SEM CONDICIONANTES, REGULARIZAÇÃO SERÁ “DESASTRE AMBIENTAL”

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2009

12/05/2009 - Lucia Leão - Se prevalecer a posição da bancada ruralista, que quer retirar todas as condicionantes previstas no texto original da Medida Provisória 458, a regularização fundiária da Amazônia pode representar um "desastre ambiental de grandes proporções". Foi assim que o ministro Carlos Minc manifestou sua apreensão com a votação do texto do relator Asdrubal Bentes, que será submetida nesta quarta-feira (13) ao plenário da Câmara dos Deputados.

Depois de quase três horas de reunião com os líderes da base aliada e da oposição, no gabinete da Liderança do Governo na Câmara, Minc disse que não há mais margens para negociação e pediu aos deputados que considerassem os enormes prejuízos que podem resultar da distribuição de terras da União sem garantias de proteção ambiental.

"Se o Congresso aprovar isso vai sinalizar que o governo está entregando aos agricultores o título da terra numa mão e uma motosserra na outra. As repercussões serão péssimas", advertiu o Ministro.

Um prejuízo imediato recairá sobre o Fundo Amazônia, que financiará, com recursos de doações internacionais, projetos de desenvolvimento sustentável na região. As doações dependem dos sinais que o País emitir sobre o tratamento que dá à floresta. O Plano Brasileiro sobre Mudança do Clima também ficará comprometido pelo aumento do desmatamento. "Será um golpe enorme", classificou o Ministro.

Segundo Minc, o relator teve "muito bom senso" e fez o possível para chegar a uma posição de equilíbrio, que contemplasse as exigências de proteção do bioma e atendesse interesses dos ruralistas. "O texto original da MP era muito mais rigoroso. O que ficou foi o salário mínimo, o essencialmente necessário para não se fazer uma regularização fundiária que inviabilize ambientalmente a região".

O substitutivo do relator mantém a proibição de desmatamentos nas glebas que já tenham ultrapassado o limite de 20% de desmate autorizado. Mas o prazo para recomposição de áreas de preservação permanente (APPs) e de reserva legal foi ampliado de dez para trinta anos.

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Minc participa de cerimônia de pagamento por serviços ambientais no Rio

11/05/2009 - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, participou, com o governador, Sérgio Cabral, nesta segunda-feira (11), em Rio Claro, no Rio de Janeiro, de cerimônia de entrega do primeiro cheque a 18 produtores rurais da região, como remuneração por serviços ambientais de reflorestamento das margens do Rio Piraí, afluente do Guandu, responsável por 80% do abastecimento de água do estado. Minc anunciou que o MMA vai investir R$ 1000 mil no programa estadual Produtores de Água e Floresta, que será estendido ao Rio São João. No total serão investidos R$ 1,1 milhão.

"Esse projeto é um exemplo de como podemos envolver as pessoas e todos aqueles que dependem da água na recuperação e preservação das bacias. O meio ambiente do estado do Rio de Janeiro está de parabéns", disse o ministro. A idéia de utilizar os produtores e moradores das proximidades dos rios que alimentam o Guandu foi de Minc, quando estava à frente da Secretaria Estadual do Ambiente.
De acordo com ele, o pagamento por serviços ambientais está sendo visto como uma solução viável para a recuperação de áreas degradadas. O Ministério do Meio Ambiente estuda a possibilidade de levar a idéia para a Amazônia. Para o ministro, não adianta reforçar o combate aos crimes ambientais fechando madeireiras, confiscando bois piratas, se não se cria alternativas de sustentabilidade. As populações envolvidas nas ilegalidades conhecem outra forma de assegurar seu sustento e o pagamento pode ser a solução em muitos casos.

O projeto piloto do programa Produtores de Água e Floresta está em execução há um ano e meio, numa área de cerca de 5 mil hectares. A remuneração dos produtores é proveniente da arrecadação obtida com a cobrança do uso da água de grandes usuários repassada ao Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Guandu. O valor a ser pago pode chegar a até R$ 60 por hectare/ano, calculado de acordo com o tipo de uso da terra e a atividade de preservação envolvida.

Os produtores, que são capacitados e recebem apoio técnico do Instituto Terra, seguem um plano de ação anual que é monitorado para que tenham direito ao pagamento. Reflorestamento, inclusive das matas ciliares, e a conservação de áreas de Mata Atlântica estão entre as atividades que são remuneradas.

O programa foi oficializado por meio de um termo de cooperação entre o Inea, Instituto de Desenvolvimento Sustentável, Instituto Terra e The Nature Conservancy (TNC), com a interveniência do governo estadual e do Comitê Guandu.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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