OPERAÇÃO CONTRA COM APOIO DE CINTA-LARGA NA APREENSÃO DE MADEIRA ILEGAL EM JUÍNA/MT

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2009

14 de Agosto de 2009 Cerca de mil metros cúbicos de madeira e maquinários diversos foram apreendidos em uma operação conjunta deflagrada nos dia 12 e 13 de agosto, na Terra Indígena Serra Morena, no município de Juína/MT. Agentes da Funai, Polícia Federal, Ibama e Força Nacional de Segurança foram mobilizadas para a missão, que contou com inédito apoio de parte da população Cinta-Larga, grupo indígena que habita a região.

De acordo com o responsável pelo Núcleo Operacional da Funai em Juína, Antônio Carlos, não houve prisões. “Os madeireiros construíram barreiras com madeira. Para chegarmos foi preciso serrar as madeiras e o barulho os alertou para que pudessem fugir pela mata”, relatou. Um ofício foi encaminhado ao Ministério Público Federal, solicitando que providências sejam tomadas para que a madeira apreendida seja utilizada em prol da comunidade indígena. A Associação Indígena Cinta-Larga recebeu o maquinário como fiel depositário, até que um destino seja definido pela Justiça.

O responsável pelo Núcleo de Apoio afirmou que os próprios indígenas montam guarda para vigiar a madeira apreendida, pois há receio de que os criminosos tentem resgatar as toras. Antônio Carlos disse ainda, que pretende implementar ações semelhantes em outras aldeias, com apoio de lideranças indígenas.

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Aldeia Panambizinho comemora a implantação do Ensino Médio

17 de Agosto de 2009 Os Guarani Kaiowá da aldeia Panambizinho, localizada no município de Dourados, estão implantando o Ensino Médio em sua comunidade, com objetivo de preparar os jovens indígenas para o Ensino Superior. O curso é um projeto político pedagógico diferenciado, coordenado pelo professor indígena Misael Concianza Jorge. No currículo estão disciplinas, que abordam a especificidade daquela comunidade, como aulas de antropologia e idioma Kaiowá.

Para que os indígenas da aldeia Panambizinho pudessem cursar o ensino médio, era preciso que se deslocassem até a aldeia Jaguapiru, para assistirem as aulas na escola Guateka, que fica há 25 quilômetros da aldeia. No período de chuva, que vai de setembro ao mês de março, os alunos ficavam impedidos de estudar, porque as estradas ficavam em péssimas condições de locomoção.

As aulas tiveram início no mês agosto com 19 alunos. Mas a pretensão é acrescentar, gradualmente, a oferta de vagas, de acordo com a demanda da comunidade. A implantação do curso de Ensino Médio na aldeia Panambizinho só foi possível graças à iniciativa do Movimento dos Professores Indígenas Guarani e Kaiowá, em parceria com o Ministério Público Federal, Secretaria Estadual e Municipal de Educação e a Funai.

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TRF-3 cassa liminar e determina retomada de estudos para demarcação de terras indígenas em MS

26 de Agosto de 2009 Fonte: Ascom / Procuradoria Regional da República da 3ª Região - A 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), por unanimidade de votos, deu provimento aos recursos do Ministério Público Federal (MPF) e da Fundação Nacional do Índio (Funai) e cassou a tutela antecipada concedida pelo desembargador federal Luiz Stefanini, em sessão na noite de ontem (25/08).

A decisão cassada determinava "a suspensão do processo demarcatório de terras indígenas inaugurado pelas Portarias nos. 788, 789, 790, 791, 792, 793, todas editadas pela Funai", que constituíam Grupos Técnicos para identificação e delimitação das terras tradicionalmente ocupada por indígenas, acolhendo, assim, as alegações da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Mato Grosso do Sul (Famasul).

No recurso feito pela Procuradoria Regional da República da 3ª Região (PRR-3) no dia 13 de agosto, o procurador regional da República Paulo Thadeu Gomes da Silva argumentou a nulidade da decisão em razão da violação ao devido processo legal, pela falta de oitiva do MPF e da FUNAI antes da prolação da decisão, sustentando, ainda, a necessidade de urgente revogação da tutela antecipada que determinou a suspensão do processo demarcatório.

