CAPACITAÇÃO DE INTERLOCUTORES É REALIZADA
EM CATANDUVA E MONTE ALTO

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Abril de 2009

15/04/2009 - Com a finalidade de preparar agentes municipais para elaboração das propostas previstas nas dez diretivas do Projeto Município Verde, da Secretaria Estadual do Meio Ambiente – SMA, as cidades de Catanduva e Monte Alto sediaram, entre os dias 14 e 17.04, o curso “Capacitação de Interlocutores Municipais”, voltado para a recuperação e preservação da qualidade ambiental nos 627 municípios que aderiram ao programa.

Em Catanduva, região de São José do Rio Preto, foi realizada, de 14 a 16.04, a quinta das 16 edições programadas para o curso, onde 35 representantes dos municípios da região receberam treinamento onde foram abordadas questões sobre educação ambiental, ecoturismo, mata ciliar, lixo, uso da água, arborização urbana, esgoto tratado, conselho municipal, poluição do ar e habitação. As orientações, para os interlocutores, foram ministradas por técnicos da SMA e da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – CETESB.

Presente no segundo dia do evento, 15/04, o secretário de estado do Meio Ambiente, Xico Graziano, enfatizou o apoio e o comprometimento do governo estadual para a solução dos problemas ambientais dos municípios. “Queremos que os municípios façam a sua parte, ajudaremos quem quer ser ajudado”, afirmou. Além dos problemas com tratamento de esgoto e de vegetação, Graziano relatou a existência de quatro lixões na região de Catanduva cujas operações não serão mais permitidas até o término de 2009, e que o governo do Estado de São Paulo dispõe de recursos para ajudar os municípios interessados em regularizar essa situação.

O encontro, que aconteceu na Associação Comercial e Empresarial – ACE, contou com as presenças do prefeito de Catanduva, Afonso Macchione Neto, e de outros 32 prefeitos, 10 vice-prefeitos, 32 vereadores, além dos 35 interlocutores participantes do curso.

Para o engenheiro agrônomo Francisco Antonio Maruca, interlocutor do município de Cândido Rodrigues, o principal problema daquela localidade é com a mata ciliar. “Precisamos conscientizar os agricultores sobre a preservação das matas ciliares. Para isso estamos aqui buscando ajuda e parcerias, pois a agricultura em nosso município é familiar e os agricultores não possuem recursos para o plantio e outras aplicações. Exemplo disso foi à nota 47 recebida no ranking de avaliação ambiental do Município Verde, em 2008. Com certeza em 2009 vamos melhorar essa avaliação, por isso estamos aqui”, declarou.

No último dia do curso os representantes municipais elaboram os seus planos, relataram suas dificuldades e discutiram propostas de ações ambientais que serão encaminhados para SMA, até junho próximo, para que os técnicos do Projeto Município Verde analisem e pontuem cada diretiva apresentada. Em novembro, serão divulgadas as notas ambientais de 2009, conforme relatou José Walter Figueiredo, coordenador do Projeto.

Monte Alto

Em Monte Alto, local da 6ª edição do curso, que ocorreu de 15 a 17.04, coube ao secretário fazer a abertura do evento. Na oportunidade o Secretário ressaltou a gravidade dos problemas ambientais existentes no município e a ineficiência das administrações anteriores em solucioná-los, sobretudo na questão dos resíduos sólidos. Graziano reafirmou à prefeita de Monte Alto, Silvia Aparecida Meira, bem como aos demais 35 prefeitos e 33 vereadores da região, presentes no Anfiteatro Municipal, que a tolerância com os lixões é zero. Para ilustrar relatou que o primeiro município a ter o seu lixão interditado pela CETESB foi o de Araras, de onde é natural, além de outros 22 interditados.

Graziano relatou não se cansar de falar sobre o Projeto Município Verde e o papel participativo dos municípios e, de forma enfática, salientou que estará presente nos dez cursos que serão realizados para reafirmar o compromisso da SMA e do Governo do Estado com os municípios. Lembrou aos presentes que uma das principais bandeiras do ex-governador Franco Montoro era a descentralização. “É preciso fortalecer a nossa base e colocar o Brasil na posição que ele merece. Temos que pensar globalmente e agir localmente” - dizia Montoro.

Para Xico Graziano a solução dos problemas ambientais passa pelo investimento em educação. “Queremos que as crianças sejam nossos precursores e, nesse sentido, o projeto Criança Ecológica, da SMA, é um exemplo de investimento dedicado para aos nossos jovens”, afirmou, apresentando rapidamente os objetivos do projeto.

