ASSENTADOS TROCAM INDENIZAÇÃO AMBIENTAL POR AJUSTE DE CONDUTA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2009

07/05/2009 - Trabalhadores do assentamento Novo Santo Inácio/Ranchinho, em Campo Florido (MG), e o Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPE/MG) assinaram, no final de abril, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que estabelece parâmetros para preservação de áreas protegidas. O Termo é considerado inédito pelo MPE/MG ao impor medidas que visem a regularização ambiental do assentamento e evitem multas, indenizações e processos criminais.

No dia 29 de abril, a 1ª. Promotoria de Justiça de Uberaba (MG) realizou no local o “Dia Especial de Preservação do Meio Ambiente no Assentamento”. Entre palestras sobre a preservação ambiental, foram assinados os Termos - um para cada uma das 115 famílias assentadas na área. Parte dessas famílias teve processos criminais arquivados e indenizações suspensas pelo MPE/MG, mas ficam responsáveis por cumprir a legislação ambiental com rigor.

O promotor Carlos Alberto Varela, responsável pelos Termos, diz que foi procurado pelos assentados e, ao perceber o desconhecimento da lei ambiental por parte deles, tomou a iniciativa. Segundo ele, essa é a forma mais ágil e menos danosa de resolver o problema. “O TAC é a solução mais adequada para a situação por causa da rapidez”, explica. O promotor espera ainda que a medida pioneira, considerada democrática por ele, possa ser adotada pelo Ministério Público em outros assentamentos do Brasil.

Para o presidente da associação dos assentados de Novo Santo Inácio, José Messias, a solução foi importante para o entendimento da legislação e para evitar multas. “Estamos na terra há 15 anos e temos muito zelo por ela. Mas só agora, com o conhecimento das legislações ambientais, é que podemos ter tranquilidade para cuidar do meio ambiente”, explica. Messias afirma ainda que o TAC será obedecido à risca e que os próprios assentados ajudarão a fiscalizar o cumprimento mutuamente.

Entre as 300 pessoas que compareceram ao evento, estiveram presentes representantes da superintendência do Incra, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater), do Instituto Estadual de Florestas (IEF) e da Prefeitura de Campo Florido, além da 1ª. Promotoria de Uberaba.

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Eventos marcam comemoração do Dia Nacional da Caatinga

29/04/2009 - Afinar e discutir temas, como mudanças climáticas, desertificação no Semiárido e suas implicações na agricultura. Esse é o objetivo do Workshop Mudanças Climáticas e Agricultura do Semiárido, que acontece durante toda esta quarta-feira (29), em comemoração do Dia Nacional da Caatinga. O evento, realizado no auditório Alberto Passos Guimarães, do Incra/Sede, localizado no Setor Bancário Norte, em Brasília, é fruto da parceria entre a Secretaria da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SAF/MDA) e a Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente (SEDR/MMA).

O envolvimento do MDA nesse debate se dá em função da temática estar relacionada diretamente com programas e políticas públicas executados pelo Ministério, que buscam atender, de forma sustentável, às especificidades dos diferentes biomas brasileiros, tomando como referência recursos e características locais. Exemplos disso são ações como o Programa de Garantia de Preços da Agricultura Familiar (PGPAF), que cobre alguns produtos da sociobiodiversidade, e os Programas de Sementes Crioulas e Garantia-Safra, que visam fortalecer o processo de convivência dos agricultores com as características do Semiárido Brasileiro.

Audiência Pública

A comemoração do Dia Nacional da Caatinga foi marcada também pela realização de uma Audiência Pública da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (28). O secretário de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Adoniram Sanches Peraci, foi um dos expositores na audiência, intitulada Caatinga - Bioma Exclusivamente Nacional.

Segundo Peraci, buscar a formulação de políticas públicas que atendam às especificidades dos diferentes biomas brasileiros, e o que isso representa na vida dos agricultores familiares que neles vivem, é uma das preocupações do MDA.

Para tanto, é importante, entre outras iniciativas, fortalecer o Serviço de Extensão Rural no País, como ator estratégico no apoio à implementação dessas políticas. Segundo o secretário, os agentes de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) contribuem em grande medida no sentido de atender aos agricultores familiares de forma adequada à realidade de cada estado.

Para alcançar esse objetivo, afirma Peraci, a reestruturação da extensão rural brasileira está em forte marcha. “O Pacto Federativo, que envolve estados do Norte e Nordeste, assinado recentemente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é um dos grandes avanços nesta direção”, afirma o secretário.

A Audiência Pública, proposta a partir do requerimento do deputado federal Edson Duarte, contou também com a presença da ministra interina do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, do presidente da Câmara, Michel Temer, do presidente da Comissão do Meio Ambiente da Câmara, deputado Roberto Rocha, da secretária de Biodiversidade e Florestas, Maria Cecília Wey de Brito, e do secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável, Egon Krakhecke, além de parlamentares e secretários de Meio Ambiente nordestinos, de representantes da sociedade civil e de entidades acadêmicas.

Produtos da sociobiodiversidade

São bens e serviços (produtos finais, matérias primas ou benefícios) gerados a partir de recursos da biodiversidade, voltados à formação de cadeias produtivas de interesse dos povos e comunidades tradicionais e de agricultores familiares, que promovam a manutenção e valorização de suas práticas e saberes, e assegurem os direitos decorrentes, gerando renda e promovendo a melhoria de sua qualidade de vida e do ambiente em que vivem.

 
 

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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