LULA DIZ QUE BRASIL DEVOLVERÁ LIXO Á INGLATERRA E INVESTIGARÁ ENVIO DE CONTÊINERES

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2009

23 de Julho de 2009 - Elaine Patricia Cruz - Repórter da Agência Brasil - São Paulo - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (23), em São Paulo, que o Brasil não vai aceitar receber contêineres com lixo e que eles serão devolvidos para o seu país de origem, a Inglaterra.

“Só temos uma saída que é devolver os contêineres para o país de onde eles vieram porque nós queremos importar outras coisas, não lixo. Não queremos exportar o nosso lixo e não vamos importar o lixo dos outros”, disse o presidente, durante discurso na cerimônia de abertura da Bio Brazil Fair – Feira Internacional de Produtos Orgânicos e Agroecologia –, que está sendo realizada no Parque Ibirapuera.

Lula também criticou o fato de o lixo ter sido enviado ao Brasil por países europeus, que têm colocado muitas exigências para comprar produtos brasileiros como etanol, soja e carne.

“Eles, que são tão limpos e querem despoluir tanto, mandam para cá contêineres de lixo dizendo que é para reciclagem. Quem vai reciclar uma camisinha? Quem vai reciclar lixo hospitalar, pegar uma seringa, reciclar e aplicar de novo?"

Segundo Lula, o Ministério Público, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Ministério do Meio Ambiente e a Polícia Federal deverão investigar a origem desse lixo que chegou ao Brasil e as razões pelas quais ele foi mandado para o país.

Durante o evento, o presidente lembrou que vários países europeus afirmaram que o etanol brasileiro não tem muito valor devido à exploração de mão de obra escrava nas lavouras de cana-de-açúcar. Mas, segundo Lula, eles não se lembram de que o trabalho em carvoarias é ainda mais penoso.

"Esses países que agora estão achando que esse trabalho na cana é penoso – e certamente é – esqueceram que a base da economia deles foi o desenvolvimento e a exploração do carvão. Trabalhar numa mina de carvão é infinitamente mais penoso do que trabalhar cortando cana", disse o presidente, ressaltando que o governo brasileiro tem fechado acordos com os usineiros para tentar humanizar o trabalho no campo.

Lula assinou hoje um decreto que estabelece procedimentos diferenciados para o registro de insumos que contenham apenas substâncias permitidas para o manejo e controle de pragas e de doenças na agricultura orgânica. Segundo o presidente, a medida está quebrando o elo “de uma corrente que aprisionava os produtos orgânicos desse país”.

“Comprem produtos orgânicos que são melhores para a saúde”, destacou o presidente, que participou da feira acompanhado do governador de São Paulo, José Serra, do prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab, e do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes.

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Mais cinco empresas fecham acordo com MPF sobre bois criados em área de desmatamento na Amazônia

24 de Julho de 2009 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Mais cinco empresas ligadas à produção de gado, criado em área de desmatamento da Amazônia, assinaram esta semana acordos com o Ministério Público Federal (MPF) no Pará para adequar a atividade pecuária a regras ambientais.

Com a adesão dos frigoríficos Eldorado, Rio Maria e Ativo Alimentos e das exportadoras Agroexport e Boi Branco chegam a nove os empreendimentos que aderiram aos termos de ajustamento de conduta. De acordo com o MPF, as empresas que já assinaram o acordo são responsáveis por 95% da produção pecuária exportada pelo Brasil.

O termo de ajuste de conduta prevê uma moratória ao desmatamento, ou seja, as empresas compradoras vão exigir que os pequenos fornecedores comprovem que o gado não foi criado em área desflorestada ilegalmente, embargadas ou que utilizem mão de obra análoga à da escravidão.

Além disso, deverão exigir o reflorestamento de áreas degradadas e o licenciamento ambiental. Os frigoríficos terão que informar a origem da carne aos consumidores e ao MPF, que vai checar a existência de trabalho escravo, crimes ambientais ou problemas fundiários, como de grilagem ou invasão de terras indígenas e unidades de conservação.

Os frigoríficos que assinaram o termo de ajustamento de conduta serão retirados das ações que tramitam na Justiça Federal. Em junho, o MPF processou 13 empresas por contribuir para a degradação ambiental da Amazônia, além de 20 fazendas, responsáveis pelos “bois do desmatamento”. Quatro empresas e os pecuaristas ainda não entraram em acordo com o Ministério Público.

Com a assinatura do acordo, as empresas que receberam a recomendação do MPF para encerrar os contratos com os frigoríficos poderão retomar as operações, entre eles os grupos Pão de Açúcar, Carrefour e Wal Mart, que chegaram a suspender as compras de carne com origem no desmatamento ilegal.

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Governo pretende licitar 2,7 milhões de hectares de florestas na Amazônia até 2010

30 de Julho de 2009 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Elza Fiuza/Abr - Brasília-O ministro do Meio Ambiente Carlos Minc,durante o lançamento do Plano Anual de Outorga Florestal (Paof), que vai destinar 2,7 milhões de hectares na Amazônia para concessão florestal
Brasília - O governo lançou hoje (30) o Plano Nacional de Outorga Florestal (Paof), que prevê as áreas de florestas públicas disponíveis para exploração comercial até 2010. Trechos de seis florestas nacionais na Amazônia poderão ser licitados, em uma área total de 2,7 milhões de hectares. De acordo com o Serviço Florestal Brasileiro (SFB), as concessões devem produzir 840 mil metros cúbicos de madeira legal, o equivalente a 38 mil caminhões carregados de madeira.

Até agora, o SFB só concluiu a licitação de uma área, a Floresta Nacional do Jamari (em Rondônia). Nove meses após a abertura do edital e depois de uma briga judicial, que chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF), a concessão de 96 mil hectares foi acertada com três empresas, em agosto de 2008. A exploração da madeira na área ainda não começou.

O segundo processo, para concessão de 140 mil hectares da Flona Saracá-Taquera (Pará), foi interrompido hoje, por prazo indeterminado, após pedido de impugnação do edital, feito pela União das Entidades Florestais do Pará. O SFB vai analisar o pedido, mas não tem prazo para anunciar a decisão.

Apesar dos poucos resultados até agora, o diretor-geral do SFB, Antonio Carlos Hummel, acredita que a meta de licitar 2,7 milhões de hectares até 2010 é legítima. Segundo Hummel, por causa do aumento da fiscalização na Amazônia, a quantidade de madeira oferecida ilegalmente – por serrarias clandestinas – diminuiu, e o mercado vai exigir a oferta de madeira legal para suprir a demanda.

“A exigência do mercado é que a madeira seja legal e que seja rastreada”, ponderou Hummel.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que as concessões para exploração comercial contribuem para a redução da devastação das florestas, por oferecerem alternativas econômicas ao desmatamento ilegal. “Enquanto for mais fácil derrubar e for difícil fazer a coisa certa, essa guerra está perdida. Sabemos que não vamos resolver um problema econômico com medidas policiais”, afirmou.

Estimativas do governo apontam a criação de 12 mil empregos diretos e indiretos com a licitação de florestas. As concessões florestais permitem a exploração das áreas de florestas públicas por 40 anos. Além da exploração de madeira, as concessões permitem atividades extrativistas e visitação turística.

As espécies de árvores exploradas são definidas por um plano de manejo e a retirada é feita com base em um revezamento. O empresário divide a área em pequenos lotes e explora um de cada vez, para que a parte derrubada possa se regenerar. O cumprimento do plano de manejo é fiscalizado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), além de auditorias independentes a cada três anos.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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