No encerramento da cerimônia o Secretário recebeu uma homenagem de Lucilei Malagogin, aprendiz da Escola de Educação da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE, da cidade de Monte Alto, que tem a reciclagem de papel como atividade profissionalizante e que segundo sua diretora, Simone Folador, conta com 220 aprendizes.

Reunião em Olímpia

No dia 15.04, às 19 horas, o secretário Graziano esteve, ainda, no município de Olímpia para uma reunião com o novo presidente eleito do Comitê da Bacia Hidrográfica dos Rios Turvo e Grande, o prefeito de Olímpia, Eugênio José Zuliani.

Durante o encontro, que contou com a presença de prefeitos e demais representantes da Bacia, que compreende 64 municípios, o secretário frisou que a região tem sido uma das mais atuantes do Estado e aproveitou para levar a mensagem do Governo. “O rio une, e os comitês são mais relevantes”, afirmou Xico. A Bacia Hidrográfica dos Rios Turvo e Grande compreende 64 municípios e seu presidente tem mandato de dois anos.
Texto: Roseli Ferreira Fotografia: José Jorge

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Assembléia aprova PL que confere novas atribuições ao CONSEMA

16/04/2009 - Prestes a completar 26 anos de existência, o que ocorrerá no próximo dia 26 de abril, o Conselho Estadual do Meio Ambiente – CONSEMA passa a ter as suas atribuições definidas em lei. Depois de tramitar em regime de urgência, a Assembléia Legislativa paulista aprovou, em 14.04, o Projeto de Lei 745/2008, encaminhado pelo governador do Estado, conferindo um novo papel, mais abrangente, ao órgão.

Para o secretário-executivo do CONSEMA, Germano Seara Filho, com a promulgação do novo dispositivo legal, ele deixa de ser um órgão meramente consultivo e torna-se deliberativo, com papel normativo e recursal, cumprindo o que previa a Constituição Estadual de 1989. “Isso constitui um grande avanço, pois, depois de 26 anos, o conselho se institucionaliza passando a ser regido por uma lei e não mais por um decreto”, diz.

Com o novo perfil, “passa a se dedicar ao macro sem descuidar do micro”, diz Seara, que há quase18 anos conduz com reconhecida habilidade a espinhosa função de dirigir as reuniões do conselho e as audiências públicas, onde interesses diversos convergem, ganhando às vezes feições de verdadeiras batalhas campais. As dificuldades não deverão se dissipar com a lei, mas o CONSEMA deixará de apreciar todos os Estudos de Impacto Ambiental-Relatórios de Impacto sobre o Meio Ambiente. Os EIAs-RIMAs só virão ao Consema em casos especiais, quando solicitado pelo secretário do Meio Ambiente ou por deliberação do plenário a requerimento de um quarto de seus membros.

Outra novidade será o funcionamento descentralizado do conselho, pois algumas atribuições serão delegadas a câmaras regionais, órgãos colegiados consultivos encarregados da discussão e da elaboração de normas e de políticas ambientais de suas respectivas áreas territoriais de competência, a serem criadas no âmbito das Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos – UGRHIs, por proposta do secretário estadual do Meio Ambiente e presidente do CONSEMA, Xico Graziano.

Assim, o conselho poderá dedicar-se à discussão das grandes políticas públicas de meio ambiente, estabelecer normas relativas para avaliação, controle, manutenção, recuperação e melhoria da qualidade ambiental, entre outras competências. Caberá ainda ao conselho, opinar sobre a instituição de espaços especialmente protegidos, zoneamentos ecologicoeconômicos e planos de manejo de unidades de conservação. Na qualidade de órgão recursal e em instância administrativa, deverá ainda deliberar sobre recursos que lhe forem interpostos.

A lei não altera a composição do conselho, mantendo os 36 conselheiros, sendo dezoito governamentais e dezoito não-governamentais, entre os quais, seis eleitos por entidades ambientalistas, cujos mandatos serão de dois anos.

O projeto de lei aprovado pela Assembléia Legislativa deverá passar agora pela sanção do governador do Estado, seguindo para regulamentação no prazo de 90 dias. Desta maneira, abre-se um novo período na história do CONSEMA, criado pelo Decreto nº 20.903, de 26 de abril de 1983, pelo então governador Franco Montoro, em uma época de grande efervescência política em que a sociedade lutava por uma maior participação nas grandes decisões sobre os destinos do país.

Integrando o Sistema Estadual de Administração da Qualidade Ambiental, Proteção, Controle e Desenvolvimento do Meio Ambiente e Uso Adequado dos Recursos Naturais - SEAQUA, o CONSEMA desempenhou um importante papel na consolidação da democracia e na defesa do meio ambiente, tendo sua responsabilidade, agora, chancelada e aumentada com a nova legislação.
Texto: Newton Miura

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente de São Paulo
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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