TRATOR DO AGRONEGÓCIO TENTA, MAS NÃO
CONSEGUE ATROPELAR O SENADO

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Abril de 2009

30 de Abril de 2009 São Paulo (SP), Brasil — Fracassou a empreitada da senadora Kátia Abreu (DEM-TO) de organizar uma audiência pública entre todas as comissões do senado para convencer os senadores da necessidade de destruir as legislações ambientais em prol do agronegócio, por meio da revisão do Código Florestal. A senadora, que é também presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), levou a debate, hoje, o estudo de um pesquisador da Embrapa que conclui que, por conta das áreas ambientais protegidas, o Brasil tem menos de 30% de terras disponíveis para a produção agropecuária.

O relatório "O Alcance da Legislação Ambiental Territorial" é de autoria de Evaristo de Miranda, chefe da Embrapa Monitoramento de Satélite. Apesar do cargo, Miranda não respondeu a senadora Marina Silva (PT-AC) que perguntou se ele estava falando pela Embrapa, gerando dúvidas se a instituição reconhece a pesquisa, cheia de erros conceituais e metodológicos. Técnicos da Embrapa afirmaram na imprensa que o estudo é falso.

Antonio Herman Benjamin, ministro do Superior Tribunal de Justiça jogou uma pá de cal na reputação de Miranda. Ele esclareceu à platéia que Miranda é também autor de um estudo encomendado pela indústria canavieira que conclui que Ribeirão Preto,município conhecida pela poluição atmosférica causada pela queima da cana, tem a mesma qualidade de ar que Atibaia, considerada pela Unesco a cidade com melhor clima do mundo.

“Esse estudo não tem base científica alguma. Era só um objeto de cena que Kátia Abreu incorporou no espetáculo montado”, disse Sérgio Leitão, diretor de campanhas. Para compor a platéia do seu espetáculo, Kátia Abreu levou ao senado, representantes de 27 federações do setor agropecuário. “O tiro saiu pela culatra. Ficou bem claro que a verdadeira intenção por trás desse relatório é acabar com a legislação ambiental. A farsa foi desmontada”, afirmou.

No dia anterior, em outra audiência, também organizada por Kátia Abreu o que esteve em discussão foi a Medida Provisória 458, conhecida como MP da Grilagem. Na ocasião, a senadora defendeu a regularização fundiária na Amazônia. Para o Greenpeace, a proposta da senadora nada mais é do que uma anistia aos erros do passado e um estímulo para que eles se repitam no futuro.

“O problema dos representantes do agronegócio é que eles se comportam como crianças mimadas. Recebem incentivos, anistias, financiamentos, mas estão sempre querendo mais. Com a MP 458, eles querem avançar nas áreas de conservação e acabar com a legislação ambiental”, diz Leitão.

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28 de Abril de 2009 Ativistas do Greenpeace penduraram banner durante o Fórum das Grandes Economias sobre a Energia e o Clima, pedindo aos 17 países que mais emitem gases do efeito estufa um acordo climático justo e sólido, se quisermos salvar o planeta.

Washington, EUA — Maiores emissores de gases de efeito estufa do mundo perdem a chance de salvar o clima do planeta mais uma vez. Fórum das Grandes Economias do Mundo sobre a Energia e o Clima, promovido pelo presidente Obama em Washington terminou hoje com muita retórica, mas sem ações concretas.

Para o Greenpeace, o encontro que reuniu as 17 nações mais poluentes do mundo para discutir o futuro da política climática do planeta foi uma perda de tempo. Embora não esteja formalmente ligado às negociações da ONU sobre o clima, o Fórum era considerado pela administração Obama como um meio de acelerar e facilitar o processo de elaboração do documento que sucederá o Protocolo de Quioto. Esse novo acordo deverá ser finalizado no final deste ano em Copenhagen, na Dinamarca.

“A falta de liderança das maiores economias, sejam elas dos países desenvolvidos ou em desenvolvimento colocam em risco a nossa capacidade de responder aos desafios das mudanças climática e atender as expectativas daqueles que já vivem seus impactos. Temos apenas alguns meses até a reunião de Copenhagen, os líderes mundiais da Europa, Estados Unidos, Brasil China e Índia têm que passar do discurso para a ação”, afirma Marcelo Furtado, diretor executivo do Greenpeace.

Nessa discussão, cabe ao Brasil: zerar o desmatamento até 2015, aumentar o percentual de geração de energia por fontes renováveis e proteger os oceanos por meio da criação áreas marinhas protegidas. O Brasil precisa agir com coerência. “Não adianta anunciar um plano de mundanças climáticas e impressionar a comunidade internacional, com a promessa de salvar a Floresta Amazônica e, logo depois, aprovar a construção da rodovia BR 319, na Amazônia, ou atender ao pleito de ruralistas radicias apoiando a mudança do código florestal”, completa Furtado.

Ontem (27/4), primeiro dia da reunião, ativistas do Greenpeace penduraram banner pressionando os 17 países participantes a fecharem um acordo climático justo e sólido, se quisermos salvar o planeta.

 
 

Fonte: Greenpeace-Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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