EX- PRESIDENTE DA FUNAI DEFENDE NOVOS PARADIGMA PARA DIREITO INDÍGENA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2009

14 de Julho de 2009 - Luana Lourenço - Enviada Especial - Manaus - A inclusão de um novo panorama para o direito indígena no Brasil depende da mudança de paradigmas da estrutura jurídica. A avaliação é do professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná e ex-presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Carlos Federico Marés, que participou hoje (14) de conferência durante a 61ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

Marés, que colaborou na formulação do capítulo da Constituição Federal que trata dos direitos indígenas, defendeu a aplicação efetiva dos conceitos de proteção da natureza e de garantia dos direitos indígenas, consolidados nas cartas constitucionais latino-americanas.

Apesar da criação dos instrumentos, o Estado – responsável por sua execução – “ainda está constituído segundo paradigmas dos séculos 19 e 20”. Somente a Bolívia tem conseguido avanços recentes e significativos nesse processo, disse Marés.

Para ele, a América Latina é um cenário privilegiado para a busca desse novo modelo, porque abriga dois elementos fundamentais: a natureza e as comunidades tradicionais. “A saída, as respostas vão sair da coletividade, principalmente se virmos os caminhos postos por aqueles que não estão preocupados com a acumulação de riquezas”, ponderou.

Ao comentar casos concretos levantados pela plateia, Marés criticou a interferência do direito tradicional em questões culturais dos povos indígenas. “Não há legitimidade da sociedade tradicional para estabelecer regras para outras sociedades”, afirmou o professor, referindo-se à proposta de criminalização do infanticídio indígena, em tramitação na Câmara dos Deputados.

Marés defendeu também a proteção do patrimônio imaterial de comunidades indígenas para evitar sua apropriação comercial pela sociedade branca. “Os bens indígenas, o patrimônio indígena é claramente coletivo, tem que ter seu uso individual protegido”, argumentou.

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Levantamento mostra redução de 47% no desmatamento na Amazônia

3 de Julho de 2009 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Levantamento feito pela organização não governamental Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) mostra que em maio a Amazônia perdeu pelo menos 157 quilômetros quadrados (km²) de floresta. Em relação a maio de 2008, quando os satélites registraram 294 km² de desmate, houve redução de 47%, de acordo com os dados do relatório do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), divulgado hoje (3).

O alerta oficial de desmatamento, calculado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontou 123 km² de floresta derrubados no mesmo período.

De acordo com o Imazon, o Pará foi o estado que mais desmatou em maio, com cerca de 58 km² (37% do total), seguido por Mato Grosso, com 42 km² (27%) e Roraima, com 31 km² a menos de florestas (20%). A concentração de nuvens sobre a região impediu a visualização de 43% da Amazônia Legal, de acordo com o relatório. Entre as áreas mais desmatadas no período estão trechos de floresta no entorno da BR-163, que liga Cuiabá (MT) a Santarém (PA).

O levantamento do Imazon também classifica o desmatamento de acordo com a situação fundiária da área em que foi registrado. Em maio, 67% do desmate ocorreu em áreas privadas, devolutas (ocupadas irregularmente) ou em diversos estágios de posse, 17% em unidades de conservação, 15% assentamentos da reforma agrária e 1% em terras indígenas.

O desmatamento acumulado entre agosto de 2008 e maio de 2009 (dez primeiros meses do calendário anual do desmate) é de 1.072 quilômetros quadrados, 74% menor que o registrado no período anterior (agosto de 2007 a maio de 2008), segundo o Imazon.

Além do corte raso (desmatamento completo), o SAD também registra áreas de florestas degradadas – “que sofreram intensa exploração madeireira e/ou fogo de várias intensidades”. Em maio, pelo menos 215 quilômetros quadrados da Amazônia sofreram degradação, a maioria (81%) em Mato Grosso.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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