BIODIVERSIDADE É A VERDADE INCONVENIENTE, DIZ PESQUISADOR DA ONU

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2009

18 de Setembro de 2009 - Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil - Wilson Dias/Abr - Brasília - O representante do Programa das Nações Unidas para Meio Ambiente (Pnuma), Pavan Sukhdev, participa de seminário no Ipea sobre biodiversidade
Brasília - O economista e pesquisador do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Pavan Sukhdev, defendeu hoje (18) que a preservação da biodiversidade é “a verdade inconveniente” no planeta - é um tema que poucos procuram discutir. Enquanto as mudanças climáticas, segundo ele, representam “a verdade conveniente” - as pessoas levam o assunto para o debate, embora niguém queira assumir sua cota de responsabilidade. “A culpa é sempre de outro”, disse.

Ao participar de um seminário sobre economia da biodiversidade, Sukhdev comentou um estudo sobre a Economia de Ecossistemas e Biodiversidade, apresentado na semana passada na Alemanha. A estratégia consiste em atrair a atenção internacional para os benefícios da biodiversidade, destacar o custo crescente da perda da biodiversidade e da degradação de ecossistemas e reunir conhecimento de especialistas dos campos da ciência, economia e política, permitindo o avanço de ações práticas.

“Devemos reconhecer que estamos lidando com vida e que temos de ter cuidado com a maneira com que fazemos com isso. Uma das perguntas a serem feitas é o que vai acontecer se os negócios permanecerem como estão. Se continuarmos, acabaremos com uma perda significativa de biodiversidade, algo do tamanho da Austrália”, alertou.

Para o especialista, é preciso que os líderes se antecipem e evitem mudanças no lugar de apenas contabilizar perdas de biodiversidade. “É uma escolha ética”, avaliou. “Não é apenas uma questão de dinheiro. É preciso olhar para a questão humana do problema. Em 40 anos, vamos acabar tendo de comer plâncton, algo não muito atraente”, completou.

Durante a abertura do seminário, a secretária executiva do Ministério do Meio Ambiente, Isabela Teixeira, destacou que a discussão acerca do tema biodiversidade não deve ser uma prerrogativa apenas dos ambientalistas. Para ela, o país vivencia uma espécie de transição, já que o debate sobre o assunto está abandonando o “ambientalês” e a política ambiental está “saindo de seus limites”.

“Temos que evoluir no debate e isso não é fácil na área econômica, mas, por outro lado, a crise nos provocou a discussão de um novo modelo. Não há nenhuma discussão econômica em que a biodiversidade não esteja no centro”, disse.

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Cientistas assinam manifesto pedindo redução de emissões de gases de efeito estufa

17 de Setembro de 2009 - Da Agência Brasil - Brasília - Quarenta cientistas especializados em mudanças climáticas assinaram um manifesto, divulgado hoje (17), pedindo aos países desenvolvidos que reduzam suas emissões de gases de efeito estufa em 40%, até 2020, para que o aumento da temperatura do planeta se mantenha abaixo de 2 graus Celsius (°C). Seis dos cientistas que assinaram o documento são brasileiros.

De acordo com a Rede WWF, uma das organizações que apoiam o manifesto, a média dos níveis de aquecimento global, desde 11000, é de 0,76°C. O documento informa que evidências científicas indicam que um aumento de temperatura para 2 °C trará consequências graves para o planeta, principalmente para os países mais pobres.

Segundo a entidade, os eventos climáticos extremos como ciclones, enchentes e secas podem ficar cada vez mais fortes e mais frequentes, sendo que esses países seriam os mais afetados por não terem recursos financeiros e tecnológicos disponíveis para enfrentar os desastres provocados por esses eventos.

Para a WWF, os países desenvolvidos, além de reduzir suas emissões, deveriam contribuir com cerca de US$ 160 bilhões por ano para ajudar a financiar ações de adaptação, transferência de tecnologia e redução de emissões nos países em desenvolvimento.

Entre os seis cientistas brasileiros que se manifestaram, cinco são autores do 4º Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), sendo eles: Carlos Afonso Nobre, José Antonio Marengo, Paulo Artaxo, Roberto Schaeffer e Suzana Kahn Ribeiro. O presidente do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, Luis Pinguelli Rosa, também assinou o documento.


 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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