O atual relator do processo, o juiz federal convocado Ricardo China, em substituição ao desembargador Stefanini, agora na 5ª Turma, deu provimento aos recursos, voto que foi seguido pelos desembargadores federais Johonsom di Salvo e Vesna Kolmar, além do juiz convocado Márcio Mesquita.

A nova decisão do TRF-3 permite a retomada dos trabalhos pela Funai, que foram paralisados em virtude da decisão cassada.

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Inauguração do Centro de Formação e Documentação Wajãpi

28 de Agosto de 2009 Será inaugurado na terça-feira, 01 de setembro, o Centro de Formação e Documentação Wajãpi (CFDW), que servirá para armazenar fotografias, imagens, filmes, CDs, DVDs, documentos escritos, pesquisas e livros. O centro está construído na Terra Indígena Wajãpi para apoiar algumas atividades do Plano de Salvaguarda do Patrimônio Imaterial Wajãpi, especialmente a formação de pesquisadores, professores e documentaristas indígenas. Esse Plano de Salvaguarda foi aprovado pela Unesco, quando proclamou a arte gráfica e a tradição oral dos Wajãpi como Patrimônio da Humanidade. O CFDW abrigará uma das unidades do Pontão de Cultura “Arte e Vida dos Povos Indígenas do Amapá e Norte do Pará”, mantido pelo Iepé – Instituto de Pesquisa e Formação em Educação Indígena e pelo Apina – Conselho das Aldeias Wajãpi, com apoio do Ministério da Cultura e do IPHAN. A construção do CFDW foi realizada pelo Iepé e pelo Apina com patrocínio da Petrobras, por meio da Lei Rouanet, e seus equipamentos foram adquiridos com apoio da Petrobras, do IPHAN, da Unesco-Brasil e da Embaixada da Austrália.

O que vai ter lá?

O Centro possui salas de pesquisa e um espaço para a realização de oficinas, cursos e reuniões, além de alojamentos para os Wajãpi residentes em outras aldeias e consultores atuando no processo de formação de professores e pesquisadores indígenas.

As salas de pesquisa vão abrigar a documentação produzida pelos pesquisadores e documentaristas wajãpi envolvidos na produção de um inventário das manifestações culturais dos Wajãpi. Também abrigarão o acervo documental produzido e doado pela antropóloga Dominique Tilkin Gallois, do Núcleo de História Indígena e do Indigenismo da USP, que vem realizando pesquisas junto aos Wajãpi desde o final da década de 1970. No Centro, os Wajãpi também terão acesso aos resultados de outras pesquisas realizadas junto ao grupo e a documentos sobre outros povos indígenas do Brasil e do mundo.

O Centro está equipado com computadores, impressoras, televisão e aparelho de DVD, internet e radiofonia, que funcionam com sistema de energia solar. A responsabilidade pelo cuidado e uso do CFDW será dos pesquisadores Wajãpi e dos membros da diretoria do Apina.

Por que é importante?

O Centro é importante porque permitirá que os Wajãpi tenham acesso a vários tipos de documentos produzidos sobre o grupo e também lhes dará melhores condições para produzirem seus próprios documentos e registros, apresentando sua própria visão sobre a realidade em que vivem. Sendo um local de produção e difusão de conhecimentos, o Centro deve contribuir para aumentar o interesse dos jovens wajãpi por sua própria cultura e seu envolvimento nos processos de transmissão de conhecimentos e práticas tradicionais.

Para que vai servir?

Além de guardar documentos escritos, imagens e registros áudio-visuais referentes às manifestações culturais e à história dos Wajãpi, o Centro possuirá equipamentos que permitirão a reprodução destes documentos e sua distribuição para as aldeias. O Centro vai ser um local de trabalho para os pesquisadores e documentaristas indígenas e também abrigará cursos, estágios e oficinas que o Iepé vem realizando, com apoio de diversas instituições, para capacitar os Wajãpi no desenvolvimento deste trabalho.

Onde fica?

Na Terra Indígena Wajãpi, no posto Aramirã, que fica no oeste do Estado do Amapá, nos municípios de Pedra Branca do Amapari e Laranjal do Jari.


 

Fonte: Funai – Fundação Nacional do Índio
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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