TRACAJÁS PARA TODOS OS ÍNDIOS DO XINGU

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2009

(23/07/2009) Recuperação da População de Tracajá será o tema da participação da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, uma das 41 unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa na 126ª Feira Botânica do Shopping CasaPark, em Brasília, no período de 24 a 26 de julho.

A parceria entre a Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e os povos indígenas começou na década de 90, quando a Empresa foi procurada por representantes da etnia Krahô, de Tocantins, que estavam em busca de sementes tradicionais de milho e amendoim. As sementes são conservadas no banco genético da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, em Brasília, que hoje é o maior do Brasil e o sexto maior do mundo, com mais de 100 mil amostras de sementes. De lá para cá, a parceria foi se estreitando cada vez mais e outras comunidades indígenas vêm sendo incorporadas.

Quem visitar o estande da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia no evento vai conhecer as pesquisas mais recentes desenvolvidas pelo grupo de etnobiologia da Unidade, entre as quais se destaca: a conservação de tracajá. O tracajá - Podocnemis unifilis é uma espécie parente da tartaruga da Amazônia, que ocorre nas bacias dos rios Amazonas e Tocantins-Araguaia. É muito importante na alimentação dos povos indígenas do Parque Indígena do Xingu, no município de Canarana, MT, especialmente em função do alto teor de proteína encontrado nos ovos e na carne.

Nos últimos anos, entretanto, fatores como o crescimento da população indígena do Parque, desmatamento, poluição das cabeceiras dos rios e o aumento do número de barcos a motor, entre outros, têm levado a uma diminuição das populações de tracajá, incluindo animais adultos, ovos e filhotes.

Em 2007 e 2008, a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, a Funai e o Instituto Chico Mendes uniram esforços para auxiliar os índios da aldeia Kamayurá-Morená em um trabalho de recuperação das populações de tracajá em áreas próximas à aldeia, protegendo algumas praias do rio Xingu da extração de ovos, filhotes e adultos.

Esta cartilha apresenta parte do trabalho de conscientização dos povos indígenas a partir de ilustrações feitas por membros da própria comunidade, acompanhadas de frases explicativas em dois idiomas: português e kamayurá, que é a língua natal da aldeia.

A preservação do tracajá é um passo importante para a segurança alimentar dos povos indígenas do Xingu e a cartilha tem como objetivo apresentar ao público, de forma lúdica, os principais passos e resultados obtidos a partir desse esforço conjunto.

A união dos dois idiomas, o kamayurá e o português, é apenas um dos indícios de uma parceria que vem dando certo entre a Embrapa e os povos indígenas desde 1995; A interação começou com o povo indígena Krahô, do Tocantins, e hoje já se estende a comunidades de diversas regiões brasileiras, como os Kaiabi, Yawalapiti, Canela, Apinajé e Kayapó, entre outras.

Com esta cartilha, a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e os representantes da aldeia Kamayurá-Morená pretendem mostrar ao público em geral, especialmente ao infanto-juvenil, que a realização de um trabalho bem sucedido de preservação e conscientização ambiental transcende as diferenças étnicas e sócio-culturais.

O trabalho de manejo do tracajá e a sensibilização das populações indígenas do Parque Indígena do Xingu para a importância da sua preservação vão resultar em impactos positivos para todas as populações indígenas à margem do rio Xingu. E, certamente, servirá de exemplo para a sociedade brasileira de forma geral, incluindo as atuais e as futuras gerações.

E para quem está pensando em adquirir adornos indígenas como: colares, pulseiras, brincos, etc., índios vão expor os seus produtos no estande da Embrapa, na 126ª Feira Botânica do CasaPark dias 24, 25 e 26 de julho (sexta a domingo), de 10 às 22 horas e no domingo, dia 26, de 12 às 20 horas.

