ALUNOS DA UnB DEFENDEM TESES EM INDIGENISMO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2009

15 de maio de 2009 - Alunos dos Cursos de Extensão e de Especialização em Indigenismo e Desenvolvimento Sustentável, do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília (CDS/UnB) defendem, desde o dia 13 de maio, suas teses de conclusão de curso, no auditório da sede da Funai, em Brasília. Os 20 alunos do curso de Extensão defendem suas teses, nesta sexta-feira (15), e os aprovados obtém o título de pós-graduação em Indigenismo e Desenvolvimento Sustentável. A banca examinadora, como em qualquer outro curso, é composta de dois professores mais o orientador. Entre os alunos, indígenas e dez servidores da Funai, que recebem apoio e incentivo desde o início dos cursos, em março de 2008.

Na quarta-feira (13), foram apresentados as defesas do curso de Especialização, e indígenas participaram tanto defendendo teses como da banca examinadora. Ao todo serão 35 formados com Especialização em Indigenismo e Desenvolvimento Sustentável.

O curso teve duração de 14 meses, sendo 20% presencial e 80% on-line, por meio de uma plataforma de ensino virtual, em que os alunos fazem provas pela internet e participam de salas de conversação com os professores. Nesse período os alunos vieram, de todo o Brasil, participar dos módulos das disciplinas.

De acordo com a coordenadora-assistente dos Cursos de Especialização e de Extensão em Indigenismo e Desenvolvimento Sustentável do CDS/UnB, Renata Oliveira Costa, durante o curso as disciplinas normais foram complementadas com palestras que abordavam, por exemplo, saúde indígena e educação, tudo de acordo com as demandas e necessidades dos alunos. “Vários indigenistas, que fizeram ou fazem parte da Funai, contaram suas experiências com o indigenismo, entre eles, Fernando Schiavini (Funai de Araguaína), José Carlos Meirelles (Frente Etnoambiental do Rio Envira), Cláudio Romero (Funai Brasília) e Sidney Possuelo (ex-presidente da Funai)”, destacou Costa.

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Servidores da Funai projetam mais cidadania para Povos Indígenas

11 de maio de 2009 - Administradores regionais, chefes de serviço de assistência e de núcleos das Unidades Regionais da Funai levam às suas regiões a missão de promover mais cidadania nas comunidades indígenas, com o acesso aos programas do governo federal nas áreas de promoção e proteção social. O desafio é resultado da I Oficina de Planejamento de Promoção e Proteção Social para os Povos Indígenas realizada no período de 4 a 8 de maio, no Hotel Fazenda Cabanas dos Pirineus na cidade de Cocalzinho.(GO). O evento reuniu 120 técnicos pertencentes as 53 unidades regionais do órgão indigenista.

A acessibilidade aos direitos sociais vinculada à emissão do registro civil de nascimento foi um tema debatido exaustivamente por técnicos, em grupos de trabalho por região, para definir os fatores facilitadores e as dificuldades para efetivar a cidadania dos povos indígenas. As propostas finais foram apresentadas de acordo com as especificidades regionais.

Na região sul e nordeste, uma dos entraves apresentados foi que a maioria dos indígenas não aceitam o registro civil com medo de perder a identidade cultural e seus direitos. Muitos deles não possuem o RANI- Registro Administrativo de Nascimento Indígena, expedido pela Funai. O RANI é considerado pelos indígenas como documento oficial que confirma a identidade indígena, mas algumas instituições não o reconhecem como documento.

O grupo da Amazônia Legal apresentou fatores que podem facilitar a emissão do registro civil de nascimento, como o acompanhamento da declaração de nascidos vivos expedida pela Funasa, sensibilização dos cartórios para atendimento aos indígenas, entre outros. As dificuldades ficam por conta das grandes distâncias, recursos insuficientes para transporte e alimentação e a ausência de juiz na região.

