AVES CONSIDERADAS EXTINTAS SÃO ENCONTRADAS EM RESERVA BIOLÓGICA NO ESPÍRITO SANTO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2009

Márcia Néri - Brasília (08/05/2009) - Analistas ambientais da Reserva Biológica (Rebio) Augusto Ruschi, na região centro-serrana do Espírito Santo, não escondem a expectativa diante de um monitoramento das aves que vem sendo feito há seis meses na unidade. Espécies silvestres consideradas raras, ameaçadas e até consideradas extintas no Estado foram detectadas pelos pesquisadores, que trabalham em pequenas bases em meio à porção remanescente da Mata Atlântica, bioma característico do local. A Rebio é administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

A pesquisa de campo é feita com o auxílio de pontos de escuta em áreas predeterminadas ao longo das trilhas no interior da floresta. Segundo o engenheiro florestal e analista da Rebio, Tomaz de Novaes, o registro das aves requer um trabalho cuidadoso e exaustivo. “É uma rotina de observação. Usamos equipamentos, como gravadores, microfones unidirecionais, câmeras fotográficas, binóculos, lunetas e até réguas para identificar e estudar os pássaros avistados na reserva. Também capturamos e analisamos aves com hábitos noturnos, que são soltos após verificarmos suas medidas e características. Não é uma tarefa simples, mas nossas expectativas são as melhores possíveis diante do que já observamos”, revela.

O pesquisador explica que, além das análises de ocorrência das espécies da avifauna, o monitoramento será um instrumento importante para a Rebio Augusto Ruschi. “Também queremos pesquisar as mudanças nas populações, sazonalidades, deslocamentos e migrações. Estamos muito animados porque, com essa pesquisa, será possível obter informações sobre a qualidade ambiental da reserva”, acrescenta.

O analista ambiental e chefe da reserva, Eduardo Mignone, lembra que a presença dos aves ameaçadas de extinção indica que a área é de grande importância ecológica para a conservação e estratégia de sobrevivência dessas populações. “É, também, um sinal que o ecossistema mantido pela unidade de conservação encontra-se em bom estado e tem cumprido o seu papel”, diz.

Entre as espécies avistadas pelo grupo do monitoramento destacam-se aves de rapina, grupo que cientificamente está no topo da cadeia alimentar. Isso indica a boa qualidade ambiental da região. “Já encontramos o gavião-pombo-grande (Leucopternis polionota), o gavião-pega-macaco (Spizaetus tyrannus), o gavião-de-penacho (Spizaetus ornatus) e o gavião-real (Harpia harpyja)”, adianta Tomaz. “A Rebio Augusto Ruschi tem em seu entorno diversos fragmentos florestais, alguns deles em conectividade, e isso certamente contribui para a manutenção dessas aves também”, conta Eduardo.

Os monitores também registraram a presença da papa-lagarta-de-Euler (Coccyzus euleri). “Essa ave jamais foi vista por aqui. Trata-se de um registro inédito para a região de Santa Teresa, município no qual a Rebio está inserida”, acrescenta Tomaz. Os resultados parciais do Monitoramento da Avifauna da Reserva Biológica Augusto Ruschi serão apresentados no próximo Congresso Brasileiro de Ornitologia, que será realizado em julho deste ano em Aracruz, também no Espírito Santo.

A Rebio Augusto Ruschi foi criada para proteger espécies endêmicas, raras, vulneráveis ou ameaçadas de extinção, além de fomentar a pesquisa científica. A unidade fica no município de Santa Teresa e é fundamental para a proteção das bacias dos rios Reis Magos, Doce e Piraque-açu. Seu nome é uma homenagem ao ambientalista que na década de 1940 realizou um amplo levantamento da fauna e flora do Espírito Santo. O pesquisador sugeriu a proteção da área por conta da aceleração do desmatamento e a consequente degradação ambiental, resultado da substituição da vegetação nativa por culturas de café.
Ascom ICMBio

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Parque da Serra do Itajaí faz operação para coibir caça

Priscila Galvão - Brasília (08/04/09) – O Parque Nacional (Parna) da Serra do Itajaí, em Santa Catarina, realiza, parceria com a Polícia Militar de Blumenau, uma grande operação para coibir a caça no interior e zona de amortecimento da Unidade de Conservação (UC).

No dia 1º de maio foi aberta a temporada de caça na região, prática criminosa e ilegal que ao longo dos anos tem causado perdas na diversidade da fauna e a extinção de diversas espécies na região, como a anta e a onça-pintada.

Este ano, o Parna da Serra do Itajaí fará a fiscalização e controle das áreas mais afetadas e já identificadas como de interesse e uso dos caçadores. Em 2008, foram detidas mais de 14 pessoas, apreendidas mais de 21 armas de fogo e destruídos mais de 50 acampamentos.

O trabalho é um marco na defesa do meio ambiente da região e o início da recuperação de espécies importantes para a diversidade e perpetuação da Mata Atlântica catarinense. Essa é a primeira operação deste ano. Equipes continuarão a percorrer a área até o fim da “temporada” em agosto.
Ascom/ICMBio

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Navio é multado em R$ 5 milhões por derramamento de óleo em Rebio no Pará

Brasília (07/05/2009) – A Marinha do Brasil acaba de divulgar o Laudo Técnico Ambiental nº 17/2009, elaborado pela Gerência Ambiental da Diretoria de Portos e Costas do Pará, que conclui que o navio Recife, da empresa Norsul, foi o responsável pelo derramamento de óleo nas águas do Rio Trombetas, fato ocorrido em 28 de setembro do ano passado e classificado como “dano ambiental grave”.

Com base no laudo, o chefe da Reserva Biológica (Rebio) do Rio Trombetas, Carlos Augusto de Alencar Pinheiro, aplicou multa de R$ 5 milhões à empresa dona do navio. Ela pode recorrer. A Procuradoria da República Federal no Município da Santarém (PA) acompanha o caso.

Na época, o capitão do navio Norsul Recife não assumiu a autoria do derramamento e a Capitania dos Portos foi chamada para realizar uma perícia técnica.

O derramamento, causado por um falha operacional do navio, formou uma mancha flutuante com seis quilômetros de extensão e dez metros de largura aproximadamente e depositou óleo nos barrancos e vegetação da margem direita, no interior da Rebio do Rio Trombetas.

Apesar de ter sido evitada uma grande contaminação do rio e das matas inundadas, a integridade dos ecossistemas da Rebio e da Flona foi seriamente ameaçada. As medidas de emergência e mitigação tomadas na época impediram maiores danos ambientais.
Ascom/ICMBio
Flona Saracá-Taquera e Rebio Rio Trombetas

 
 

ICMBio - Instituto Chico Mendes
Ascom

 
 
 
 

 

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