PARANÁ CRIA NOVA LEGISLAÇÃO PARA PRESERVAR SEU ESTOQUE PESQUEIRO

Panorama Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Maio de 2009

O Paraná passou a ter uma nova legislação para preservar o estoque pesqueiro no Litoral paranaense. Sob a coordenação do secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, e com o apoio de representantes dos pescadores esportivos, profissionais e artesanais novas regras foram propostas para a pesca esportiva e amadora no litoral paranaense.

Entre as principais mudanças estão a proibição do uso de redes nas proximidades de ilhas do litoral paranaense, com distância mínima de 100 metros para a pesca de fundeio (rede fixa armada no fundo do mar) e de 50 metros para a pesca de caceio (rede é jogada e a maré vai levando). Entretanto, a nova determinação, abre algumas exceções para a pesca no interior das baías de Guaratuba, Paranaguá, Guaraqueçaba, Antonina e Laranjeiras.

De acordo com o secretário, as mudanças na resolução atendem às necessidades das classes pesqueiras. “Esta nova resolução garante a continuidade da pesca amadora esportiva e a sobrevivência de muitas famílias que dependem da pesca profissional. Essas adaptações foram apresentadas pelos próprios pescadores e conseguimos chegar a um denominador comum”, revela Rasca.

Outra mudança significativa na resolução é a inclusão do Rio Boguaçu, inserido no Parque Estadual do Boguaçu, no município de Guaratuba, entre os locais proibidos tanto à pesca esportiva quanto à pesca profissional.

As modificações foram determinadas com o aval da classe pesqueira, além da Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca (SEAP), do governo federal. “O resultado da reunião foi muito proveitoso, pois levamos os próprios pescadores para opinarem sobre a legislação. Acho que quando todos cedem um pouquinho conseguimos grandes resultados”, avaliou José Wigwesti Zeca, superintendente da SEAP no Paraná.

Já Edmir Ferreira, presidente da Federação de Pescadores do Paraná (entidade que representa os pescadores profissionais), acredita que a resolução evoluiu com o debate de todos os segmentos e quem ganha com isto é o meio ambiente. “A reunião foi boa para todos, mas quem sai como vencedor é o meio ambiente e sua biodiversidade”, salientou.

João Carlos Garcia, presidente da Liga Paranaense de Pesca Esportiva, assegura que a comunidade esportiva respeita as decisões da nova resolução. “A pesca esportiva aprova a nova resolução, que promove o desenvolvimento do turismo e da pesca esportiva amadora e profissional sustentável no nosso litoral”, disse.

REGRAS - Nos demais meses, poderão ser capturados até sete exemplares, independentemente da espécie do peixe, por pescadores esportivos amadores ou praticantes da pesca subaquática. Neste caso, devem ser observados os tamanhos e pesos permitidos para cada espécie. Para o robalo-peva o tamanho mínimo é 40 centímetros e o máximo, 50. Já para o robalo-flexa o tamanho permitido varia entre 60 e 70 centímetros.

De acordo com a nova regulamentação, cada pescador esportivo ou de pesca subaquática poderá capturar e transportar apenas um único exemplar da espécie com medidas excedentes ao tamanho máximo permitido – que será considerado troféu. Confira a resolução em anexo para obter maiores informações ou acesse www.meioambiente.pr.gov.br

Campanha vai orientar a pesca de robalos no litoral

Paralelamente à resolução criada para coibir a pesca predatória no Litoral, a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos lançou campanha para orientar pescadores amadores e profissionais, sobre as normas para a pesca de robalos das espécies robalo-flecha e robalo-peva. A campanha “O robalo e seus amigos avisam: pesca irregular é a maior roubada” foi criada com o apoio das comunidades pesqueiras e envolveu os pescadores esportivos e o Iate Clube de Guaratuba.

“O principal objetivo da campanha é preservar as espécies de robalo – de grande importância para a pesca esportiva – e fomentar o turismo nos balneários e municípios que apresentam as condições ideais para a pesca esportiva dos robalos”, declarou o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues. Ele acredita que esse trabalho – que inclui a nova resolução e a campanha de educação ambiental – poderá fortalecer ainda mais a pesca esportiva através da união dos pescadores em prol de ideais conservacionistas.

Além disso, a campanha pretende valorizar o pescador artesanal e incentivar o turismo gastronômico. Apenas restaurantes e comércios localizados em municípios litorâneos terão a possibilidade de servir as espécies citadas, adquiridas obrigatoriamente dos pescadores artesanais.

CAMPANHA – O panfleto da campanha “Robalo e seus Amigos” traz todas as informações sobre o que é permitido e o que é proibido pela resolução 060/09, referente à pesca de robalo no litoral. O material também traz informações sobre os crimes ambientais subaquáticos e o valor da suas multas.

O pescador esportivo e membro do Iate Clube de Guaratuba, Gustavo Todeschini, explica que os pescadores esportivos têm grande preocupação com a extinção dos estoques pesqueiros em algumas regiões do Litoral e por este motivo propuseram uma parceria com a Secretaria do Meio Ambiente.

“Todos os pescadores esportivos praticam o pesque e solte, onde a esportividade está centrada na disputa com o peixe, que às vezes ele deve vencer. Devolver o peixe para o meio aquático é a garantia que o pescador esportivo tem para outras pescarias de sucesso”, conta Gustavo.

Segundo ele, a fiscalização constante do governo foi fundamental para a redução do número de infrações à resolução. “A intervenção do governo, tanto na parte de conscientização quanto na parte de fiscalização foram importantes para todos os pescadores respeitassem as novas determinações”, assegurou.

“Destaco as fiscalizações durante os meses em que a pesca de robalo é proibida, isto é, novembro e dezembro. Sem elas, as resoluções perderiam a sua aplicação”, concluiu. Além de aumentar as fiscalizações em novembro e dezembro, a Secretaria do Meio Ambiente, realiza com periodicidade abordagens de barcos nas baías e nos pontos de venda de frutos do mar.

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Paraná
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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