SOCIEDADE CIVIL REALIZA VIGÍLIA NO SENADO
FEDERAL PELA PROTEÇÃO DA AMAZÔNIA

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Maio de 2009

12 de Maio de 2009 - Evento é aberto ao público e acontecerá em defesa da legislação ambiental brasileira, ameaçada pela bancada ruralista.

O Movimento Amazônia para Sempre e as comissões de Mudanças Climáticas, de Meio Ambiente e de Direitos Humanos do Senado realizam uma vigília amanhã (13/05), a partir das 18h30 no plenário do Senado Federal, pela proteção da Amazônia.

A bancada ruralista tem liderado várias iniciativas para enfraquecer a legislação ambiental brasileira. Foram estas perspectivas de mudanças – no Código Florestal, no licenciamento ambiental e outras propostas de alteração na Constituição Federal – que levaram o Movimento Amazônia para Sempre a organizar a vigília desta quarta-feira em Brasília. Artistas como Cristiane Torloni, Victor Fazano e Marcos Palmeira, que integram o movimento, deverão estar presentes ao lado de ambientalistas, militantes e parlamentares.

O evento é aberto ao público. Participe! Para quem não estiver em Brasília, poderá acompanhar pelo twitter.

Aproveite para saber mais sobre as iniciativas da bancada ruralista em tramitação no Congresso brasileiro, que colocam em cheque as metas de redução de desmatamento e a proteção das florestas do país.

Medida Provisória 458/2009: privatização da Amazônia

Trata da regularização fundiária das terras da União na Amazônia Legal. Não diferencia os pequenos agricultores e trabalhadores que por direito podem ser beneficiados com título de propriedade, daqueles que grilaram terra e desmataram ilegalmente. É um estímulo à grilagem e à corrida de agricultores para Amazônia. O que, sem dúvidas, vai causar mais violência e desmatamento na região. O texto proposto pelo deputado Asdrubal Bentes (PMDB-PA) permite que empresas possam regularizar terras públicas com facilidade e que as terras sejam vendidas três anos depois de regularizadas.

Medida Provisória 452: a MP da Cueca

No processo de votação da MP 452, que tinha como propósito autorizar o governo federal a usar títulos da dívida pública para injetar recursos no Fundo Soberano do Brasil (FSB), o deputado José Guimarães (PT-CE) apresentou uma emenda que dispensa a licença ambiental prévia de obras em rodovias. A emenda tem o claro objetivo de acelerar as obras do PAC, especialmente a BR 319, que liga Manaus a Porto Velho. O asfaltamento da BR 319 é defendido com unhas e dentes pelo ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, com o objetivo de pavimentar sua candidatura ao governo do estado do Amazonas em 2010. Estudos apontam que 75% do desmatamento ocorre ao longo de estradas pavimentadas da região. Em muitos casos, como na rodovia BR-163, que liga Cuiabá (MT) a Santarém (PA), somente o anúncio do asfaltamento estimula enorme migração, que resulta em altas taxas de desmatamento.

Projeto de Lei 6424: Floresta Zero

Em discussão na comissão de Meio Ambiente da Câmara, o projeto de lei tem a intenção de reduzir a Reserva Legal na Amazônia de 80% para 50%, além de permitir a soma das áreas de preservação permanente (APP) e da Reserva Legal para atingir essa porcentagem. A Reserva Legal é fundamental para a manutenção da biodiversidade.

O texto em tramitação permite que os proprietários que destruíram sua Reserva Legal recuperem o dano ambiental em outras regiões, distantes do local desmatado. Assim, a proposta incentiva a criação de áreas inteiras livres de floresta. O projeto de lei autoriza que a recuperação da cobertura florestal seja feita com monoculturas (dendê e outras palmáceas produtoras de óleo, além de eucalipto e outras espécies exóticas) em 30% da área ilegalmente desmatada. O projeto de lei também sugere uma anistia a todas as multas de proprietários rurais que não tenham cumprido com as exigências do Código Florestal.

