SÃO PAULO LIDERA RANKING DE PROJETOS DE
REDUÇÃO DE GASES DO EFEITO ESTUFA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2009

7 de Abril de 2009 - Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - O estado de São Paulo, com 80 projetos, lidera o ranking brasileiro de crédito de carbono, ou Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), como são chamados os projetos estabelecidos no Protocolo de Quioto que permitem a compensação pelas emissões de gases causadores do efeito estufa na atmosfera.

A informação foi dada pelo presidente da Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Carbono (Abemc), Flávio Gazani. Segundo ele, o tipo mais comum de projetos de MDL no Brasil é o de co-geração do bagaço da cana em usinas de açúcar e álcool.

Grande parte das usinas está concentrada na Região Sudeste, em especial em São Paulo, mas também há usinas no Centro-Oeste.

O segundo lugar no ranking do mercado de carbono é ocupado pelo estado de Minas Gerais, com 42 projetos de MDL, seguido do Rio Grande do Sul (34), de Santa Catarina (24), do Paraná (22), de Goiás e de Mato Grosso (17 projetos cada), do Espírito Santo (11) e de Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro (10 cada).

Por região, Norte e Nordeste são as que têm menor representatividade no ranking. O motivo, segundo o presidente da Abemc, é o fator de emissão no Nordeste ser muito baixo. Esse fator multiplicador define quantos créditos de carbono o projeto gera.

Na Região Nordeste, por exemplo, os projetos de energia renovável conectados à rede elétrica, como os projetos de bagaço de cana que exportam energia para a rede, tinham o fator de emissão mínimo. “Era 0,06%, ou seja, quase nada”, observou Gazani.

Ele acredita que a recente revisão dos cálculos, que unificou o fator de emissão para todo o Brasil, possa reverter o quadro. “Isso deve possibilitar que projetos no Norte e Nordeste comecem a surgir mais, uma vez que esse é um mercado novo, ainda em formação.”
O Brasil exerce a liderança do mercado de créditos de carbono na América Latina. Gazani chamou a atenção, porém, para o fato de o México ter um número expressivo. Segundo ele, o país já ocupa a quarta posição mundial na geração e produção de créditos de carbono. Os primeiros colocados são China, Índia e Brasil.

Gazani destacou que vem se desenvolvendo, paralelamente ao mercado regulado, o mercado voluntário de crédito de carbono, movido por iniciativas de empresas que têm medidas próprias de redução de emissão. Apesar de não ter uma regulamentação específica, esse mercado tem regras implícitas que vêm sendo adotadas para dar credibilidade aos projetos, de modo que sejam comercializáveis e tenham valor no mercado.

“Esse mercado vem crescendo rapidamente. Ele não tem uma limitação, como existe a limitação do mercado regulado de 2012”, disse Gazani, referindo-se à data em que expiram as determinações do Protocolo de Quioto. O tratado foi concluído em 1997, pelos países da Organização das Nações Unidas (ONU) e entrou em vigor em 2005.

A principal determinação do protocolo é que países industrializados reduzam suas emissões de gases poluentes em 5,2%, em relação aos níveis de 11000, no período de 2008 a 2012.

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Normas da UE para substâncias químicas devem atingir 6% das exportações brasileiras

7 de Abril de 2009 - Da Agência Brasil - Brasília - A Nova Legislação da União Européia para Substâncias Químicas (Reach – Registration Evalution Authorization of Chemicals) exige que os fabricantes assegurem que o produto não é prejudicial à saúde nem ao meio ambiente. As indústrias brasileiras tem até dez anos para se adaptar às novas regras, e 100 mil substâncias químicas devem ser submetidas aos testes. Segundo o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, Welber Barral, a nova legislação pode afetar 6% das exportações brasileiras, caso as empresas não se adaptem.

“Fizemos um esforço de grande divulgação no ano passado para as indústrias químicas brasileiras, e agora estamos fazendo a atualização. O desafio é nos precavermos, antes que haja uma exigência efetiva sobre cada um dos produtos”, afirma Barral.

Para apoiar os exportadores brasileiros o governo está debatendo com o setor privado uma forma de diminuir os custos para o exportador. “Existe uma discussão sobre a desoneração da remessa para o pagamento de testes no exterior, o governo não quer que isso crie uma desvantagem para os laboratórios nacionais. Estamos discutindo com o setor privado como regulamentar isso de uma forma que atenda a preocupação de não onerar as exportações e ao mesmo tempo a preocupação de manter a competitividade dos nosso laboratórios”, explica.

A princípio as avaliações das substâncias serão realizadas na União Européia (UE), mas o Brasil pretende capacitar e credenciar laboratórios nacionais para que os registros sejam feitos no Brasil. Outra medida que está sendo adotada é a instalação de um escritório brasileiro da Agência Brasileira de de Promoção e Exportações e Investimentos (Apex – Brasil) , em Bruxelas na Bélgica, para apoiar exportadores brasileiros em diversos setores da economia.

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Carta de responsabilidades ambientais é entregue à comissão do Senado

7 de Abril de 2009 - Da Agência Brasil - Brasília - Cuidar do Brasil e mobilizar a população brasileira para as mudanças ambientais globais são as principais responsabilidades dos jovens que participaram da 3ª Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente. Os cinco dias de debate e atividades resultaram numa carta entregue hoje (7) à Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal.

No documento, as crianças e adolescente se comprometem a defender o meio ambiente e, para isso, pedem ajuda ao poder público, aos movimentos sociais, às escolas e à comunidade. “Nós, jovens brasileiros, estamos unidos e contribuindo para cuidar do planeta. Esse é o nosso compromisso”.

Para a senadora Marina Silva (PT-AC), criadora da convenção, os jovens estão mostrando que se engajaram com seriedade na causa ambiental. “Isso é para nos constranger eticamente. Eles, com poucos poderes e com poucas ferramentas, são capazes de assumir compromissos tão ousados”, disse.

A consciência dos jovens sobre a preservação ambiental foi destacada pelo 1º vice-presidente do Senado, Marconi Perilo. “A carta de responsabilidade que recebemos hoje define bem o padrão de consciência crítica das crianças brasileiras em relação a nosso presente e ao nosso futuro”, afirmou.

O presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado Federal, senador Renato Casagrande (PSB-ES), disse que a cultura ambiental precisa mudar para uma maior participação da sociedade na defesa do meio ambiente. “É fundamental que nós possamos compreender que só é possível fazermos uma alteração na caminhada que nós estamos percorrendo no mundo, se nós tivermos o envolvimento da comunidade”, disse.

A carta entregue aos parlamentares também será lida nos plenários do Senado e da Câmara, além de divulgada nas comissões do Congresso. Segundo a presidente da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados, deputada Maria do Rosário (PT-RS), essa também é uma maneira de colocar as responsabilidades da carta em prática. “Nós entendemos a mensagem de vocês, e o que temos que fazer com os resultados da 3ª conferência é realmente colocá-los em prática”, afirmou.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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