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Embrapa Clima Temperado lança Política Ambiental

(13/07/2009) Na manhã de sexta-feira (10/7), na Sede da Embrapa Clima Temperado (Pelotas/RS), foi lançada a Política Ambiental da Unidade. Na presença de empregados, estagiários, bolsistas e convidados, a pesquisadora e integrante do Comitê Local de Gestão Ambiental (CLGA), Lilian Winckler Sosinski, apresentou a proposta da Política Ambiental. Baseada no V Plano Diretor da Embrapa (PDE), IV Plano Diretor da Unidade (PDU) e nos resultados dos Diagnósticos Rápidos Participativos (DRPs), a política tem a função principal de estabelecer orientação geral do tratamento das questões ambientais, sendo uma carta compromisso da instituição com a sociedade e constituindo a fundação ou base do sistema de gestão ambiental.

O Chefe-Geral da Unidade, Waldyr Stumpf Junior, abriu o evento falando sobre a conflitante relação entre a sociedade e a natureza. “O que vemos hoje, é que o mundo tem problemas cada vez mais sérios, e muitos deles, de causas ambientais”, afirma ele. Segundo Waldyr, é importante que haja um momento para que a instituição reflita a respeito das questões ambientais, já que desenvolve uma série de trabalhos de responsabilidade social e com a utilização de recursos naturais. “Não é mais um problema dos outros; é um problema nosso”, finaliza.

Em seguida, Lílian apresentou um breve histórico da questão ambiental na Unidade e explicou como a proposta deve ser conduzida a partir de agora, com o estabelecimento da nova política. Segundo ela, a Unidade, que já desempenhava algumas ações de caráter ambiental agora tem melhor estrutura para colocar em prática a nova Política, que surgiu com o projeto “Implantação das Diretrizes Institucionais de Gestão Ambiental nas Unidades da Embrapa” e com a criação do CLGA. Entre os objetivos deste projeto, estão: a gestão e otimização de resíduos de laboratórios e de campos experimentais; implantação de procedimentos para o público interno e externo sobre a educação ambiental e capacitação para implantação do plano de manejo para as áreas rurais da Embrapa.

“O principal destaque estabelecido pela Política Ambiental da Embrapa Clima Temperado, são os sete princípios básicos: respeito aos recursos naturais; adequação de estruturas e processos às inovações tecnológicas e científicas com foco ambiental; conscientização contínua sobre impactos e riscos ambientais; respeito á lei; desenvolvimento científico e tecnológico; ação integrada e transversalidade da Gestão Ambiental, que deverão nortear todas as tomadas de decisão relacioanadas ao meio ambiente na Unidade”, explicou Lílian.

Depois da pesquisadora, foi a vez do botânico e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Paulo Brack, falar sobre “Flora nativa subutilizada dos biomas Mata Atlântica e Pampa no RS”. Segundo ele, a biodiversidade do nosso Estado vem sendo destruída de uma forma contínua e muito rápida. “A extinção é para sempre; não tem volta. Na flora do Rio Grande do Sul, 607 espécies estão em perigo e não existe um controle para garantir sua preservação”, explica ele.

Além de citar os diversos danos relacionados ao meio ambiente, o professor afirma que o desaparecimento de uma espécie pode caracterizar, também, um dano econômico. Problemas como a Biopirataria também foram abordados já que, espécies nativas como o Pau Brasil, a Copaíba e a Seringueira, foram levados do país e patenteados por estrangeiros.

O pesquisador da Unidade, Carlos Augusto Silveira finalizou as atividades da 1ª Semana do Meio Ambiente falando sobre arboreto. O arboreto é uma área destinada para o cultivo de árvores, arbustos, plantas herbáceas, medicinais, ornamentais ou outras, mantidas e ordenadas cientificamente. Elas são geralmente documentadas e identificadas em local aberto ao público com finalidade de recreação, educação e pesquisa.

Carlos Augusto convidou os participantes para participar da plantação do Arboreto Padre Balduíno Rambo, na Sede da Embrapa Clima Temperado, durante a Semana de Prevenção de Acidentes e Qualidade de Vida, como ação planejada pelo CLGA.
Christiane Rodrigues Congro

 
 

Fonte: Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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