MINISTRO FAZ ALERTA PARA OFENSIVA CONTRA LEIS AMBIENTAIS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2009

04/05/2009 - Lucia Leão - O ministro Carlos Minc fez um alerta, nesta segunda-feira (4), em palestra durante o 1º Seminário Internacional de Direito Ambiental, realizado pela OAB-DF, para os riscos de retrocesso na legislação ambiental caso prevaleçam, no Congresso, as correntes de opinião que defendem posições como a flexibilização do Código Florestal e a criação do instituto do "decurso de prazo" para a concessão de licenciamento ambiental para obras de rodovias. Essas propostas, para Minc, representam a reação de setores da sociedade que estavam acostumados à impunidade e se sentiram acuados desde a assinatura, em julho do ano passado, do Decreto de Regulamentação da Lei de Crimes Ambientais.

"Há uma ofensiva muito grande no Congresso e, curiosamente, uma das razões que desencadeou essa ofensiva foi o decreto de regulamentação dos crimes ambientais. Até então, como ninguém cumpria o Código e outras leis ambientais, também não se ligava muito. Quando foram criados os mecanismos e se tomou a decisão de exigir o cumprimento da lei as reações começaram".

A advertência do Ministro foi feita para uma platéia de mais de uma centena de advogados e juristas, a quem Minc pediu apoio dentro do Poder Judiciário para garantir o que chama "cumpra-se" da legislação ambiental, sem o que será impossível mudar comportamentos históricos. A mesma impunidade, por exemplo, que resultou no assassinato de Chico Mendes, há 20 anos, inspirou os atos de vandalismo contra os funcionários e a estrutura física do Ibama, em novembro do ano passado.

Minc destacou dois itens do decreto de regulamentação que estão facilitando a fiscalização e a punição dos crimes ambientais: a redução do número e prazos de recursos e o instituto do "perdimento", que permite a apreensão e leilão do produto de crimes ambientais, como já foi feito com gado, soja e madeira encontrados pelo Ibama em áreas de desmatamento ilegal. Outra iniciativa do governo para agilizar as ações de fiscalização e a punição dos crimes ambientais foi a criação, em abril, da Comissão Interministerial de Combate aos Crimes e Infrações Ambientais e a autorização para o Ministro do Meio Ambiente convocar a Força Nacional.

"Quando nós demonstramos que as leis são para serem cumpridas, eles querem mudar a lei. A sociedade brasileira tem que estar atenta. As leis podem mudar e serem aperfeiçoadas. Mas também podem regredir", advertiu o Ministro.

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MMA reforça investimentos em parques para melhorar fiscalização e turismo

04/05/2009 - O Ministério do Meio Ambiente e o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade entregaram nesta segunda-feira (4) o primeiro dos 77 veículos que serão destinados este ano a 47 unidades de conservação e Centros de Pesquisa em todo o Brasil. O Parque Nacional das Emas, no sudeste de Goiás, é a primeira UC a receber uma das novas viaturas, que serão usadas prioritariamente na fiscalização e manejo de seus 132 mil hectares.

A aquisição representa um investimento de R$ 6 milhões. Os recursos são do ICMBio, dos ministérios do Meio Ambiente e do Turismo e do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio). As caminhonetes foram compradas no final de 2008 e a expectativa é que em 10 dias todos os carros sejam entregues.

A aquisição visa, ainda, aparelhar as UCs para incrementar o turismo ecológico no País. Para Minc, o Brasil tem potencial para ampliar o número de visitantes nas unidades de conservação. Ele lembrou que os parques nacionais brasileiros recebem 10% do total de visitantes dos parques norte- americanos. "É preciso difundir a idéia do bom uso das unidades de conservação, com pesquisas científicas, ecoturismo e lazer sustentável", destacou.

O ministro Carlos Minc lembrou que uma das metas do MMA é reforçar o combate aos crimes ambientais e ao uso irregular das áreas de proteção sob a administração do Instituto Chico Mendes. ICMBio é responsável por 300 UCs, que representam um total de 80 milhões de hectares. Segundo Minc, os veículos serão instrumentos de trabalho nas unidades de conservação para proteção das florestas e animais, impedindo que a área se transforme em parque da soja e do bois piratas.

Além das UC, os veículos também serão encaminhados a 11 Coordenações Regionais do ICMBio, ao Centro Nacional de Pesquisas para a Conservação dos Predadores Naturais, ao Centro Nacional de Orquídeas, Plantas Ornamentais, Medicinais e Aromáticas e o Centro de Pesquisa de Répteis e Anfíbios.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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