DIRETÓRIO NACIONAL DO PT APROVA RESOLUÇÃO CONTRA ALTERAÇÕES NO CÓDIGO FLORESTAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2009

21/06/2009 - Resolução sobre alteração do Código Florestal - Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, reunido nos dias 18 e 19 de junho, em São Paulo-SP, aprova a seguinte resolução sobre eventuais propostas de alteração do Código Florestal.

O mundo vive uma crise econômica profunda, originada no núcleo do sistema capitalista - os Estados Unidos - que se propagou por todo o planeta. Além de agravar a crise social, gerando milhões de desempregos nos países mais desenvolvidos, penaliza enormemente os países mais pobres e em desenvolvimento com a perda de mercados, postos de trabalho e aumento da pobreza.

Graças às políticas públicas promovidas pelo Governo Lula o país tem reduzido os impactos econômicos e sociais da crise. O PT defende a manutenção da taxa de investimento público e o estímulo aos investimentos privados incorporando definitivamente os critérios socioambientais, como caminho para o Brasil sair da crise com maior rapidez, garantindo emprego e renda aos trabalhadores sem descurar dos respeitos aos direitos sociais e ambientais que a sociedade reclama.

O PT, pela sua direção, manifesta sua posição contrária às propostas de alterações do Código Florestal, especialmente as referentes às Áreas de Proteção Ambiental e as Áreas de Reservas Legais das propriedades, bem como a tentativa de se delegar aos entes federados Estados e Municípios competências para delimitá-las.

O PT distingue a agricultura familiar pelo seu papel econômico e social; que devidamente orientada e apoiada cumpre um relevante papel ambiental; devendo por isto ter um tratamento diferenciado.

O PT propõe que este debate sobre legislação ambiental se dê no âmbito da discussão de um projeto de desenvolvimento sustentável para o país, onde a ocupação territorial seja ordenada, a proteção dos ecossistemas naturais seja efetiva e os benefícios de seus serviços ambientais sejam universalizados, as atividades agropecuárias apresentem ganhos simultâneos de produtividade e de sustentabilidade ambiental, tanto para disputar o mercado como garantir a soberania alimentar do povo brasileiro.
São Paulo, 19 de maio de 2009.
Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores

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Operação apreende madeira transportada em rios da Amazônia

26/06/2009 - O Ministério do Meio Ambiente, o Ibama e as polícias Federal e Civil vão montar uma base fluvial de fiscalização na confluência entre os rios Curuá-una e o Amazonas para coibir o transporte de madeira ilegal na região de Santarém, no Pará. A medida foi anunciada sexta-feira (26) pelo ministro Carlos Minc, durante a operação Bajara, que apreendeu cerca de 1000 m3 de madeira ilegal na região de Santarém (PA). Minc constatou até a esperteza dos madeireiros para driblar a fiscalização por satélite.

Dados das autoridades ambientais que atuam na região dão conta de que o volume total de toras extraídas ilegalmente - que seriam escoadas pelo rio - pode chegar a cerca de 40 vezes o que foi apreendido, ou o suficiente para encher 10 mil caminhões. A madeira chegou a ser observada em sobrevôo. Somente no local do pouso do helicóptero foram encontrados 3 mil metros cúbicos.

O ministro anunciou, ainda, que a Polícia Federal, a Força Nacional de Segurança e o Ibama iniciam nesta segunda-feira (29) uma mega operação de desarmamento na região, dominada pelas milícias que dão apoio à exploração ilegal de madeira nobre. A ideia é quebrar o sistema de proteção, inibir a grilagem e conter a violência na área, para assegurar a atuação efetiva da fiscalização e combate ao desmatamento no oeste do Pará.

A operação Bajara, a 23ª que conta com a participação direta de Minc, teve início na manhã desta sexta-feira (26), com a apreensão pelas autoridades de uma balsa que transportava grande quantidade de madeira. Nas vias de acesso à serraria e numa clareira no meio da floresta foi apreendida enorme quantidade de madeira pronta para ser embarcada pelo rio.

