MODELO ECONÔMICO PODE FREAR DEVASTAÇÃO NA AMAZÔNIA, AVALIA GOVERNADOR

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2009

7 de Maio de 2009 - Amanda Mota - Repórter da Agência Brasil - Valter Campanato/Abr - Manaus - O governador do Amazonas, Eduardo, fala sobre o 1º Seminário Direito de Ambiental, que reúne juízes federais e estaduais, promotores de justiça, delegados da Polícia Federal, procuradores e advogados
Manaus - Desafio para os governantes das cidades da Amazônia, a preservação ambiental se consolida atualmente como um dos principais elementos para o bem-estar socioeconômico de toda a região. De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Amazonas é o estado com a maior área florestal preservada. Na outra ponta, estão Pará e Mato Grosso, os estados amazônicos que detêm os mais altos índices de desmatamento.

Na avaliação do governador do Amazonas, Eduardo Braga, a preservação das áreas de floresta na Amazônia está diretamente relacionada ao histórico da política econômica de cada um dos territórios que compõem a região. Nessa linha de raciocínio, ele acrescentou que a pobreza das populações locais e a falta de opção para o desenvolvimento também são vetores de destruição do meio ambiente. Para o governador, a economia do Amazonas, embasada na produção industrial, foi fundamental para garantir a preservação das áreas verdes no estado.

“A base da política econômica que levou à ocupação do Pará foi a mineração, a agricultura e a pecuária. Já no caso do Amazonas, foi a Zona Franca de Manaus. Mesmo sem perceber, o Pólo Industrial de Manaus foi um dos maiores projetos ambientais que o país criou. Claro que o projeto não foi pensado por causa do meio ambiente, mas ele fez a diferença entre o desmatamento no Amazonas e no Pará, por exemplo. A economia é, portanto, um dos fatores fundamentais para preservação ambiental”, declarou.

Eduardo Braga participou, em Manaus, do 1º Seminário de Direito Ambiental, que teve início na última segunda-feira (4) e termina hoje (7). O evento, promovido pela Advocacia-Geral da União (AGU) e Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), conta com a participação de quase 150 profissionais da área jurídica, como juízes federais e estaduais, promotores de justiça, procuradores, entre outros.

“O desenvolvimento regional feito de forma correta pode ser um freio regulador da devastação ambiental porque a principal e primeira razão que move o ser humano é a sobrevivência”, complementou o governador.

No Amazonas há aproximadamente 4 milhões de habitantes e 1,5 milhão de quilômetros quadrados. O estado tem 98% de cobertura florestal tropical intacta, sendo que 52% dessas áreas preservadas são unidades de conservação estadual e federal e 27%, terras indígenas.

Braga acredita que a redução do desmatamento pode ser alcançada com a ajuda de políticas públicas voltadas para a valorização econômica da floresta e a valorização das populações tradicionais. Para tanto, considera que o entendimento dos operadores de advogados e juízes, entre outros profissionais da área, diante das questões ambientais será fundamental para futuro dos recursos naturais no país.

“Temos que fazer com o Estado brasileiro seja uma ferramenta de desenvolvimento sustentável. Se temos de construir uma hidrelétrica, temos que descobrir qual o menor impacto ambiental, sem esquecer do ser humano que vive nessas áreas. Se isso não for feito antecipadamente, depois que a obra estiver feita ninguém vai se lembrar desses povos”, disse.

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Empresa rebate irregularidades sobre Hidrelétrica de Jirau apontadas por ministérios públicos

5 de Maio de 2009 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O consórcio Energia Sustentável do Brasil (Enersus), responsável pela construção da Usina Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira (RO), rebateu hoje (5) as irregularidades apontadas pelo Ministério Público Federal em Rondônia e o Ministério Público do estado em recomendação enviada ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para que a licença de instalação parcial concedida para a construção do canteiro de obras do empreendimento seja suspensa.

O MPF e o MP argumentam que houve mudança do local de construção de duas ensecadeiras (barragens provisórias) da futura hidrelétrica e desmatamento de áreas sem autorização do Ibama.

Em nota, a Enersus afirma que o processo de construção das ensecadeiras foi acompanhado “nos mínimos detalhes pelos órgãos competentes”. De acordo com o empreendedor, as mudanças não alteram o regime hidrológico e hidráulico já avaliados para concessão da licença e por isso dispensariam a necessidade de uma nova autorização.

Em relação ao desmatamento ilegal, a Enersus nega que tenha havido “qualquer supressão de vegetação sem a devida e específica autorização por parte do Ibama”.

A recomendação é um procedimento administrativo. Em caso de descumprimento por parte do Ibama – com a concessão da licença – os ministérios públicos deverão entrar com uma ação judicial questionando a autorização.

A Hidrelétrica de Jirau já é objeto de uma ação civil pública movida pelas duas entidades, que questionam os impactos socioambientais e a legalidade contratual da mudança de local do eixo do barramento da usina, anunciada após a licitação.

Na última terça-feira (28), a Agência Nacional de Águas (ANA) concedeu a chamada outorga de águas para o empreendimento. Na avaliação da agência, a mudança no local de instalação da hidrelétrica não deverá provocar impactos sobre os usos múltiplos do rio, seja na produção de energia, navegação, irrigação ou abastecimento.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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