Verde, da Secretaria Estadual do Meio Ambiente – SMA, que promove o Protocolo Agroambiental do Setor Sucroalcooleiro Paulista, já assinado por 155 usinas, correspondente a 90% das unidades paulistas, e 24 associações de fornecedores. O Protocolo prevê a antecipação do fim da queima da palha de cana de açúcar para o ano de 2014, em áreas mecanizáveis, e em 2017, em áreas não mecanizáveis.

Apesar da crise no setor, a cana continuou sua expansão no Estado, com um acréscimo de 120 mil hectares da área total colhida. Já, a área mecanizada, comparada a safra anterior, aumentou em 157 mil hectares, o que reflete a mudança para técnica mecanizada. A redução da queima foi de 25 mil hectares, um avanço importante, porém não tão grande quanto o do ciclo passado que foi de 140 mil hectares. “A cana bisada, aquela que estava planejada para colheita, mas ficou no campo, influenciou os dados dessa safra. Existe um avanço forte da colheita mecanizada, mas esses números só vão ser refletidos no próximo balanço.”, explica o secretário estadual do Meio Ambiente, Xico Graziano.

A média de cana bisada em cada safra é de 4%, mas nos primeiros meses de 2009 o número subiu para 12%, o que significa que 500 mil hectares deixaram de ser colhidos. Segundo o gerente do projeto Etanol Verde, Ricardo Viegas, as regiões mais mecanizadas tiveram o maior índice de cana bisada, que será colhida e contabilizada na próxima safra. “Mesmo com a redução nessa safra, a meta da eliminação da queima em áreas mecanizáveis ainda será cumprida até 2014. Esse patamar não será revisto.”, afirma.

Meio ambiente preservado

Os resultados do Protocolo Agroambiental apresentam efeitos positivos na preservação ambiental. Caso toda safra paulista seguisse a Lei Estadual 11.241/02, que autoriza a queima de até 70% da área, teríamos uma área de queima de 2,7 milhões de hectares. Isto significa que deixaram de ser queimados 1000.564 hectares, levando a uma redução de cerca de 2,3 milhões de toneladas de monóxido de carbono e deixaram de ser emitidas cerca de 200 mil toneladas de material particulado e 330 mil toneladas de hidrocarbonetos.

“Os três bons avanços que vieram com o Protocolo Agroambiental são a redução da queima, a economia de água e a recuperação de mata ciliar”, conta Ricardo Viegas. Para cumprir as diretivas do Protocolo o setor sucroalcooleiro assumiu o compromisso de recuperar e preservar 185 mil hectares de mata ciliar, além de reduzir o seu consumo de água para entre 0,7 e 1,0 m³ por tonelada de cana. “Estimamos que a área de mata ciliar recuperada ainda chegará a 250 mil hectares e muitas usinas já conseguiram reduzir seu consumo de água, que antes era de 3,0 a 4,0 m³ por tonelada”, explica Viegas.
Texto: Ludmilla Fregonesi

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente de São Paulo
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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