Os desmatadores, segundo o ministro, estão cada vez mais se sofisticando para inibir a ação fiscalizadora por satélite, os programas Prodes e Deter, do Inpe. "Desta vez eles conseguiram driblar a detecção fazendo um corte seletivo, retirando apenas madeiras nobres", constatou Minc.

A ação contou com a participação do assessor especial do MMA José Maurício Padrone, que coordenou a parte operacional da ação, do Chefe de Fiscalização Gustavo Podestá e a da gerente regional do Ibama em Santarém, Poliana Nunes.

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MMA vai fortalecer articulação dos estados contra desmatamento

30/06/2009 - A ministra interina do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, alertou nesta terça-feira (30) os nove representantes dos governos estaduais da Amazônia Legal, reunidos em Brasília para discutir o acesso aos recursos do Fundo Amazônia e os planos estaduais de combate ao desmatamento, que o ministério não vai apoiar projetos pontuais de estados e municípios. "Não haverá espaço para ações desarticuladas", afirmou. A posição do MMA não afeta a autonomia de cada estado, nem exclui as soluções específicas, mas privilegiará a negociação coletiva.

Ela chamou a atenção para o que considera "os três maiores desafios para o combate ao desmatamento": os planos estaduais, as soluções comuns e a articulação com a sociedade, estados, municípios e governo federal. Izabella disse que o Sistema Nacional de Meio Ambiente, que agrega todas as esferas de governo e o movimento social, será retomado e fortalecido até o final da atual gestão. Segundo ela, "é preciso formular propostas estruturantes, que não mudem quando mudarem os governos", o que só é possível com uma ação coordenada.

O elo comum, apontado pela ministra, é o fim do desmatamento ilegal. Há, segundo explicou, uma nova orientação do Ministério do Meio Ambiente. Os estados terão que se articular, de forma rápida e eficiente, para apresentar um plano estadual de mudanças climáticas, enquadrado à realidade individual de cada um, mas moldado de forma integrada. As ações precisam ser tomadas de forma coordenada e os resultados aferidos segundo um novo processo, focado na mudança do modelo econômico com soluções sustentáveis.

Para Izabella, "há um esgotamento do modelo tradicional de gestão" dos recursos aplicados na política de combate ao desmatamento. Um exemplo é o próprio Fundo Amazônia, administrado pelo BNDES, que funciona de forma oposta ao sistema de aprovação de projetos pontuais e repasse de recursos para execução a partir de convênios. O financiamento dos projetos seguirá regras que se aplicam a qualquer outro tipo pelo banco e a contrapartida, o resultado esperado, será aferida. Ela chamou a atenção para o rígido controle social que deve pautar os gastos públicos na gestão ambiental. Questionada sobre os mecanismos de pagamentos por serviços ambientais, afirmou que "não é um arranjo institucional fácil" e "não há ainda o que se possa considerar uma posição de governo", que deverá surgir da articulação proposta.

Citando as cadeias de sociobiodiversidade e o Programa de Áreas Protegidas da Amazônia, o Arpa do MMA, Izabella disse aos representantes dos estados que a nova orientação exige o resgate do diálogo com os setores responsáveis pelas políticas sociais e de desenvolvimento, dentro e fora da estrutura do estado. Para ela, "as ações têm que ser discutidas com todas as vertentes econômicas e sociais". A secretária defendeu "uma visão mais ampla do movimento social", que requer a ampliação das discussões para vários setores, mesmo aqueles que não estão incluídos entre os interlocutores tradicionais da área ambiental. A Contag, que já assinou acordo com o Ministério do Meio Ambiente em defesa da agricultura familiar, e a Central Única dos Trabalhadores, que está negociando a qualidade ambiental e a saúde dos operários com o MMA, são exemplos da nova posição.
ASCOM

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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