Código Ambiental Brasileiro

Baseado em projeto inconstitucional do governo de Santa Catarina - que mesmo sofrendo as consequências do desmatamento, aprovou um código ambiental próprio que estimula ainda mais a destruição do meio ambiente -, os ruralistas estão se articulando de forma rápida para tentar modificar o código ambiental brasileiro.

A proposta dos ruralistas é criar um código que contenha apenas princípios gerais, deixando que os estados adaptem a lei às peculiaridades locais. A banca ruralista defende, entre outros pontos, o direito dos produtores de usar as terras para agropecuária antes que leis como o Código Florestal definam percentuais mínimos de conservação de vegetação nativa, além disso também querem que os índices mínimos de preservação às margens de rios das Áreas de Preservação Permanente (APP) sejam reduzidos de 30 metros para 5 metros. A articulação da bancada ruralista é motivada pela aproximação do fim do prazo para que os proprietários rurais se ajustem às atuais normas de preservação. A partir de dezembro deste ano, as propriedades rurais deverão ter reservas legais averbadas e com plano de recuperação definido, ou seja, APPs recuperadas e protegidas.

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Boletim Amazônia Viva! informa empresas que consomem soja brasileira sobre os avanços da moratória

11 de Maio de 2009 Monitoramento da safra 2008-2009 cruzou dados de desmatamento apontados pelos satélites utilizados pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe) com sobrevôos e pesquisa de campo.
Manaus — Dados inéditos do monitoramento da soja realizado pelo Greenpeace são o destaque desta edição

O Greenpeace lançou hoje a quinta edição do boletim Amazonia Viva! que traz as últimas notícias sobre o trabalho de implementação da moratória da soja. A moratória, anunciada em 24 de julho de 2006, é o compromisso das empresas comercializadoras de não comprarem soja de áreas desmatadas na Amazônia após esta data. A publicação é distribuída para as empresas nacionais e internacionais que consomem soja.

A novidade do boletim é a divulgação dos dados encontrados durante o monitoramento independente da soja. Entre janeiro e fevereiro de 2009, Greenpeace foi a campo e encontrou soja em 10 áreas recém-desmatadas e com menos de 100 hectares no Mato Grosso. Ao todo, 200 áreas foram sobrevoadas neste estado e também no Pará. De acordo com dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o número de polígonos desmatados menores que 25 hectares aumentou de 73,3% em 2007 para 89% em 2008. Esses dados reforçam um padrão já observado no campo de que a expansão das fazendas de soja está acontecendo cada vez mais sobre áreas pequenas às margens dos remanescentes florestais.

“Para continuar cumprindo o compromisso de não comercializar soja de áreas recém desmatadas, nossos resultados exigem uma rediscussão da metodologia de monitoramento que permita ampliar a vigilância sobre áreas menores”, disse Raquel de Carvalho, da campanha Amazônia do Greenpeace.

O estudo também identificou que, das 10 áreas encontradas com soja, seis não estão registradas no Sistema Integrado de Monitoramento e Licenciamento Ambiental de Mato Grosso, o que dificulta a segregação da soja e a identificação dos produtores. Apesar de o Brasil possuir um dos sistemas mais avançados de monitoramento de desmatamento do mundo, mais de 40 milhões de hectares de terra supostamente de domínio privado são alvo de irregularidades. O registro e o georreferenciamento das propriedades são essenciais para o monitoramento efetivo e a produção responsável da soja.

O monitoramento do Greenpeace é realizado para complementar o trabalho da empresa de monitoramento agrícola Globalsat, contratada pela indústria de soja para inspecionar o plantio do grão a cada safra. Este ano a Globalsat também identificou 12 áreas com soja totalizando aproximadamente 1.396 hectares de área plantada. A indústria já confirmou que não vai comprar esta soja e que vai restringir o acesso destes produtores a créditos na próxima safra. No monitoramento do ano passado, tanto o Greenpeace quanto a Globalsat, não identificaram nenhuma área recém-desmatada com soja, porém detectaram várias novas áreas desmatadas no entorno ou dentro de fazendas produtoras de soja, sinalizando que possivelmente na safra 2008/2009 essas áreas seriam ocupadas com o grão.

 
 

Fonte: Greenpeace-Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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