Os participantes reconheceram a necessidade de parcerias e do enfrentamento de uma série de obstáculos, inclusive geográficos, para que os povos indígenas tenham acesso não só ao registro civil, mas também à documentação básica, para que sejam realmente cidadãos de direitos. A vontade política expressa nas falas dos representantes dos Ministérios da Previdência, do Desenvolvimento Social e Combate a Fome, Cidades, Saúde e Secretaria Especial de Políticas das Mulheres, que participaram do evento, motivou alguns técnicos. Ivanildo Viana Rocha, chefe do serviço de assistência da Administração Regional de Itaituba (PA), disse que a definição do Governo Federal por uma gestão eficiente e compartilhada só pode acontecer de forma articulada com as demais instituições. “Hoje não se consegue desenvolver um bom trabalho sem parceiros, só assim teremos realmente uma gestão eficiente e os beneficiários serão os povos indígenas”, destacou Viana.

Na avaliação geral dos servidores a oficina foi positiva ao dar oportunidade para desabafos e reflexões. Pedro de Paula Ramos Adminsitrador Regional de Parintins(AM), se considera um sobrevivente da repressão, da época em que a Funai era dirigida por coronéis: “posso falar da Funai de antes e de hoje. A de hoje proporciona esse intercâmbio entre a adminsitração central e as regionais e ouve o movimento indígena, como indigenista me sinto feliz ao ver que os tempos mudaram”.

Para Eriverto Vargas ou Beto Marubo, Coordenador de Assistencia da Adminsitração Regional de Atralaia do Norte (AM), a presença de indígenas no evento, como técnicos ou em cargos de Direção e Assessoramento Superior mostra que se vive um momento de consolidação do órgão, que para ele, como indígena, é uma esperança.“A Funai é a única instituição de governo, nas três esferas de Governo que ainda tem respaldo das cinco etnias que habitam a região do Vale do Javari,”enfatizou.

Benedito Fernandes Machado Tukano, Adminsitrador de São Gabriel da Cachoeira (AM), vê a proteção e promoção social não apenas como programa, mas como uma forma digna de tratar os povos indígenas, onde não cabe mais a palavra tutelado. “Para nós indígenas do norte a palavra tutelado estava entravada na nossa garganta, agora temos a promoção e proteção social, isso nós dá mais cidadania, mais democracia.” Benedito destacou ainda o atendimento, conforme as especificidades de cada povo e de acordo com o envolvimento na sociedade nacional.

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Indígenas da Bahia são beneficiados por Cooperação Técnica

11 de maio de 2009 - O Governo do Estado da Bahia, visando implementar ações de educação, saúde, meio ambiente, cultura e fomento ao etnodesenvolvimento, firmou Termo de Cooperação Técnica com a Funai, sem previsão de transferência de recursos financeiros entre os entes. A proposta ratificada em abril/09 pelo governador Jaques Wagner e pelo presidente da Funai, Márcio Meira, terá vigência de cinco anos. A parceria veio se estabelecendo a partir do Encontro dos 14 Povos da Bahia – E14, realizado no município de Rodelas, em outubro/08.

Na mesma ocasião, o governador assinou 14 convênios com associações indígenas de diferentes etnias, para promoção de ações de geração de emprego e renda, melhorias na habitação, saúde, educação e infraestrutura. A iniciativa integra o Plano de Ação para Comunidades Indígenas, que prevê investimentos acima de R$ 2 milhões do orçamento estadual. Os recursos irão viabilizar a implantação de casas de farinha, projetos de mecanização agrícola, irrigação comunitária, despolpadeira de frutas, sistema de abastecimento de água, motor para barcos e barragem, galpão para artesanato, ovinocultura e aquisição de conjunto de equipamentos para a pesca. A prioridade para execução dos projetos foi definida em três encontros regionais com as comunidades.

Os convênios beneficiam mais de duas mil famílias indígenas das etnias Tupinambá, Pataxó, Pataxó/Hã-Hã-Hãe, Xucuru-Kariri, Pankararé, Kantaruré, Kaimbé, Tuxá, Kiriri, Atikum, Tumbalalá e Pankararu. O Plano de Ação do Governo da Bahia contempla 32 projetos comunitários, beneficiando os municípios de Banzaê, Buerarema, Euclides da Cunha, Glória, Ibotirama, Ilhéus, Itamaraju, Muquém do São Francisco, Porto Seguro, Prado Rodelas, Santa Cruz Cabrália, Una, Serra do Ramalho, Belmonte, Itapebi, Paulo Afonso, Prado, Pau Brasil, Itaju do Colônia e Curaçá.

 
 

Fonte: Funai – Fundação Nacional do Índio
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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