MMA REALIZA PESQUISA PARA AVALIAR RESULTADO DA AGENDA 21 NOS MUNICÍPIOS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2009

14/05/2009 - Carlos Américo - O Ministério do Meio Ambiente vai realizar uma pesquisa com todos os processos de Agendas 21 Locais no Brasil para identificar e avaliar os resultados alcançados pela implementação do plano no território nacional. A pesquisa será realizada por meio de questionários, que serão distribuídos ainda no mês de maio. A expectativa é receber todas as respostas dos questionários em até três meses.

Os questionários serão encaminhados por e-mail aos fóruns de Agendas 21 nos municípios e disponibilizados no site www.mma.gov.br/agenda21. Os dados serão analisados para verificar quais os impactos gerados pelas Agendas 21 Locais em cerca de 1600 municípios. A idéia é destacar as boas práticas visando disseminá-las para outros processos.

Antes de fazer a pesquisa nacional, o Ministério do Meio Ambiente testou o alcance e a eficácia do questionário para a identificação das ações implementadas. O analista ambiental Igor Fonseca efetuou testes piloto de aplicação do questionário, com o objetivo de identificar se as questões incluídas no instrumento são adequadas para captar a diversidade dos resultados das Agendas 21 Locais em todo o Brasil e capazes de gerar os dados esperados.

O trabalho foi realizado, em abril, nos municípios de Alta Floresta, Marcelândia e Sorriso, em Mato Grosso.
Dentre os resultados identificados como implementação de ações da Agenda 21 em Marcelândia, por exemplo, está a redução de 96% do índice de queimadas em relação ao ano de 2006, a elaboração de uma proposta de Zoneamento Ecológico-Econômico municipal e a criação de Unidades de Conservação. No município de Alta Floresta está sendo executado um grande trabalho de recuperação de áreas degradadas na bacia Mariana, além de avanços nas políticas voltadas à questão dos resíduos sólidos e hospitalares.

O Ministério do Meio Ambiente sugere que o questionário seja respondido em reunião do Fórum da Agenda 21 Local, com a participação de todos os membros que trabalham na implementação das ações da Agenda 21 nos municípios. O foco da avaliação é a identificação dos resultados alcançados.

Esses dados resultarão inicialmente em dois produtos que ajudarão a Agenda 21 avançar no Brasil. O primeiro é um livro - previamente intitulado de "Experiências de Agendas 21 Locais no Brasil" - registrando os processos de Agenda 21 bem-sucedidos. Na publicação também estará incluída uma pesquisa quantitativa de ações implementadas, separadas por temas. O segundo produto será um vídeo registrando cinco experiências de Agendas 21, com o intuito de compartilhar as boas práticas para incentivar novas ações nos municípios.

Agenda 21 - A Agenda 21 é um plano de ação para ser adotado global, nacional e localmente, por organizações do sistema das Nações Unidas, governos e pela sociedade
civil, em todas as áreas em que a ação humana causa impacto no meio ambiente. A Agenda 21 foi ratificada por 179 países durante a maior conferência internacional sobre o tema meio ambiente e desenvolvimento, a Rio 92, e constitui-se na mais abrangente tentativa já realizada de orientar para um novo padrão de desenvolvimento para o século XXI, cujo alicerce é a sinergia da sustentabilidade ambiental, social e econômica, perpassando em todas as suas ações propostas.

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MMA debate pauta ambiental dos trabalhadores rurais

14/05/2009 - Suelene Gusmão - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, ouviu nesta quinta-feira (14) de representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) que, atualmente, uma das maiores angústias no campo tem relação com a criminalização ambiental do agricultor familiar. Os trabalhadores na agricultura solicitaram ao ministro "um olhar diferenciado", justificando que não será possível sobreviver caso a legislação trate da mesma forma o agricultor e o agricultor familiar.

Na reunião ocorrida no MMA estiveram também presentes representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e os deputados federais Ancelmo Jesus (PT/RO) e Assis Couto (PT/PR).

Como exemplo, foi citada a questão da recomposição da reserva legal que, segundo Alessandra de Jesus, vice-presidente da Contag, pesa muito para os agricultores familiares com uma pequena propriedade. "Ao não cumprir a legislação neste aspecto, o agricultor familiar é criminalizado e fica, por exemplo, sem ter acesso a crédito", explicou Alessandra.

O Ministério do Meio Ambiente foi o primeiro órgão do governo a iniciar o debate da pauta de reivindicações com a Contag. O documento com as solicitações da entidade ao governo federal foi entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 29 de abril e representa a bandeira de luta dos trabalhadores na agricultura. A lista completa das reivindicações será apresentada durante a realização do Grito da Terra, marcado para ocorrer entre os dias 25 e 29 de maio em Brasília.

Os representantes da Contag também entregaram ao ministro um documento com as propostas da entidade para a revisão do Código Florestal. Elas são um consenso resultante de três anos de debate realizados em vários estados, segundo informou a vice-presidente da Contag. A secretária-executiva do MMA, Izabella Teixeira, marcou para segunda-feira (18) uma reunião com representantes da entidade para iniciar o debate sobre a questão.

O ministro do Meio Ambiente declarou-se favorável à maioria das reivindicações apresentadas pela Contag e disse que neste momento de grande ofensiva conservadora, com avanço do agronegócio, a posição do MMA é a de estreitar relações com a Contag e com os deputados que defendem a agricultura familiar. "Vamos privilegiar estas alianças", declarou o ministro.

Com relação à recomposição da reserva legal, o ministro explicou aos presentes que o MMA é favorável a somar as áreas correspondentes à reserva legal e às Áreas de Preservação Permanente (APPs). Segundo ele, no entanto, a questão precisa ser tratada por biomas. Quanto à recuperação das encostas de morros, o ministro disse que o ministério apóia desde que não seja feita por qualquer cultura. "Esta recuperação deve utilizar plantas nativas, perenes, frutíferas ou de cultura permanente", explicou.

Carlos Minc respondeu uma a uma as reivindicações apresentadas. Ele se declarou favorável ao Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) informando que no dia 5 de junho o presidente Lula envia ao Congresso Nacional um mensagem sobre o assunto. Disse que com relação à Lei de Cultivares, o MMA vai se opor à qualquer modificação da lei que prejudique os trabalhadores.

Com relação à educação ambiental, o ministro garantiu que nenhum grande empreendimento será licenciado sem que haja recursos alocados para ações de educação ambiental. Minc informou aos presentes, que, mesmo não fazendo parte da lista de reivindicações da Contag, o MMA está trabalhando com o Ministério das Cidades a formulação de um plano decenal de saneamento ambiental, onde estará incluído um item sobre saneamento rural.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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